Soluço, o inútil

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Soluço de 7 anos estava em seu quarto deitado na cama, lágrimas gordas caiam de seus olhos, a tosse forte fazendo escorrer mais e mais por seu rosto, novamente ele foi acusado de causar problema, todos reclamavam que ele era um inútil e todas as confusões eram culpa dele! Ele não fazia de propósito, só estava sempre na hora e no lugar errado! Mas mesmo assim ninguém ficava do lado dele a não ser sua mãe e sua amiga, tossindo de novo ele percebeu que sua febre havia piorado terrivelmente.

Soluço desde pequeno se lembra das constantes febres que tinha e tem, a culpa não era dele que tinha problemas de saúde, ele a muito tempo estava assim e seu pai sempre reclamava de como ele era fraco, Soluço o inútil, eles o chamavam mas hoje foi a gota d'água, pois sua melhor amiga, Astrid, o ignorou e quando ele tentou falar com ela na frente de todos ela o tratou mal e disse que não era amiga de inúteis, isso quebrou o coração já partido de soluço,
Ele então fugiu para o único lugar que pensava no momento, seu quarto, sua mãe tentou entrar mas sem sucesso pois seu filho não deixava, Soluço se sentia sozinho e triste, agora ele não tinha mais amigos, as pessoas se afastavam dele e seu pai sempre estava decepcionado para com ele.

Soluço estava ao máximo tentando parar de chorar para dormir, seu pai ainda estava em uma reunião no grande salão e quando voltasse mais uma briga iria começar por causa da confusão com os Iaques, a culpa não era dele que os tais fugiram, ele só estava lá perto por acaso, mas mesmo assim todos colocaram a culpa nele automaticamente.

Não demorou para ele escutar a porta do andar de baixo abrir e um estrondo forte e fechar, ele ouviu seu pai e sua mãe brigando novamente, ele tentou em vão tampar as orelhas e não ouvir o que eles dizia mas infelizmente não conseguiu.

- EU TENHO VERGONHA DE TER UM FILHO COMO ELE - gritava seu pai

- NÃO SE ATREVA A DIZER ISSO! - gritou sua mãe furiosa - ELE SÓ ESTA TENTANDO CHAMAR SUA ATENÇÃO, ELE QUER TE DEIXAR ORGULHOSO STOICO!

- ENTÃO ELE DEVERIA PARAR DE TENTAR - gritou Stoico e se ouviu algo quebrando no andar de baixo - ELE ME HUMILHA COMO CHEFE DA ALDEIA! EU NÃO SEI O QUE EU FIZ PARA MERECER UM FILHO COMO ELE! - gritou e o andar de baixo ficou em silêncio, valka colocou a mão em cima da boca em espanto, stoico nunca tinha dito essas palavras de seu filho.

Lágrimas saíram de seu rosto e então stoico perceberá o que fez.

Soluço chorava baldes em seu quarto, ele se sentia um inútil, até seu pai o rejeitou, ninguém gostava dele além de sua mãe, Soluço levantou-se da cama, pegou uma bolsa e colocou algumas roupas e comida seca que ele guardava sempre que podia, pegou seu remédio que lhe era dado todo dia a cada febre, colocou tudo na bolsa e saiu pela janela do segundo andar quase caindo pelo fraqueza que a febre lhe dava depois disso desapareceu na floresta.

De volta a sua casa stoico havia percebido que exagerara e quando estava prestes a se desculpar um estrondo havia sido ouvido e em seguida eles escutaram do lado de fora

- ATAQUE DE DRAGÕES!!! - berravam do lado de fora.

- s-soluço - sussurrou valka indo para o andar de cima e entrando em desespero, ela desceu assustada.

- O Soluço desapareceu! - disse ela em desespero, estoico abriu a porta para dar de cara com um dos moradores, ele acenou e para o homem e se virou para valka.

- vamos acha-lo - disse estoico para valka, ele se virou e disse para o homem - avise a todos para ficarem a postos - stoico se virou para puxar sua esposa mas ela se afastou.

- vamos achar meu filho - disse ela se afastando lentamente

- NOSSO filho - disse stoico a alcançando - me perdoe - disse ele em arrependimento.

- diga isso a nosso filho - disse ela sem mais mal humor.

Enquanto a confusão se espalhava valka e stoico procuravam soluço em todos os lugares mas nada de o acharem, eles estavam em desespero, mas havia um lugar em que não haviam procurado.

Enquanto berk era atacada soluço dava passos rápidos passando pela floresta, fazendo sua visão ficar turva mas sem se importar continuou andando, sua febre já havia subido a novos patamares fazendo ele querer tirar a roupa ensopada de seu corpo e mergulhar em um lago congelado, Soluço estava quase chegando ao seu esconderijo, uma enseada escondida com um grande lago, quando sentiu a visão escurecer por algum tempo, ele logo caiu no chão com dor em seu corpo e uma dor de cabeça terrível já havia tomado sua cabeça, ele então começou a escutar sussurros altos falando a sua volta mas um só era destacável e ele dizia constantemente "por aqui"

Soluço sem muito controle sobre si mesmo seguiu a voz, depois de parecer ter passado de vinte s quinze minutos ele chegou a uma caverna, rapidamente entrou e para sua surpresa a caverna se iluminou, Soluço continuou escutando os sussurros dizendo para ir e ele foi se aprofundando até chegar em uma área pequena na caverna, no centro do lugar havia uma grande pedra com inscrições que ele não conhecia, os sussurros pararam e ele sentiu a visão escurecer e tentou se apoiar na parede mas ao colocar a mão na parede ela escorregou pois a parede estava húmida fazendo a palma de sua mão passar por uma pedra pontuada cortando-a.

Soluço não havia sentido a ferida tentando em vão respirar, até finalmente sua visão voltar um pouco foi aí que ele percebeu que sua mão sangrava em um corte profundo mas antes que tivesse a chance de colocar algo na ferida as vozes voltaram com força total dizendo para colocar a mão que sangrava na pedra, sem muito sentido de si ele fez, a pedra entao se iluminou num verde forte e soluço apagou.

Enquanto ele estava inconsciente a pedra envolveu soluço com sua luz fortemente, a ferida na mão de soluço se fechou e seu rosto que estava vermelho igual a uma pimenta voltou a cor normal, logo tudo sumiu, a caverna, a pedra, tudo menos soluço, que estava deitado encostado em uma árvore, com o brilho de seu corpo se apagando.

Longe dali, pula-nuvem estava passando pela floresta com um dragão preto atrás dele o seguindo, seu rei o havia mandado para buscar um fúria da noite, o ultimo de sua espécie, para que ele pudesse viver no santuário e o manter seguro, o pequeno fúria da noite que havia perdido seus pais aceitou e neste momento eles estavam passando pela floresta quando sentiram um cheiro incomum, eles seguiram o cheiro e deram de cara com algo caído no chão, o cheiro era forte de humano e Dragão, ao se aproximarem perceberam que era um menino e com sua visão noturna viram escamas nascendo na palma de sua mãos, o fúria da noite e pula-nuvem ficaram espantados e felizes, eles sabiam o que o menino era, com certeza um presente dos deuses para os dragões, eles.era Greiems!

Os Greiems eram humanos que se transformavam em Dragão, um presente que não era passado pelo sangue e sim dado pelos ceus para alguem digno, haviam muitos Greiems antes, mas os humanos os achavam abominações e os determinaram, poucos existiam e depois de mais de 500 anos de matança aos dragões eles desapareceram do nada e nunca mais foram vistos, os humanos perderam a fé em sua existencia se transformando em um minuto, que os humanos chamavam de lambisgao, mas os dragões diferente dos humanos sempre acreditavam que existiam pois eles eram como bênçãos dos céus, quando um nascia significava boa coisa.

Pula-nuvem estava feliz, se ele o levasse ao rei branco, ele o protegeria e cuidaria dele como filho, mas antes de ele se mover para pegar a criança e a levar o garoto se mexerà e seus olhos que antes eram castanhos ficaram azuis como fendas abriram-se.

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Espero que gostem!

Até a próxima!

Bye bye 👋

Como  Treinar seu Dragão? só que não!Onde histórias criam vida. Descubra agora