Eu completei meus 17 anos no dia 21 de Março de 2015.
Agora, uma semana havia se passado desde esse feliz e trágico dia.Minha mãe comprou seu novo telefone, o pai de Nina mandou dinheiro para que ela comprasse o dela, Jhony também deu seu jeito e apareceu com um; Luísa idem.
Eu ficava sempre rondando o pessoal que estivera na minha festa, procurando saber se já tinham conseguido novos celulares. A maioria sim, já conseguira.
Que adolescente nos dias de hoje consegue viver sem celular, não é mesmo?
Eu conversava com eles para saber isso pois eu me sentia constrangida por todos terem sido roubados, menos eu. Todo mundo sabia que não haviam levado meu celular. Eu tinha medo do que poderiam pensar acerca disso.
Eu sei, patético. Afinal de contas, eu não tinha culpa de nada. Não era como se eu fosse cúmplice do assalto.
Por mais incrível que possa parecer, nenhum pertence da casa havia sido roubado. E isso era louvável.
Mas enfim, graças aos céus o acontecido já não era mais tanto o assunto do momento.
São Paulo é uma cidade enorme,e coisas desse tipo ( ou piores ) estão sempre acontecendo; não tinha mesmo como só falarem sobre a minha festa.
***
Porém, o assunto estava morrendo na minha escola, mas na minha casa não.
Numa terça feira cheguei em casa depois do Inglês quase às seis e meia da noite e topei com a minha mãe na sala, com uma visita.
Eu demorei um pouquinho para reconhecer aquele senhor sem o uniforme.
Era o policial César, um dos que vieram no chamado daquela noite do assalto.
Ele era bem conhecido dos meus pais desde que eu era bem novinha.
Apesar de trabalharem em ramos totalmente diferentes, meu pai e o policial César sempre se encontravam em quase todos os eventos sociais, além de que o meu pai costumava convidar ele e sua esposa, dona Carmem,para jantarem conosco.
Geralmente nessas ocasiões, após o jantar, eles bebiam vinho e jogavam cartas, enquanto minha mãe e a senhora Carmem conversavam.
Eu gostava deles. Eram pessoas de bem, gentis e calorosas. Por isso, me agradou a presença do policial César ali na sala da minha casa.
***
Logo notaram minha chegada.
- Olha só quem chegou! Se não é a menininha Amber, que já não é tão menininha assim - disse ele, se levantando do sofá para me cumprimentar.
- Oi, seu César. - Apertei a mão estendida dele.
- Policial César, Amber - corrigiu minha mãe.
- Ah, quê isso! Ela pode me chamar até só de César, se quiser - falou, divertido.
Eu sorri.
- Tudo bem por aqui? - perguntei.
O homem sentou-se novamente.
- O policial César veio falar sobre o andamento da investigação - disse minha mãe.
- Ah... - procurei me sentar também, pois o assunto me interessava.
Tirei a mochila das costas e a coloquei sobre o sofá, ao meu lado.
- E então? - falei.
O policial César cruzou as mãos para falar e eu notei o relógio bonito de ouro que reluzia em seu pulso esquerdo.
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Envolvidos- Primeira Temporada [ CONCLUÍDA ]
RomanceAmber é uma garota de dezessete anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando em sua festa de aniversário se vê junto com sua família e convidados, vítima de um assalto. Após esse trágico episódio, ainda sem saber quem são os bandidos que...