(olá olá, capítulo surpresa hoje . Espero que apreciem a história <3)
Cidade de Critias – Sul de Sangh – 150 Km do Castelo
25 de Março, 10:45 da manhã
- Mas que bagunça é essa? – Joy questiona de cima de seu cavalo negro, ao seu lado direito estava seu pai, o Duque do reino que veio fazer algumas questões de negócios com o líder da cidade.
- A cidade está se preparando para a coroação de prata da princesa Irene, filha. Você esqueceu? – Seu pai disse em cima de um cavalo cor de âmbar quase tão lindo quanto o de Joy.
- Achei que essa cidade era esquecida pelo reino. – Joy falou entrando pelos portões da cidade acompanhada de seu pai.
- Não é porque eles moram tão longe que devem ser renegados criança.- Joy que prestava atenção nos enfeites da cidade olhou para seu pai. O Duque e sua filha chegaram ao prédio principal da cidade, um pequeno castelo, onde o líder esperava para a reunião, eles prenderam seus cavalos e Joy não teve escolha a não ser ficar vagando pela cidade até seu pai terminar a reunião que pelo visto era secreta. Joy então bufou e começou a vagar pela cidade, quando ela virou uma rua, uma pequena loja chamou sua atenção e quando se aproximou a vendedora, uma senhora de idade com cabelos brancos, cheiro de bolos e um rosto enrugado como uma ameixa se aproximou sorrindo para a jovem.
- Bem vinda a minha loja, em que posso ajudar uma moça tão linda? – A idosa cumprimentou Joy ao entrar no estabelecimento. Ela observa a loja e então aponta para um cordão de prata com o desenho de um lobo rugindo pendurado no pescoço da mulher. – Boa tarde, estou de passagem pela cidade e apenas queria comprar algo para umas amigas, é um lindo cordão que a senhora possui.
A mulher olhou para o cordão, pegou-o e olhou quase como se os anos estivessem sido varridos de sua mente e então ela teve um lampejo. – Ahh sim, este cordão é o cordão que me foi herdado, este é o brasão da família real, minha família servia á realeza.
A velha tirou o cordão de seu pescoço e deu para a jovem observar, Joy ouvia a mulher com duvida em seu rosto, o brasão da família Bae era um leão então de que família era esse? Joy se viu fascinada com o cordão e também, curiosa.
- Lindo não acha? – Joy concordou com a cabeça, decerto que o brasão em prata era. - Leve-o para suas amigas, em breve eu morrerei e não tenho filhos ou netos para repassar minha história, com você eu e minha família temos uma chance de não sermos esquecidos. – A Mulher sorriu para Joy que sorriu de volta porém com pena, ela então decidiu se sentar em um banquinho e dar aquela mulher o que ela ansiava... atenção. Joy não tinha o que fazer naquela cidade mesmo então pelo menos poderia fazer a idosa se sentir melhor além de descobrir de que família era esse brasão.
- Pode contar a história dela então? Assim eu posso contar para outras pessoas sua história. – A mulher abriu um sorriso tão largo e seu olhos brilharam de animação, de fato fazia muitos anos que ninguém conversava com a mulher que então respirou fundo tentando se lembrar dos anos que havia sido feliz.
- Há 30 anos atrás eu tinha substituído a minha mãe com os afazeres do castelo onde agora é do líder desta cidade, aqui era uma cidade pacifica e calma, nossos reis eram poderosos mas tão gentis que poderiam ser confundidos com moradores comuns, era muito bom trabalhar com eles, me tratavam de igual pra igual e me ensinaram a ler nas horas vagas. Cinco anos após meus serviços serem aprovados pela família real um novo clã foi criado, eles eram expansivos demais, tomando terra após terra, consumindo outros clãs como o fogo que consome papel. Nosso clã não teve escolha a não ser lutar contra eles, então uma guerra se instalou esse conflito durou uns 10 anos, nenhuma das partes queria ceder, nossos reis estavam nos protegendo contra a tirania desde clã desconhecido. Um dia, a rainha anunciou que estava grávida e todos sabem que no período de gravidez um metamorfo fica mais vulnerável por isso costumamos proteger as mulheres grávidas com tudo que temos, mas essa informação acabou vazando para o lado inimigo que se aproveitou dessa desvantagem.
Joy ouvia atentamente cada palavra da mulher, ela identificou o clã como o das sombras, ela sabia como esse clã era perigoso das histórias que contavam para ela desde criança. Foi por isso que a aliança Bae foi formada, para ir contra esse clã sombrio. A mulher então respirou fundo e voltou a contar a história.
- Um dia, quando o futuro rei iria nascer um ataque iminente chegou. Eu fiquei para ajudar a parteira da rainha junto com mais algumas mulheres, o ataque foi tão forte que destruiu parte do castelo e todos ficaram com medo aquele dia. Chamas lambiam o céu noturno enquanto o rei em pessoa lutava na linha de frente contra os invasores, do castelo dava para ouvir o choro da criança, eu não pude ver seu rosto quando Olga tirou o bebê para mostrar para a rainha. Neste momento a porta foi escancarada com um chute, homens de armadura cobertas de sangue, que eu presumi serem dos guardas do castelo e até mesmo do próprio rei, invadiram o cômodo e mataram as mulheres, por sorte ou azar eu fui empurrada na correria e bati a cabeça, acabei desmaiando enquanto via a rainha implorar pela sua cria, um dos homens de armadura segurava a criança pelo pé enquanto o bebe chorava querendo o colo de sua mãe porém antes que eu pudesse apagar de vez eu vi o homem matar a rainha e quando meus olhos se fecharam ele apontou a espada para o bebe.... Eu então não ouvi mais o choro dele, nem da minha rainha, nem mais nenhum som até que acordei.
A mulher agora chorava pela perda de sua adorada rainha e seu bebê que saberia o que seria amar alguém ou viver, Joy se aproximou da mulher e a agradeceu agora podendo sentir um cheiro de bolo vindo de suas roupas. A mulher ficou alguns minutos chorando e então se afastou, agradeceu e enxugou suas lagrimas.
- O que aconteceu depois? – Joy perguntou baixo quase como se pedisse permissão para que a mulher terminasse a história. Ela então voltou a sentar, terminou de enxugar seu olhos e engoliu o choro.
- Quando acordei, a rainha ainda estava morta eu então peguei o brasão de sua familia para que pudesse viver por ela e seu bebê. Quando sai do castelo alguns dos moradores foram tomados pelos soldados implorando para viver, tivemos que nos curvar diante do novo rei que tomou nossas terras a força. Depois disso eu não consigo lembrar muito bem...deve entender, eu estou começando a ficar velha.
A mulher brincou para que o clima não ficasse tão pesado, Joy sorriu pensando que a velha acabou se esquecendo que foi libertada do poder desde rei louco quando a aliança foi formada, talvez ela tenha se formado tarde demais para o povo dela. Joy então se levantou abraçou a mulher e agradeceu o presente, ela também comprou mais algumas bugigangas e entregou até mais dinheiro para que a mulher pudesse viver bem em seus últimos dias.
Quando Joy saiu do estabelecimento e viu os enfeites para a festa da princesa uma lágrima caiu pelo seu rosto, neste momento seu pai que estava procurando pela sua filha para pudessem ir para casa se aproxima.
- Filha? O que houve, porque está chorando? – Ele segura Joy e procura por ferimentos em seu corpo que poderiam ter causado o choro da filha.
- Eu só ouvi uma história triste pai, a aliança Bae não foi formada tempo suficiente para salvar mais vidas. – Seu pai apenas abraçou sua filha, a pegou no colo e começou a andar com ela pelas ruas até onde deixaram seus cavalos. – Está tudo bem minha criança, podemos ter falhado em salvar vidas no passado mas olhe em volta, estamos protegendo nosso futuro. Com a princesa aprendendo a comandar o reino ele continuará prospero e acolhedor para todos.
Joy chorava no colo de seu pai mesmo estando um pouco grande demais para isso, Joy segurava as coisas que havia comprado e o brasão da família que a mulher cuidava e desejou que o mal fosse varrido daquele mundo, ela só nunca imaginou que o mal tem muitas faces e nem sempre o bem é o bem e o mal é o mal.
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Reign 1ª Temporada [Seulrene]
FanfictionJá ouviu falar sobre a teoria do caos? Onde uma pequena coisa acarreta um evento de proporções gigantescas, como por exemplo você perdeu o vestibular na universidade dos seus sonhos porque um prego furou o pneu do ônibus que te levava. No futuro voc...