Dia cinco: Vermelho

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OLÁ MEUS AMORES!!! HJ (na verdade amnha, dia 19, mas foda-se) É ANIVERSÁRIO DA FIC! E PRA COMEMORAR ISSO EU ESTOU POSTANDO ESTE CAPÍTULO ESPECIAL!!! ESPERO QUE GOSTEM!!!!

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As batidas de seu coração pareciam muito altas naquele momento. Keith permanecia sentado na cama, paralisado olhando para a porta, perdido no meio da escuridão profunda do quarto com os sentidos totalmente despertos e sentindo o sangue fluir rápido por suas veias em antecipação e alerta. As lágrimas ainda estavam em seu rosto, parando de fluir em imediato quando as luzes se apagaram. O celular em sua mão mostrava que não possuía mais sinal de Wi-Fi e a tela era sua única fonte de luz. O garoto respirou fundo devagar e bloqueou o aparelho, levantando com cuidado da cama para não fazer barulho e caminhou vagarosamente pelo quarto, em direção à parede ao lado da janela, onde sua maleta com facas, canivetes  e punhais estava guardada na estante.

Tecnicamente, deveria ser apenas decoração, algo para mostrar aos amigos, pois eram bem diferentes do usual, com lâminas retorcidas e cromáticas. Não era para terem corte, mas Keith fez questão de mandar que fossem afiadas apenas pelo prazer de ter um arsenal de verdade. Ele nunca pensou que um dia fosse realmente usar alguma delas. No entanto, ali estava ele, retirando uma faca de caça de lâmina curva e um punhal longo de dentro da matela. O punhal foi estrategicamente colocado na meia, dentro de uma bainha que Keith conseguiu amarrar na panturrilha usando um cadarço; já a faca permanecia em sua mão.

Se perdesse um, poderia sacar o outro para se defender.

E pelos gritos que ouvia, ia precisar.

Logo estava ao lado da porta, as costas encostadas na parede com um mão esticada para a maçaneta e a outra na faca. Os sons do lado de fora eram de passos apressados, distantes até. Provavelmente, ainda no primeiro andar. Não tinha passado tanto tempo assim desde que a luz foi cortada, quem estivesse invadindo teve pouco tempo para passar pela segurança no jardim e descobrir os corredores e escadas da mansão. O rapaz respirou profundamente de novo e soltou o ar. Sua mão girou a maçaneta e, devagar, abriu a porta e escorregou para fora pela brecha.

O corredor era iluminado pelas luzes vermelhas de emergência que perdiam aos poucos a intensidade. Keith podia ouvir cada vez mais alto o som de pessoas à medida que se aproximava da escada. A luz diminuía à medida que avançava para um espaço mais aberto, ficando escuro e mais difícil de enxergar. Se olhasse pela grade de proteção para o andar de baixo, diretamente para o salão comum, ele via apenas uma iluminação em “v” amarelada e fraca vinda da frente da mansão. Pelo que Keith suspeitava, aparentava ser um carro ou dois com os faróis ligados e apontados para dentro. Não via ninguém, mas ele podia ouvir que estavam ali, provavelmente na sala de recepção.

Seus dedos apertavam com força a faca na mão ao se afastar da grade e os nervos pareciam fazer sua pele mais sensível até ao ar que o circulava. Ele jurava ouvir o sangue correr rápido nos ouvidos, mas não saberia dizer ao certo pela barulheira.

E, talvez por isso, por se concentrar demais no que acontecia no andar de baixo, não percebeu os passos atrás de si.

Ele sentiu, antes de tudo, um golpe forte na lateral do corpo que o jogou contra a parede e o fez largar a faca, mas, antes que pudesse recuperá-la, estava sendo puxado para frente e para cima, com alguém agarrando à frente de sua camisa e terno. O grito saiu antes que o impacto das costas no chão fizesse tudo doer, mas isso não foi o bastante para fazê-lo desistir. Moveu o joelho, o usando como uma alavanca que impedia seu agressor de se aproximar demais enquanto estavam caídos no chão e ergueu as mãos para o pescoço que não via, agarrando a área frágil com força, pressionando os dois dedos sobre a glote e impedindo que a pessoa respirasse.

Guillotine (NOVO)Onde histórias criam vida. Descubra agora