A beira mar

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Os tripulantes do mega submarino, ou como eu preferia submarino amarelo, estavam a pronto para mais uma viajem a fossa das marianas. Tudo estava perfeito e meu extinto aventureiro estava a toda na noite em ocasião. A chefe de pesquisa e bióloga marinha, Ana, minha esposa, era responsável por catalogar as novas espécies. Eu reuni a maior equipe e a mais competente. A única coisa que me incomodava era a ausência do meu caderno de notas. Daniel começou com seu ritual de iniciação de painéis, ninguém ousava o interromper. Meu aprendiz Maicon o caçula da equipe já demonstrava seu entusiasmo. O mega submarino Imergiu As 11: 00 am. Tudo corria bem. Nosso inovador submarino amarelo suportava mais de 1.086 bares, feito principalmente para chegar até o fundo da fossa e trafegar tranquilamente por lá. Quando chegamos no fundo não havíamos detectado nada, tínhamos recurso e energia pra dias. Claro, cabines de contenção para desastres, com oxigênio suficiente. Bem não me ocorreu...eu não achava possível algo dá errado principalmente penetra no mega submarino... Daniel achou a caverna e me provou do contrário, poderia e deu tudo muito errado. A caverna era imensa e por um longo caminho iluminado por alguns peixes florescentes, no seu interior que o mistério aconteceu lá vimos o universo mantido a baixo de nós, criaturas imensas e nunca antes vistas com formatos e brilhos diferentes, de tamanhos invariáveis e desconexos, levou um tempo para assimilar tudo e logo Ana ficou excitada, pós a roupa de nano carbono e se atirou na contenção do submarino, eu nem tive tempo de impedir, meu cérebro estava fascinado. Ela disse pelo microfone algo sobre o padrão de luz diferente, algo sobre as cores novas nunca antes catalogadas, falou também sobre a colônia de bactérias nas paredes da caverna, ela tocou na colônia de bactérias e foi envolvida por uma luz que eu podia jurar ser vermelha e era, o traje de Ana estava em pedaços, ela estava por toda parte e eu gritei... gritei muito. Daniel tentou se afastar da colônia, mas ela vinha através dos tubos que ligavam o traje de Ana ao submarino. Ele conseguiu chegar até a entrada da caverna, mas a luz já estava no casco e corroía tudo. Maicon me enfiou numa cápsula de contenção e me ejetou para fora do submarino. Dizem que um capitão deve morrer com o seu navio... lá da cápsula eu vi a luz tomar conta de quase todo o submarino, e não saiu nenhuma cápsula de lá, eu queria muito saber o que aconteceu a todos. A capsula de contenção tinha motor próprio e me levou até a beira mar de Batag. Lá fui socorrido, e a única coisa que eu queria era meu bloco de notas.

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