C A P Í TU L O XXXI

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O epílogo será postado em breve!

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3 MESES DEPOIS. Ainda em Londres e quase no Natal.

Odelia estreitou os olhos. Ela ficou na ponta dos pés, tentando em vão conseguir enxergar através da multidão. Embrulhou-se ainda mais em seu casaco e ajeitou as luvas, que com seus movimentos deslizavam de seus dedos. A ponta de seu nariz estava vermelha, assim como suas bochechas e orelhas. Apesar do frio, Lady Odelia permanecia firme na decisão de continuar ao ir livre.

O inverno havia acabado de começar. Ainda não estavam no ápice do frio, mas todos estavam certos em afirmar que os dias de glória haviam acabado. Londres estava cinzenta, mais escura do que o habitual, e seu clima era em geral gélido. Muitas pessoas nem estavam mais na cidade. Com o fim da temporada social várias famílias haviam retornados aos seus condados e deixado a capital consideravelmente vazia. Ainda assim, todos os Abbey estavam ali, esperando ansiosamente pelo Natal e pela celebração que viria a seguir.

Katherine encolheu-se também, tentando barrar o frio. Além de um casaco ela também usava uma grossa capa que cobria todos seus cabelos e escorregava por sua silhueta até seus pés. A menor não tinha nada a cabeça além de um protetor de orelhas felpudo e um laço azul segurando o cabelo — que havia sido amarrado com dois nós para não soltar-se com o vento. Elas deveriam entrar, certamente deveriam estar acomodadas dentro da Igreja, mas permaneciam irredutivelmente ali, assim como outros convidados.

Lady Crentown estava atenta. Ela observou o duque entrando na construção. Vossa Graça não demonstrou emoção alguma. Com um olhar frio e indecifrável ele atravessou as grandes portas no mais completo silêncio. Atrás dele seguiu-se o resto de sua família imediata: a esposa, as filhas, os filhos e um dos netos. Nenhum deles especialmente interessado em demonstrar simpatia. Eles responderam a todas as mesuras apenas com leves acenos de cabeça, e por algum motivo, Katherine estremeceu.

— Observando-os e pensando que poderia ser você ali? — Odelia perguntou sem olhar para a irmã. Ar quente saia de sua boca.

— Inevitavelmente. — Lady Crentown assentiu. — Estou feliz que não seja.

— Tenho certeza. — A menor suspirou. — Parece loucura, não? Faltam quatro dias para o Natal, onze para o Ano Novo, estamos em Londres e nossa governanta irá se casar... — Ela cruzou os braços. — Quem em sã consciência poderia dizer isso no inicio da temporada?

— Bem... — Katherine olhou para as próprias botas. — Posso tomar a liberdade para lhe dar um conselho?

— Sem dúvida, — assentiu — e eu o seguirei apenas se achar necessário.

— Durante esse ano eu aprendi muitas lições e minha vida mudou radicalmente, nós duas sabemos disso. O que eu acho importante ressaltar é: as coisas nem sempre são ou acontecem como planejamos. Eu nunca imaginei que Arthur sofreria um acidente, nunca imaginei que teríamos uma cunhada como Millicent e nunca imaginei que o que houve com Jane poderia acontecer. — Declarou. — Para mim eu iria me casar com o Sr. Rodger, vocês continuariam em casa com a Srta. Foster, eu não conversaria com Lord Crentown além do necessário, e principalmente, não me sentiria tão feliz quanto me sinto agora.

UMA PERFEITA DESVENTURA [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora