Dia cinco: Vênus

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OLÁ PESSOAS DESTE PLANETA QUERO DAR PARABÉNS A JU (@/Ju_McCley) que é um SERZINHO precioso que eu amo muito então dedico esse cap pra ela pq hj é o aniversário dela!!!

Se vc não sabe quem é a Ju, é a pessoa que fez alguns desenhos que eu uso de capa dos capitulos.!!
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Estava escuro. 

— Espero que não tenha ideias erradas sobre o seu trabalho.

Era frio ali. Ele sentia os casacos o rodeando, como vários braços sem qualquer temperatura o mantendo onde estava e o fazendo se assustar toda vez que encostava em alguma jaqueta de couro ou zíper gelado. 

— Você é o único que confunde as coisas aqui, Prorok. 

As luzes entravam pelas frestas da porta do armário, deixando listras amareladas em sua pele dos braços e pernas. Sentia os joelhos arderem. 

— Zarkon tem divergências quanto a este seu julgamento. 

— Ele tem mais com o que se preocupar, por isso eu sou o guardião da criança. 

Seu estomago roncou, ele estava faminto. Sabia que no andar inferior, Shiro estava esperando por ele para comerem juntos. 

— Guardião? 

A risada fez Keith abraçar o próprio corpo pequeno e magro. Ele se encolheu entre os casacos pesados, fugindo da luz mais profundamente do que pensava que podia. 

— Você se encantou pela mulher. 

— Não diga besteiras!

— Você não é o pai. Sua atitude é ridícula!

Se sentia frio. Perdido no breu. Vozes o circulavam, mas ele não conseguia compreender o que diziam. Era como cair ou ser arrastado. Ele não sabia nem dizer se era a gravidade ou alguma outra força que o induzia a se afastar. 

Uma porta no fundo escuro, as luzes amarelas ainda refletindo em alguns casacos e o frio que ele conhecia ainda em seu corpo. O gosto de sangue na boca. 

Ele fechou os olhos. 

O toque lento em seu cabelo foi a primeira coisa que o fez perceber estar despertando.

Ele se remexeu, se ajeitando mais confortável contra algo quente que se moveu junto, ajudando na posição. Seu coração disparado se acalmou aos poucos, sentindo o cheiro de sabonete e colônia que lembrava caramelo. Keith se sentiu acolhido. Seguro. Um suspiro passou por seus lábios e seus dedos seguraram algum pano, sentindo um pulso leve embaixo dos dedos. Ele sentiu lábios em sua testa, pressionando secos e com cuidado, dedos tocaram seu rosto traçando uma linha morna, fazendo o mestiço se remexer incomodado por ser mais desperto e ao mesmo tempo querendo mais daquele toque. 

– ...Então você quer que eu apenas não faça nada? — Questionou a voz de Allura perto e frustrada. 

O mestiço continuou seu movimento, propositalmente lento e forçando o corpo a relaxar ao mesmo tempo que sua mente entrava em alerta.

— Sim. Eu vou resolver. Você já se arriscou demais. — Respondeu outra voz. Esta um pouco conhecida, mas Keith não conseguia resgatar na memória de onde vinha o reconhecimento. 

— Para começar, eu acho os dois uns babacas e eu realmente queria poder mover meu corpo para socar a cara dos dois malditos. Mas eu não vou acordar Keith para isso. — Disse a voz de Lance e o mestiço sentiu o coração disparar de novo. 

— Me rebaixou ao nível de não valer a pena nem socar. Eu estou realmente chocado e magoado. — Disse a voz masculina de novo. 

Lance riu azedo.

Guillotine (NOVO)Onde histórias criam vida. Descubra agora