capítulo 8

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Qualquer um que olhasse para Annelise acharia que a mesma passou a noite ou dias em claro sem ter nenhum tipo de descanso

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Qualquer um que olhasse para Annelise acharia que a mesma passou a noite ou dias em claro sem ter nenhum tipo de descanso. No entanto, era apenas olheiras que demonstravam a luta que ela teve para fazer sua pequena irmã Molly cair em sono profundo e finalmente conseguir descansar por alguns momentos antes da festa do Josh. Ela não estava com o objetivo de desistir, mas o frio da barriga quase a convencia de jogar tudo para o ar e voltar a sua rotina como boa moça entre os pais. Porém, ela não deixaria os seus únicos amigos na mão.

Quando os seus pais chegaram depois de um dia cansativo como o dela, ela voou para o seu quarto e tentou formular o que levar para a casa do Tom rapidamente. Como a sua mochila parecia mais de uma criança de 10 anos, as únicas coisas que ela conseguiu levar foi dois pares de botas pretas e o seu vestido. Ela teria que deixar os seus enfeites para o cabelo de fora, mas Annelise tinha quase certeza que Rodrick não iria gostar por ser "rosa demais".

Após deixar os seus pais animados afirmando que iria fazer um trabalho na casa de uma amiga, Annelise partiu para a casa de Tommy. Ela com certeza deveria ter pegado um táxi ao invés de tentar caminhar por quase 15 minutos, já que quando apertou a campainha dourada na casa de paredes marrons, seu rosto parecia que iria derreter de tanto suor. Ela acreditava que era o Tom ao abrir a porta, mas quem abriu foi um cara alto, negro e careca vestindo roupas que pareciam confortáveis e quentinhas para aquela noite fria. Provavelmente era o pai do garoto mais novo.

— Ah, oi! O senhor deve ser o-

— TOMMY! TEM UMA GAROTA AQUI NA PORTA!

Foi apenas o que ele disse e saiu, sem nem ao menos ouvir o que a pobre Annelise iria falar. Então, ela permaneceu em frente a porta esperando o garoto aparecer.

— Oi! — Ele sorriu e olhou para os lados. — O meu pai foi grosso com você?

Em um dos dias que Annelise perdia os ensaios da banda, Tommy e ela conversavam sobre os pais e afins. E em um certo ponto da conversa, o mesmo ditou que a sua relação com o seu pai não era uma das melhores porque os pensamentos do mesmo eram completamente machistas e preconceituosas, tanto que já haviam ocorrido várias brigas entre eles, onde que a mais tempestuosa foi a separação da Jeller — sua mãe — com o homem negro.

Com o objetivo de não querer trazer mais intrigas do que já ocorria entre aquela família, Annelise deu um sorriso gélido e negou com a cabeça enquanto olhava para os próprios pés que estavam acima do piso do carpete escuro.

— Ele foi bastante gentil. — Mentiu descaradamente.

— Você não precisa mentir, sua bobinha. — Ele deu um sorri largo como se demonstrasse que não estava chateado. — Vem, temos pouco tempo.

A casa de Tom trazia um ar diferente e se diferenciava da casa amarela cintilante que Annelise morava. A maioria das paredes continham cores vivas e vibrantes e os quadros eram diversificados. Mas um dos que mais chamou atenção da garota foi um em que Tommy, sua mãe e o seu pai estavam reunidos como uma grande família. É impressionante como as fotos podem demonstrar a felicidade entre famílias, amigos ou até mesmo namorados, sendo que não existe nenhuma presente ali.

O (NÃO) Diário de Rodrick HeffleyOnde histórias criam vida. Descubra agora