Reign 1ª Temporada [Seulrene]

Parece que temos uma missão

A Rainha estava sentada em seu trono com suas pernas cruzadas, seu olhar estava fixado em um ponto da janela de vitrais, sua mente vagando entre pensamentos. Um pouco à frente do trono estava Yeri, ela polia sua espada sentada em um dos degraus que davam para o trono, ela estava parecendo mais um filhotinho da rainha. Sua espada era prateada com o desenho de um leão no cabo, símbolo do clã Bae e também o símbolo de sua rainha.
De uma das janelas abertas um homem entrou voando, suas asas impecavelmente brancas deixam óbvio ser Al. Yeri se levanta portando a espada e a aponta para o intruso.
- Sou eu criança, está tudo bem. Vim falar com a Rainha – Al levanta suas mãos em rendição e se aproxima do trono, ele então se curva em respeito e só depois consegue atenção da Rainha.
- Yeri, preciso que me deixe a sós por um instante. – Yeri levanta uma sobrancelha em dúvida, seu dever era estar ao lado da rainha e protegê-la, a rainha então dá um sorriso como se dissesse que está tudo bem. Yeri se dá por vencida e sai pelas portas douradas da sala do trono deixando os dois sozinhos e aguardando do lado de fora.
- Você a enviou para a missão que pedi? – Al pergunta, ele se aproxima da rainha e lhe beija na bochecha se sentando no apoio de braço do trono do rei.
- Sim, Seulgi está as acompanhando. – A rainha concordou e Al quase caiu no chão ao se apoiar erroneamente.
- Você mandou Seulgi ir????? Era pra ter mandado Wendy apenas. – Alf se recompôs, se afastou dos dois tronos e começou a andar pela sala. – Seulgi não pode ir para aquele lugar, ela pode morrer ou pior.
- Wendy e Joy podem morrer naquele lugar sem a proteção de Seulgi, aliás elas já foram, o que está feito está feito. – A rainha interferiu, fora ideia de Al enviar Wendy para uma missão tão em cima da hora. – Você não disse o motivo para enviar uma das minhas melhores garotas para uma missão suicida dessa.
- Eu preciso de tempo, Wendy e Seulgi estão chegando perto demais da reposta. Sombra fica cada vez mais forte a medida que Seulgi descobre quem ela é. Ela já conseguiu quebrar uma espada celestial Tae, é uma questão de tempo até Sombra conseguir seu poder de volta.
- Achei que Seulgi estava apenas sonhando com ele, você disse para mim que ela não iria se machucar. Que essa entidade não iria feri-la – A rainha se levantou agora irritada, ela tentava proteger sua cria a todo custo.
- Quando Joy presenteou Seulgi com aquele brasão ele acordou, desde então vem atormentado ela em seus sonhos, porém o rei me deu ordens de deixar Seulgi mais forte a cada dia. Eu não entendo o porquê, talvez ele esteja cego tentando proteger sua filha e nem percebe que é o inimigo que a está protegendo.
Al se aproximou de um dos vitrais da sala, onde uma loba branca de olhos verdes estava encrustada, aquela era uma das deusas que os metamorfos respeitavam, uma das lobas gêmeas e guardiã do poder do Alpha.
- Bom, agora as duas estão longe do reino e longe da solução para suas dúvidas também. Elas devem estar mais seguras fora deste reino. – A rainha fala colocando uma mão em seu rosto, no que tinha enfiado a sua filha?.
- Temo que isso não esteja correto majestade, você e eu sabemos por onde elas irão passar para chegar a flor sagrada. Se ela tiver contato com aquele povo ou pior, se mostrar seu poder para eles temo que coisas ruins acontecerão.
Al volta sua atenção para a rainha que possuía um semblante preocupado.
- Qual o intuito dessa flor então? Para que fazê-las passar com um risco tão grande? – A rainha quase gritou, mas se conteve já que Yeri estava a aguardando do lado de fora.
- Aquela flor tem um poder especial minha rainha, apenas uma coisa pode acalmar Sombra e aquela flor é a chave para isso. Porém, aquela flor é espiritual. Só a pessoa que carrega a alma dela pode tocá-la, por isso aquele povo a protege tão bem, pois a alma dela é o que os libertará. Se Seulgi tirar aquela flor, temo que este reino passará por muitas turbulências, porém é a única forma de Sombra não possuir Seulgi por completo.
- É muito arriscado Al. E se o ritual falhar? – A rainha perguntou preocupada, mas dessa vez voltou a se sentar no trono, sua perna balançando em nervosismo.
- Se ele falhar é bom para que vocês rezem para ela. – Al apontou para o vitral da deusa loba. – Pois só um de seus deuses poderia fazer um milagre.
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- Você tem certeza que estamos no lugar certo? – A voz de Wendy se fez presente, fazia duas horas que elas estavam caminhando por uma estrada de terra, pelo mapa haveria uma cidadela ali. Um posto de controle do reino.
- Sim, aqui diz que é uma estrada direta, não tinha nenhuma bifurcação nela – Joy confirmou, ela já havia visitado aquele posto algumas vezes com seu pai e sozinha a trabalho quando ele veio a falecer.
- Ali está – Seulgi apontou para uma torre que surgia do horizonte ficando cada vez mais alta. – Finalmente, vamos pegar as últimas coisas que precisamos para essa missão e tocar o barco.
As três garotas chegaram na cidadela, aqueles que passavam se curvavam para a princesa que sorria gentilmente para eles. Wendy olhava em volta, nunca havia estada naquela parte do reino, uma mulher com uma criança no colo e outra ao seu lado passou por elas, a mulher se curvou para Seulgi e o seu filho mais velho olhou para sua mãe e depois para a princesa, logo sua mãe o cutucou e falou para ele se curvar ele então se jogou no chão e Wendy sorriu com sua inocência.
Seulgi se aproximou da mulher e ela engoliu em seco pensando se a princesa considerou o ato de seu filho como uma ofensa ao reino, porém Seulgi apenas levantou o garoto e bagunçou seus cabelos, ela também ordenou que a mulher se levantasse o que ela prontamente fez. Seulgi sorriu de canto e a mulher começou a se acalmar, seu filho mais novo que estava em seu colo acordou neste instante, ele olhou em volta e viu a princesa. Joy se aproximou deles e começou a fazer caretas fara o bebê que começou a rir, depois de um tempo eles se separaram, a mulher novamente se curvando antes de ir e seu filho mais velho imitando sua mãe, desta vez sem cair no chão.
Um pouco mais a frente elas chegaram ao posto de comando que as aguardava. Elas pegaram alguns suprimentos para a viagem e se despediram, agora era estrada de terra e montanhas a frente por uns cinco dias.
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