CAPÍTULO NOVE

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Maribel não conseguiu dormir naquela noite, e nem na noite que se seguiu.

Quanto tempo fazia desde que tinha se apaixonado por Leonidas Pallis? Quase sete anos. Parecia como uma sentença de prisão, enquanto se esforçava para sentir alguma coisa... qualquer coisa... por um homem mais adequado. Era como se seu coração estivesse trancado numa cela, pois nem inteligência ou praticidade causavam a menor influência em seus sentimentos. Tinha feito de tudo para esquecê-lo. Conhecia todos os defeitos dele. Não o respeitava como pessoa. Todavia, a compaixão por um homem tão desligado de suas emoções que nem mesmo reconhecia a dor a fez baixar a guarda no funeral de sua prima, levando à concepção do filho que ela adorava.

Quem é você para me julgar? Maribel ainda estava ponderando essa questão na madrugada do segundo dia após a última visita dele. Não tinha esperado ver Leonidas novamente. Nunca lhe ocorreu que ele poderia descobrir sobre Elias. Agora que isso aconteceu, tudo havia mudado, e ela foi muito lenta para reconhecer a verdade. Subitamente, estava sendo forçada a justificar as decisões que havia tomado, e não sabia mais se tinha o direito de negar a Elias o contato com o pai. Acostumada a decidir tudo sozinha, resolveu que estava muito envolvida, e que seria sábio pedir uma segunda opinião de alguém em quem pudesse confiar.

Mais tarde naquela manhã, foi à casa de Ginny Bell e finalmente lhe contou quem era o pai de seu filho.

Durante um minuto inteiro, a mulher mais velha fitou-a com olhos arregalados e incrédulos.

-- Leonidas Pallis? O bilionário grego que está em todas as revistas de celebridades? O "ex" de Imogen?
Maribel assentiu, confirmando.

-- Meu Deus. Isso é inacreditável! -- exclamou Ginny. -- Leonidas Pallis é realmente o pai de Elias?

-- Sim.

-- Eu nunca quis perguntar quem era, uma vez que você parecia não querer falar sobre isso. -- Ginny meneou a cabeça. -- Devo ser franca. Estou pasma. O que levou você a me contar isso de repente?

-- Leonidas acabou de descobrir sobre Elias e quer vê-lo. -- Maribel comprimiu os lábios. -- Eu tenho negado.

Ginny fez uma careta.
-- Certamente, não é uma boa ideia, Maribel. Não é sábio se voltar contra um homem tão poderoso.

-- Ele está muito irritado com minha atitude -- concordou Maribel com tristeza.

-- Se alguém lhe dissesse que você não poderia ver seu filho, como se sentiria? -- sugeriu Ginny gentilmente.
-- Tente se colocar no lugar dele e ser justa.

-- Isso não é fácil.

-- Mas por que correr o risco de transformar Leonidas num inimigo? Isso não seria mais perigoso? Ouvi algumas histórias sobre crianças sendo roubadas por pais estrangeiros ressentidos.

O sangue de Maribel esfriou nas veias.
-- Não me assuste, Ginny.

-- Filho é um assunto que envolve emoções muito fortes. Por esse motivo, se fosse você eu tentaria ser razoável.

-- Mas acho que Leonidas está apenas curioso. Não posso imaginá-lo envolvido com Elias. Ele nunca gostou de crianças.

Ginny estudou sua amiga.
-- Você conhece Leonidas Pallis muito bem, não é?

Maribel abaixou os olhos na defensiva.
-- Razoavelmente bem.

-- Então, segure-se nesse elo antes que o perca -- aconselhou Ginny. -- Pela sua segurança. Algum dia, Elias vai querer saber tudo sobre seu passado, e vai querer conhecer o pai, também. Tomar decisões em nome de Elias é uma grande responsabilidade.

Decidindo reconsiderar sua postura, mas ainda preocupada e temerosa, Maribel foi direto para casa e telefonou para o número particular de Leonidas.


No instante que Leonidas ouviu a voz dela, sinalizou para seu assistente, indicando que a reunião com os advogados deveria esperar até que ele terminasse a conversa ao telefone.

-- Maribel -- murmurou ele suavemente.

-- Tudo bem, você pode ver Elias. Eu estava sendo irracional. Apenas me avise quando quiser vê-lo.

Uma onda de satisfação o envolveu, e um raro sorriso iluminou suas feições fortes e bonitas.

-- Mandarei um carro apanhá-la em uma hora. Tudo bem?

Maribel engoliu em seco. O imediatismo do pedido a desconcertou, e teria preferido o encontro em terreno familiar. Por outro lado, os conselhos de Ginny a tinham enervado, e não queria dificultar as coisas.

-- Está um pouco em cima da hora, mas não trabalho nas quintas-feiras, então, tudo bem.

-- Você me agradou, glikia mou-- disse Leonidas com aprovação. -- Até mais tarde.

Maribel desligou o telefone com dentes cerrados. Suspeitava que se tivesse quatro patas como Mouse, Leonidas poderia tê-la recompensado, alisando sua cabeça ou lhe dando um pedaço de chocolate por sua obediência. Mas certamente aquilo era melhor do que ficar contra ele? Ela subiu para trocar Elias.


Uma grande Limusine, acompanhada por outros veículos, que aparentemente continham os guarda-costas, chegou para apanhá-la e a deixou horrorizada. Quanta discrição! Preso na cadeirinha do carro, Elias dormiu. Vestida com uma saia azul- turquesa e uma blusa branca, Maribel pegou um espelho da bolsa e se maquiou, enquanto tentava não ficar impressionada com o estofado de couro e os equipamentos de entretenimento dentro do carro. Quando a limusine não se dirigiu para Londres, como ela esperava, pensou que deveria ter perguntado a Leonidas onde o encontro aconteceria. Sua tensão aumentou no momento que o carro entrou numa propriedade e uma vasta mansão georgiana apareceu à frente. Cercado por um terreno arborizado, o lugar era um cenário perfeito para filmar um drama histórico.

Decidindo não ser intimidada, Maribel pegou Elias no colo e entrou num hall do tamanho de um pequeno campo de futebol. Um criado abriu uma porta e conduziu-a para uma sala lindamente mobiliada. Ela parou para colocar Eliasno chão, porque ele estava impaciente depois de ter passado tanto tempo no carro.

Leonidas viu Maribel primeiro e ficou distraído quando ela se abaixou, o decote da blusa exibindo seios generosos e arredondados. O desejo o dominou instantaneamente, e o enfureceu. Não pela primeira vez se perguntou por que uma simples olhada para as curvas de Maribel tinha um efeito mais poderoso sobre ele do que o strip-tease completo de outra mulher qualquer. Quando ela se endireitou e os brilhantes cabelos castanhos foram jogados para trás, revelando os olhos vívidos e a linda boca pintada de cor-de-rosa, ele soube que a levaria para a cama novamente. Mas então, no momento que a criança saiu de trás da mãe, Leonidas esqueceu tudo o que estava pensando...

Glikia mou: docinho

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Hahaha... suspense? Adorooo
E aí? Como acham que vai ser o encontro entre pai e filho? Será que Leonidas ficará deslocado?
Prometo que na quinta mato a curiosidade de vcs, hehe
Bora votar e comentar, por que o próximo capítulo está, SEN-SA-CIO-NAL♡
Lembrando que quem quiser participar do grupo no Whatsapp (Não tem quase ninguém😪 ), é clicar no link no meu perfil, ou me mandar uma mensagem, ok?

Reparei que não tinha colocado apresentação de personagens, então passe para o lado, que vcs verão Maribel, Leonidas e o pequeno Elias ❤❤
Era isso meus amores, desculpem -me pelo capítulo pequeno, mas o de quinta será recompensador!!!

Bjos da Lary😘😘

O Desafio do Amor(CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora