C A P Í T U L O XXII

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Quando Katherine acordou ela quis desmaiar de novo

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Quando Katherine acordou ela quis desmaiar de novo.

Por alguns segundos até achou que apenas estivesse dormindo e que havia tido um sonho muito estranho no qual havia acidentalmente ficado noiva de Lord Crentown, porém quando por fim abriu os olhos e percebeu que estava no quarto de Lady Cecile, constatou que definitivamente aquilo não fora um sonho.

E isso era apavorante. 

Ela não estava sozinha. Suas primas Primrose e Pamela estavam ali também. Quando Katherine sentou-se na cama as duas se entreolharam, mas não disseram nada. Foi Katherine a primeira a se pronunciar.

— Que horas são?

— Onze. — Prim respondeu. — Você estava dormindo desde ontem.

— Quer dizer... — Pamela sorriu fraco — Você estava desmaiada, mas depois dormiu mesmo.

A cabeça de Katherine chegava a latejar de dor.

— Vocês ficaram aqui durante a noite toda?

Elas negaram. Katherine não conseguia nem olhar para as primas de tão envergonhada que estava.

— Estamos nos revezando em turnos até você acordar. Primeiro ficou sua mãe, depois a nossa, em seguida Titia Gemina e por último, Lady Abbey. Nós viemos para cá logo após o desjejum. — Pamela explicou.

— Tantas pessoas assim?

— Eu disse que já são onze horas. — Primrose reforçou.

Katherine atirou-se novamente na cama. Lady Primrose aproximou-se dela e sentou-se ao seu lado, acariciando lhe os cabelos. Pamela continuou alheia, apenas observando de longe, como geralmente fazia. Olhando-a tão serena e tão invisível, Katherine até esquecia que ela estava noiva e com o casamento marcado para daqui três semanas.

— Eu... An... — Prim fez uma careta. — Deveria dizer que a felicito pelo seu noivado?

— Você não deveria dizer nada.

Primrose calou-se.

— Certo. — Engoliu seco. — Hum, Pamela? Chame Titia Cecile, por favor. Ela pediu que a chamássemos quando Katherine acordasse.

Pamela a obedeceu. Andou alguns metros até entrar no quarto ao lado, onde a tia repousava, pois havia cedido o seu para a filha. Cecile sentia-se melhor com Katherine em seu quarto. Ele era mais espaçoso, de melhor acesso e bem mais arejado. Tudo que uma garota em recuperação precisaria. Enquanto isso Katherine e Primrose permaneceram em silêncio. Prim insistia em consolar a prima com delicadas caricias, mas aquilo pouco mudava o estado de desolação Kate.

Pouco tempo depois Cecile apareceu. Em outras circunstâncias a mãe estaria no primeiro andar, coordenando os criados e dando instruções para as cozinheiras para que tudo saísse da melhor forma, porém hoje sua prioridade era Katherine. Cecile pairou á frente da porta e sorriu ternamente para as sobrinhas.

UMA PERFEITA DESVENTURA [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora