Capítulo 5
Dean
Acordo no meio da noite sentindo algo entranho no meu peito. Quando abro os olhos encontro o maldito gato sentado no meu peito me encarando como se estivesse possuído por algum tipo de demônio.
Sem querer acabo gritando, o que faz a Olivia pular assustada e correr para acender a luz. Quando ela descobre o motivo do meu grito, começa a rir sem parar.
— Não ria, esse gato maldito quase me mata do coração.
— Você tá sendo dramático de mais. — Diz em meio ao riso.
— Queria ver se fosse com você. — Resmungo, enquanto a Olivia se aproxima e o vesgovaldo salta de cima do meu peito e vai se esfregar em suas pernas.
— Ele só quer atenção Dean. — Ela pega o gato e anda até o outro lado do quarto colocando o gato na cama dele.
— Nem pense que esse gato vai ficar aqui, eu quero ele fora! — Me levanto e pego a cama do gato com ele dentro, e caminho pra fora do quarto.
Desço as escadas com o gato fazendo uns barulhos estranhos pra mim, esse bicho deve ser a semente do mal. Feio desse jeito só pode ser obra do cão.
— Onde você tá levando ele? — Olivia me segue.
— Pra lavanderia, não vou dormir tranquilo com esse gato em cima de mim e me olhando como se estivesse pronto pra me matar. — Falo, abrindo a porta da lavanderia e colocando a cama do gato no canto.
— Você está exagerando, pelo menos é o que eu acho. — Murmura ainda sorrindo.
— Exagerando? Quem me garante que esse gasto não é um demônio? — Pergunto. — Você não viu como ele estava me olhando, parecia que ia me matar.
Rindo que nem uma maluca Olivia sai da lavanderia, enquanto eu garanto que o gato esteja confortável e saio, trancando a porta atrás de mim. O que? Só porquê eu acho que esse gato é a encarnação de Satã, não quer dizer que eu vou maltratar ele, e outra, ele já tá invocado comigo, se eu tratar ele mal é capaz de me matar enquanto durmo.
Passo pela cozinha e encontro a Olivia parada em frente a geladeira, quando começo a me aproximar dela, noto que ela está com um prato pegando comida de algumas caixas que estão dentro da geladeira.
— O que você está fazendo? — Pergunto.
— Comendo. — Diz.
— A essa hora?
— Claro! Está quase amanhecendo e depois do seu show, eu acabei perdendo o sono. — Responde. — Quer um pouco?
Olho para o prato de comida e nego com a cabeça.
— Não gosto de comida fria. — Admito.
— Você não sabe o que está perdendo. — Dá de ombros.
— E nem quero saber. — Dou um beijo na testa dela, que fecha os olhos e em seguida abre e me olha de um jeito curioso.
— Você não deixa de me surpreender.
— Como? — Pergunto sem entender.
— Você é um cara enorme que tem medo de um gato pelado e o coitado ainda por cima é vesgo, mas, ao mesmo tempo, é corajoso e está pronto para me defender com unhas e dentes. — Explica.
— Eu sou seu marido, é a minha função te proteger. — Dou de ombros. — E quanto ao gato, eu sinto nos meus ossos que ele me odeia.
Olivia ri quando eu digo a última parte, e eu sinto um aperto estranho meu peito. Eu posso não saber nada sobre a vida dessa garota, mas eu amo o que estou descobrindo. A forma como ela ri, como ela se sente confortável e não precisa de nenhum joguinho pra conseguir o que quer.
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Amor Por Acidente - Descendentes Do Crime - Livro 2
Literatura FemininaOlivia Brassanini está cansada de viver sob o olhar e cuidado constante de seu pai mafioso, então em uma tentativa de ter uma vida normal, ela se muda para a América, para morar perto de sua melhor amiga Caroline e da nova família dela. Só tem um pr...