CAPÍTULO DEZENOVE

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— INACREDITÁVEL! — exclamou Ginny enquanto olhava para o conteúdo de uma linda caixa de couro que Maribel tinha aberto. — Uma tiara de diamante para uma rainha! Isso vai ficar maravilhoso com o seu véu.

— Ficaria maravilhoso com qualquer coisa — apontou Maribel, tocando as jóias de safira e diamante com respeito.

— Mas você não acha que isso vai parecer exagerado?

— Maribel... exagero no consumo faz parte de ser um Pallis. Os oitocentos convidados irão esperar muito brilho, e a maioria deles estará usando jóias.

Mais tarde naquela manhã, finalmente livre das atenções do cabeleireiro, do
maquiador e da manicure, Maribel examinou seu reflexo não familiar no espelho do banheiro. Estava secretamente encantada por sua aparência. Sempre tinha sido comedida em relação à moda, até o dia que se apaixonara por um vestido estilo século XVIII de uma revista de noivas.

O corpete justo acentuava sua cintura fina antes de se abrir numa gloriosa
saia rodada. Feito de tafetá dourado e prateado, o vestido era simplesmente maravilhoso.

A tiara enfeitava lindamente seus cabelos castanhos, os quais estavam puxados para cima num penteado clássico presos por um véu de renda francesa.

A igreja, uma construção sólida de pedras, ficava na propriedade Heyward Park. Sua entrada privada aliada à segurança e presença da polícia, assegurava que os paparazzi não
podiam se aproximar mais do que a estrada que ficava além da cerca viva.

— Admiro tanto sua calma — observou sua prima Amanda Stratton, enquanto Ginny e diversos parentes formavam os pares das crianças que levariam as flores.

— Como mamãe diz, nove entre dez mulheres estariam ameaçando deixar Leonidas Pallis no altar.

Maribel franziu o cenho.

— Por que eu faria uma coisa dessas?
Ginny Bell se inclinou sobre Amanda e lhe sussurrou alguma coisa. A pequena loira enrubesceu e se calou.

— Do que ela estava falando? — perguntou Maribel para a amiga.

— Talvez do rumor que Leonidas está casando com você sem a segurança de um acordo pré-nupcial. Ou talvez seja a visão de seus diamantes. De qualquer forma, ela é invejosa, e você não deve prestar atenção a isso — disse Ginny.

Maribel considerou aquele um conselho sensato. Seu entusiasmo e energia teria melhorado depois da meia-noite. Seu casamento, refletiu, seria o que fizesse dele. Respirou
fundo quando as portas foram abertas e as notas do órgão soaram lindamente dentro da igreja.

LEONIDAS POSSUÍA nervos de aço, mas não apreciara a maneira como o dia tinha começado. Passara a manhã num estado de indecisão diferente de qualquer sentimento que já havia experimentado. Ciente de que suas supostas façanhas na festa de solteiro no iate poderiam aparecer em alguns canais de tevê e em vários websites de celebridades, tivera de se perguntar o que faria se Maribel tivesse acesso à notícia antes de ir para a igreja.

Em três ocasiões, havia chegado à conclusão de que deveria se apressar e lhe dar sua versão dos fatos primeiro, apenas para mudar de idéia de novo.

— A noiva chegou — anunciou seu padrinho, príncipe Rashad, percebendo a tensão do amigo e se perguntando por quê. Era verdade que Maribel estava dez minutos atrasada, mas isso não era motivo para tanta ansiedade.

Leonidas virou-se para checar a informação. E lá estava Maribel, exótica e vibrante, num vestido branco e dourado que contrastava lindamente com a pele clara.

Ela parecia iluminar a igreja, e ele estava tão encantado que se esqueceu de virar-se novamente para o altar, como mandava a tradição.

— Mamãe! — Foi Elias quem quebrou a magia, saindo do colo da babá freneticamente para correr na direção de Maribel.

O Desafio do Amor(CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora