Ato V

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Voltei! =) Muito feliz com o feedback de vcs... e surpresa com o número de leituras e comentários! Obrigada 💜

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Ele vestia preto, como sempre fazia ao se apresentar tocando violino, camisa e calça sociais, sapatos bem lustrados, cabelo repartido de lado e penteado com cuidado. A pele sem mácula brilhando dourada mesmo na luz fria da sala. Os olhos que abrigavam galáxias perdidos nos meus, o sorriso fácil. Só meu. Envolvi seu pescoço, eu vestia apenas calcinha e sutiã, tinha acabado de me maquiar e faltava pôr o vestido. Mas não sairíamos juntos de casa, Jungkook precisava chegar um pouco mais cedo para ensaiar algumas músicas com os demais integrantes do seu quarteto de cordas.

Ele me beijou longamente, como se adiasse o momento de me largar, por mais que não fôssemos demorar a nos encontrar de novo. Roubava meu fôlego tão fácil quando me apertava a cintura em seu abraço, forte, completo, puxava meus lábios com os seus devagar, primeiro a pontinha da língua tocando a minha, depois tomando espaço dentro da minha boca, urgente como ele era sempre, carinhoso como não conseguia deixar de ser. Não raro eu soltava suspiros no meio do beijo, tomando ar, sorrindo junto com ele, abrindo os olhos e dando com os universos que moravam no olhar daquele menino.

– Noona – murmurou, buscando o ar com dificuldade, o peito ondulando junto ao meu. – Se eu tivesse mais tempo…

– Mas você não tem, amor – mordi seu lábio inferior e o puxei de leve entre meus dentes. Pressionei minha coxa nua entre suas pernas, parecia que Jungkook estava sempre duro. Não conseguia evitar provocá-lo, por mais que não tivesse a intenção de fazê-lo se atrasar.

– Tô usando o presente que você me deu.

Senti um arrepio na espinha à menção do “presente” que eu havia comprado para ele naquela tarde. Um plug anal com uma pedra de strass na base. Imaginar aquele menino todo bem-vestido e comportado, sério e educado, bom filho, aluno exemplar da faculdade de Música, um dos melhores e mais dedicados violinistas de seu curso... com um brinquedinho lindo enfiado lá só pra deixá-lo mais largo pra mim mais tarde… Fiquei molhada na mesma hora.

– Jungkookie, como eu devo lidar com essa informação?

– Sei lá… – ele ergueu uma sobrancelha com desdém forjado, na mais perfeita representação do moleque abusado que era. – Só achei que você gostaria de saber.

– Tá adorando me provocar, né? – me aproximei do seu ouvido e lambi lentamente a cavidade, depois sussurrei: – Mais tarde eu vou te foder tão forte que você vai esquecer seu nome.

Finalizei com um tapinha em sua bunda e virei as costas, me encaminhando ao meu quarto.

– Porra, noona, eu tô duro demais agora… – ouvi Jungkook resmungar.

– Quem tá atrasado é você, não eu. Até mais tarde – bati a porta sem cerimônia e comecei a me vestir.

***

Meu menino havia reservado um lugar pra mim na primeira fileira da sala de recitais (que não passava de um salão de música de sua faculdade). Toda vez que erguia o violino e o encaixava sob o queixo, terminava por me encarar. Aquela posição de sua cabeça, inclinada levemente para baixo, fazia com que ele precisasse levantar o olhar. O olhar subserviente de quando eu o submetia no sexo. Aquilo me excitava na mesma medida que mexia com coisas dentro de mim que eu não sabia se devia sentir por um primo de segundo grau 13 anos mais novo que eu.

Quando Jungkook fechava os olhos ao tocar, parecendo desconectado deste mundo, completamente entregue à música que saía de suas mãos, minhas lágrimas represadas rolavam sem reserva. A beleza daquele menino era tão completa que ele mesmo produzia beleza através do som, como uma fonte inesgotável, como uma imagem primordial de tudo que é belo e sublime neste mundo. Sua mera existência comprovava minha tese recém-desenvolvida: Jungkook concentrava em seu ser o deslumbre refletido em todas as coisas ao seu redor. Sua música era a expressão mais representativa disso.

Good BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora