O inicio do fim

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Al, como é o céu? – Seugi questionou o anjo caído no meio do seu intervalo de treino, Seulgi estava com algumas roupas rasgadas e alguns cortes no corpo que já estavam se curando. Seus poderes estavam ficando cada vez mais forte a medida que seu treinamento se intensificava.

- Porque me faz essa pergunta? – Al devolveu a pergunta pegando uma espada do chão e se sentando ao lado de Seulgi observando seus ferimentos agora limpos como se ele nem tivesse ferido a garota.

- Bom, quando nos conhecemos você disse que é um anjo caído. Que não obedece nem o céu nem o inferno mas os anjos foram criados por deus aqueles que o traíram se tornaram demônios como Lúcifer mas você não é um demônio o que me faz questionar o porque você caiu do céu.

Seulgi fazia desenhos no chão de terra fina do campo de treinamento onde todos os dias eles treinavam, a não ser dias especiais como torneios, a coroação de sua irmã e outros eventos reais que exigiam sua presença.

- Você está se tornando cada vez mais sagaz, eu caí do céu porque eu me apaixonei – Al olhou para o céu suspirando fraco mas não como se ele se arrependesse mas como se, se ele pudesse, ele faria a mesma coisa. – Me apaixonei por uma humana, acabei tendo filhos com essa mulher porém para os outros anjos isso era um crime vamos dizer assim. Eles descobriram onde ela estava mesmo que eu tentasse a proteger mas foi em vão, eles mataram ela e meu filho na minha frente, então desde então eu me nego a voltar para o céu.

- Achei que os anjos eram bons, porque eles fariam algo assim? Deuses gregos e romanos sempre vinham para a terra e tinham filhotes – Seulgi pareceu chocada com a história mas continuou perguntando para Al. O relacionamento entre os dois cresceu se tornando uma boa amizade.

- Não existe bom e mal criança, todos nós temos luz e trevas dentro de nós. Não é porque anjos são bons ou figuras de luz que eles não fazem coisas erradas também, anjos matam, demônios podem salvar vidas.... Quem de nós pode definir o que é bom ou mal? – Al continuou a falar enquanto Seulgi prestava atenção fazendo desenhos na areia e quando se deu conta que desenhou a silhueta de Sombra ela o apagou rapidamente.

- E se tiver algo dentro de mim? Como vou saber se é maligno ou não? – Seulgi perguntou, seus olhos vagavam pelo chão de areia agora bagunçado que antes estava seu desenho. Al voltou seu olhar para a garota que um dia fora o patinho feio da família real e agora estava em um dos lugares mais prestigiosos do reino mas algo dentro dele dizia que tinha algo errado, esses anos treinando essa criança o fez desenvolver sentimentos de amizade e proteção para com ela, além de poder entender se ela estava triste ou não.

- Tem algo que queira me contar Seul?

Ele disse apenas, Seulgi se questionando se deveria contar para o anjo o que estava a acontecer ela já havia contado para Wendy que jurou não contar a ninguém mas com Al era diferente, ele servia ao rei e dava noticias sobre seu treinamento todo dia no final do dia.

- Não vou contar para o seu pai..... porque você sempre esquece que eu posso ler mentes criança? – Al disse sério mas no canto de seus lábios um sorriso se formava.

- É por isso que eu nunca venço você quando jogamos cartas. – Seulgi bufou e respirou fundo em seguida se preparando para contar o que havia escondido por mais de dois anos agora. - Bem, não sei como dizer sem parecer uma louca mas faz uns dois anos que tenho pesadelos com uma entidade nomeada Sombra. Ele no começo me assustava, ele aparecia como uma sombra negra e eu sempre estou numa versão destruída e abandonada do reino, ele começava a rosnar, a questionar quem eu era mas nunca mostrou seu rosto. As vezes eu tenho relances de garras e dentes prateados.

- Sonhar com entidades nunca é um bom pressagio, você diz que ele questiona quem você é? O Que você fala pra ele? – Al questionou para provar uma teoria que rondou sua mente por segundos.

Reign 1ª Temporada [Seulrene]Onde histórias criam vida. Descubra agora