Depois de entrar pela porta principal da minha nova escola, senti-me completamente perdido e descolado. Senti-me como se não pertencesse a este sitio.
Ao percorre o meu olhar pelas várias pessoas que se iam cruzando comigo, reparei que todos tinham os seus olhos postos em mim.
Olhares curiosos. Algumas raparigas murmuravam entre si e outras apenas falavam alto como se quisessem que eu as ouvisse e reparasse nelas.
Uma enorme vontade de revirar os olhos a certos comentários cresceu dentro de mim mas, por sorte, contive-me.
Reparei também que sou completamente diferente da maioria dos alunos da minha nova escola.
Sou alto, bastante até, sou loiro tenho os olhos azuis claros e o meu tom de pele é muito claro o que evidência a falta de sol de onde vim. Agora, observando os meus colegas, a maior parte tem cabelos escuros, castanhos ou pretos, existe um loiro ou dois no meio de todos estes morenos, mas não o mesmo loiro que o meu. O loiro deles é escuro, cor de caramelo como se costuma dizer. O meu é muito mais claro, quase oxigenado.
Sou filho de pai grego e de mãe sueca. Ambos os meus pais são loiros, mas apenas a minha mãe apresenta as mesma características suecas que eu.
Nasci na Suécia e depois de 18 anos a viver lá, os meus pais resolveram mudar-se para a América devido a falta de trabalho que se está a fazer sentir por toda a Suécia.
Segundo eles, viemos a procura de uma vida melhor por aqui. Eu estava bem lá, tinha os meus amigos, por muito poucos que fossem mas tinha. Tinha o meu carro, tinha as minhas atividades, mas tive de deixar tudo para trás para começar do zero aqui.
Depois de andar as voltas pelos imensos corredores da escola, finalmente encontrei a minha sala de aula.
Devem estar a pensar como é que um rapaz de 18 anos ainda está na escola, especialmente no décimo ano. Muito simples.
Nunca gostei muito de ir para a escola, especialmente nos dias em que tinha matemática e físicas. Sempre fui muito bom a línguas e em tudo o que está relacionado com história. Eu faltava quase sempre as aulas de matemática e de físicas por isso perdi duas vezes o nono ano por faltas a estas duas disciplinas. Mas como se diz, a terceira vez que fui repetir o nono ano, com muito esforço consegui passar o ano.
A terceira e ultima vez que perdi o ano foi o último ano lectivo que estive na Suécia, ou seja o ano passado.
Estava a safar-me bastante bem em todas as cadeiras escolares até que dois meses depois de as aulas terem começado, ouvi os meus país falarem nesta mudança e fiquei revoltado então, como forma de protesto e descontentamento, comecei a faltar as aulas e quando ia ás mesma, portava-me mal e era expulso delas. Quase no final do segundo período apercebi-me que já tinha o ano perdido, por isso nunca mais voltei a meter os pés na escola.
O toque de entrada fez-se ouvir por toda a escola e nesse momento, os corredores ficaram mais agitados do que já estavam.
Todos a minha volta falavam animadamente como se não se apercebessem que estavam na escola, as raparigas riam-se, abraçavam-se e falavam dos seus amores de verão e os rapazes falavam praticamente todos sobre a mesma coisa, entrarem para a equipa de futebol americano da escola.
No meio desta gente toda, notei numa rapariga que cativou logo a minha atenção.
Era baixa, muito baixa comparada comigo, devia ter pouco mais de um metro e meio; Os seus cabelos cor de rosa claros caiam-lhe em cascata pelas costas abaixo ficando ao nível da sua cintura, usava uns calções bordou com umas collants pretas, tinha umas botas pretas que lhe chegavam até metade da perna e a sua camisola era igualmente preta e ficava-lhe um pouco acima do umbigo.
Posso dizer, desde já, que para mim ela era a perfeição em pessoa.
YOU ARE READING
Persephone » l.h.
FanfictionUma história de amor entre duas pessoas completamente diferentes, mas ao mesmo tempo completamente iguais onde ambos iram descobrir as maravilhas e os horrores do que é estar apaixonado. "O amor é uma força, uma energia, que se manifesta Na alma com...