Capítulo 4

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Olivia

Não noto a chegada do Dean no quarto, tudo o que eu consigo ver é o gato que está dormindo dentro do closet do quarto principal.

— O que aconteceu? Você está bem? — Pergunta preocupado.

— Desculpe, eu tomei um susto achando que era um rato. — Digo e aponto para o gato dormindo.

— O que diabos é isso? — Ele se aproxima do gatinho. — Parece um rato pra mim.

— Não seja idiota, é um gatinho. — Digo, pegando o bichano.

Tudo bem, Dean não está errado, ele parece um rato, mas isso é porquê ele não tem nenhum pelo em seu corpo, e quando ele abre os olhos pra me encarar, noto que também é vesgo.

— Um gato feio e vesgo, de onde esse bicho saiu?

— Não sei. — Faço carinho animal. — Estou pensando em senhor fofo.

— Senhor fofo? Essa porra ai não é fofa nem aqui nem na china, e quem disse que vamos ficar com ele?

Dean não está olhando para o gato como se quisesse se livrar dele, na verdade, ele está olhando como se estivesse achando toda essa situação engraçada.

— Por favor, não podemos deixar ele solto por ai. — Digo. — Sabe como as pessoas são más com gatos.

— Quer mesmo ficar com o vesgovaldo ai? — Pergunta.

— Não chame o meu bebê assim. — Protejo os ouvidos do Fofo.

— Seu bebê? Nossos filhos não vão se parecer com esse gato, então por favor, pare de chamar ele de seu bebê.

Ignoro o que ele disse, é claro que nossos filhos vão ser lindos, ainda mais se eles se parecerem com ele. O que? Dean é lindo e parece ter sido esculpido por Deus em um de seus maiores momentos de inspiração.

— Podemos ficar com ele? — Pergunto, sorrindo e empurrando o gato nas mãos dele.

— Se você quer, então sim. — Diz, pegado o gato. — Você já comeu?

— Não, eu não estava muito feliz em comer depois de ver aquela cabeça. — Admito. — Acha que devemos nos preocupar com aquilo?

— Não. — Ele me abraça ainda segurando o gato. — Ninguém é maluco de tentar te ferir.

Dean fala de um jeito que me dá medo, não medo dele e sim medo do que ele vai fazer se alguém tentar fazer algo contra mim.

— Confio em você. — Digo. — E o que acha de deixar essa comida fria no balcão e comer alguma coisa na cidade?

— Você quer ir para a cidade? — Pergunta franzindo a testa.

— Sim, preciso comprar as coisas pro Fofo. — Lembro.

— Você vai mimar essa porra de gato?

— Não chame ele de "essa porra de gato", ele é nosso filho. — Provoco.

— Amor, esse gato não vai ser nosso bebê. — Discute.

Então segura a minha mão e me puxa para fora do quarto e para o andar de baixo, onde ele pega as chaves do carro que estão em cima do balcão e me leva até a porta. Assim que estamos saindo, Mason aparece.

— Tudo bem? — Pergunta, se referindo ao grito.

— Sim, eu só tomei um susto. — Digo e aponto para o gato.

— Por que você está agarrado ao rato? — Ele pergunta olhando pro Fofo.

— Não é um rato! — Grito ofendida pelo meu bebê. — É um gatinho.

Amor Por Acidente - Descendentes Do Crime - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora