extra

116 13 18
                                        

Limpei pequenas gotículas de lágrimas presentes e me levantei deixando um buquê de rosas brancas –as favoritas de mark– sobre seu tumulto e a última carta.

Me virei e andei lentamente em direção ao meu carro que estava parado ao lado de fora do cemitério de Seul, ao entrar no veículo suspirei pesadamente e novamente lágrimas se fizeram presentes, fazendo meu rosto ficar completando molhado e as maçãs do meu rosto avermelhadas.

Sorri tristemente e com a manga da blusa sequei meu rosto, peguei um boné preto que eu amava usar e estava bordado "tuan" na parte da frente e coloquei sobre minha cabeça e cobrindo todo o meu cabelo acastanhado.

Liguei o carro e comecei a dirigir em direção à casa da minha mãe para buscar mei-li.

Estacionei o carro na porta da minha antiga casa e saí do carro, segundos depois adentrando a casa.

– Mamãe! Cheguei. – Informei procurando ela pela casa mas não encontrei ninguém.–Mamãe?–Chamei novamente.

– Estou no quarto filho. – Ouvi sua voz baixa e acredito que mei-li esteja dormindo.

Subi as escadas calmamente e andei até o meu antigo quarto onde ela sempre ficava.

– Oi meu filho. – Minha mãe disse me abraçando.

– Oi mãe. – Observei a pequena que tinha um pouco mais que 2 anos dormindo calmamente.

– Como foi lá?

– Como todos os anos, doloroso.

– Ah, meu filho! – Senti minha mãe me abraçar novamente.

– Eu compreendo tudo mamãe, sei que tudo acontece por uma razão.

– Isso meu filho. – Ela sorriu. – Já se passaram dois anos, não deveria sofrer com isso.

– Eu sei, mas ele foi alguém muito importante na minha vida, não é algo que eu esqueça rápido, na verdade eu acredito que eu nunca vá o esquecer, mei-li todos os dias me faz lembrar ele e eu não poderia estar mais feliz.

Minha mãe as vezes parecia não entender que eu o amo e não será fácil assim esquecer ele mas ela age como se fosse fácil, só que não é, eu não consigo entender essa necessidade que ela tem que eu o esqueça... Isso apenas me irrita as vezes mas eu amo muito minha mãe e agradeço por ela ter me apoiado até hoje.

– Não quero que fique chateado comigo filho, eu só acho que... – A interrompi.

– Eu sei mãe, sei que você acha que ficar preso a alguém que já morreu não é saudável. – Suspiro. – Mas me lembrar dele é o que me faz ser forte todos os dias, eu sou forte por eles.

– Tudo bem meu filho. – Ela deu um sorriso fraco. – Vai ficar para o jantar?

– Não. – Andei em passos lentos até a cama.–Vou ir pra casa com mei-li. – Peguei a garotinha de cabelos negros e franjinha no colo e seus lábios se formaram em um biquinho e ela abriu seus olhinhos.

– papai? – perguntou sonolenta.

– oi filha, sou eu. – Deixei um beijo no topo da sua cabeça e me virei olhando minha mãe.

– Quando precisar pode deixar ela aqui, nós gostamos muito de cuidar dela. – Sorri.

– Obrigado, mãe. – Disse e peguei a mochila rosinha. – Cadê o papai?

– Está lá na garagem, ele disse que está concertando o carro. – Ela riu. – Ele não sabe o que faz!

– Papai, mei-li tá com fome. – resmungou.

– Eu tinha preparado uma mamadeira pra ela mas a garotinha acabou dormindo, vou lá esquentar, enquanto isso vá se despedir do seu pai.

– Tudo bem.

Desci as escadas com cuidado e deixei a mochila de mei-li no sofá e fui pra garagem, mei-li parecia ter voltado a dormir.

– Oi pai. – Disse quando cheguei na garagem.–Já estou indo pra casa.

– Não vai esperar o jantar?

– Não, preciso mesmo ir pra casa.

– Oh, claro. – Deu um sorriso. – Deu tudo certo lá? – Perguntou enquanto pegava um pano e secava o suor que escorria por sua testa.

– Sim, como sempre. – Digo e ele caminha até mim e dá um beijo rápido em mei-li e se afasta.

– Tchau filho, até mais.

Saí da garagem e voltei para dentro de casa e minha mãe estava com a mamadeira em suas mãos.

– Obrigadao, mãe. – Peguei a mamadeira mas tive que deixar a mesma no balcão para chamar mei-li que dormia. – filha... acorda pra você tomar sua mamadeira. – A mesma abriu os olhinhos pequenos e deu um sorrisinho.

Peguei a mamadeira e entreguei para ela e peguei a mochila, me despedi da minha mãe e saí de casa e caminhei até o carro, abri a porta de trás e após colocar mei-li que quase caia de sono na cadeirinha fechei a porta e entrei no carro dirigindo para minha casa, que se encontrava do outro lado de Seul.

Abri a porta e peguei a pequena que tinha sua boca entreaberta e parecia dormir pesadamente, andei até o elevador que nos levou até o andar do meu apartamento e quando entrei, tirei os sapatos e caminhei até o quarto da minha filha e acendi a luz, coloquei ela no berço e peguei uma cobertinha de pelinho e cobri ela.

Me encostei no berço e observei a pequena dormir.

Ela era uma mistura de mark e eu, ela não poderia ser mais linda. Puxou os olhos de mim e o sorriso de Mark, seus cabelos eram lisos e suas sobrancelhas semelhantes as do Mark...Ela definitivamente puxou ele em quase tudo, era sua cópia perfeita.

– papai.. você foi ver o papai Mark? – ouvi a voz fraca e mei-li tinha acordado e eu sequer tinha visto.

– Sim filha. – sorri para a pequena.

– E quando ele vai visitar a mei-li?

– Ele te visita todos os dias filha, mas você sempre está dormindo.

– Mas mei-li quer ver o papai.

– Um dia você irá filha, agora vá dormir ou o papai Mark não vai vir te visitar.

– Tá bom, te amo papai.

– Também te amo filha.–Dei um beijo no topo da sua cabeça e antes de sair do quarto me certifiquei se a pequena estava dormindo e saí do quarto.

Fui para o meu quarto e me sentei na cama encarando um quadro sobre o criado mudo, tinha uma foto minha e do mark.

Passei meus dedos por cima do meu anjo e sorri.

– Um dia estaremos reunidos novamente.

Fim.

oi genteeee, puts eu nem sei se alguém vai ler isso mas se lerem, obrigado por tudo e a tia mands ama vocês, espero que gostem!

With love, Markson.Onde histórias criam vida. Descubra agora