Capítulo 26
Olivia
Acordei no meio da tarde com um barulho alto na cozinha, no começo pensei que fosse o Dean chegando, mas logo a pessoa que invadiu entra no quarto, e para o meu pesadelo, entra apontando uma arma para a cabeça da prima do Dean.
— Finalmente. — O homem que eu já vi antes sorri quando me vê.
— Quem é você e o que está fazendo aqui? — As palavras saem baixas.
— Você sabe quem eu sou, achei que levaria mais tempo para brincar e torturar vocês. — Sorri. — Não deviam ter fugido de mim, eu não lido bem com isso.
— Como nos achou aqui? — Peço.
Paul, esse é o homem que estava do lado de fora da casa do Dean quando saímos do hospital. Ele estava com a esposa naquele dia, será que ela sabe o que o marido fez? Ou melhor, eles tinham acabado de deixar a cabeça no nosso jardim?
— Foi fácil. — Ele empurra Helena para a cama e mantém a arma apontada para a gente. — Depois do que o seu irmão fez com o Cody, eu não cometeria o mesmo erro deixando vocês dois fora da minha vista. Desde de o dia em que vocês saíram do hospital.
— Como soube que a gente estava lá? — Encaro. — Usou o seu cargo na igreja para nos vigiar?
Paul para de andar e me encara, é como se ele tivesse se transformado em alguém ainda pior, na simples menção da igreja.
— Não abra a boca para falar da igreja, sua puta desgraçada. — Grita. — Desde que Cody morreu na cadeia eu fiquei de olho no Dean, ele sempre foi o meu alvo e falhar no meu plano não era aceitável.
— Você não poderia nos atacar, e o seu presente para mim depois do acidente? Eu nunca estive com o Dean de verdade. — Lembro.
— O dia que vocês dois se encontraram pela primeira vez, eu assisti os dois na cafeteria, eu vi como ele agiu quando estava perto de você e isso me irritou. Todos na cidade sabem o tipo de homem que eles são, então decidi que salvaria você das garras dele. — Admite. — Pensei que o acidente te afastaria dele, mas não foi isso o que aconteceu.
— Você nos atropelou? — Pergunto.
— Sim, e também apaguei a memória de ambos, tudo o que eu precisei era de um inibidor. — Fala. — A puta da minha mulher era médica, então eu roubei o remédio da clínica, armei um acidente com um amigo e enquanto o socorro não chegava, apliquei uma boa dose em ambos. Achei que levaria mais tempo para as memórias voltarem.
— O que você não esperava era que a família do Dean usariam essa chance para nos aproximar. — Termino o plano ridículo. — Você achou esse tempo todo que eu correria com medo e deixaria o Dean sozinho para lidar com tudo.
— Garota inteligente. — Elogia e sinto o meu estômago se embrulhar. — Eu teria entrado antes aqui e matado vocês dois enquanto dormiam, ou enquanto fodiam, mas achei que seria muito deselegante e sem graça. Afinal, não planejei tudo isso, para acabar com a graça.
— Isso sempre foi um jogo para você. — Declaro.
— Sim, Dean e eu somos muito parecidos de certa forma, mas isso não vem ao caso. — Ri. — Temos que ir.
— Eu não vou a lugar algum com você. — Digo.
Paul mais uma vez se transforma, ele me puxa pelos cabelos e me arrasta pelo corredor. Para o meu horror, Helena acorda e começa a chorar na cama, então Paul me empurra de volta para o quarto e se ajoelha em frente a ela.
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Amor Por Acidente - Descendentes Do Crime - Livro 2
ChickLitOlivia Brassanini está cansada de viver sob o olhar e cuidado constante de seu pai mafioso, então em uma tentativa de ter uma vida normal, ela se muda para a América, para morar perto de sua melhor amiga Caroline e da nova família dela. Só tem um pr...