suddenly ✧ b. gray {concluída}

𝐅𝐎𝐑𝐓𝐘 𝐅𝐈𝐕𝐄

𝐀𝐋𝐈𝐂𝐈𝐀 𝐖𝐑𝐈𝐆𝐇𝐓

Eu disse que amo ele, ele disse que me ama. Isso não estava programado.

Não é que eu não sinta isso por ele, é só que eu acho que ainda é cedo para dizer isso, mas felizmente ele deixou o momento confortável, dizendo também.

Ele é incrível em tantos níveis que eu não consigo nem descrever.

Eu já estava em minha casa, sozinha, esperando as meninas chegarem, até por que, faz um bom tempo que eu não fico com elas.

Eu já havia comprados os doces para a Lexi e as frutas para a Bárbara. Era engraçado como as duas eram totalmente o oposto uma da outra e mesmo assim se davam muitíssimo bem.

Termino de arrumar as coisas e escuto a campainha tocando.

Abro a porta e encontro uma Bárbara com uma mala e uma mochila chorando e uma Lexi tentando acalma- lá

– Entra– digo um pouco desesperada por não saber o que estava havendo.

As duas se sentam no sofá e eu me sento no chão, ficando de cara para ambas.

– Ei, respira– digo tentando acalmar a minha melhor amiga– o que aconteceu?

Ela limpa o olho encharcado de lágrimas e funga o nariz.

– Lembra que o Jordan, amigo do meu irmão estava morando em casa?– ela diz soluçando e eu apenas assinto, para ela prosseguir– Você sabe também que nós nunca nos demos bem, por que ele afasta todo mundo do meu irmão e ainda acha que tem algum dominou sobre mim e a minha mãe. Então ontem ele literalmente surtou, começou a gritar pela casa que iria me matar, falou que eu não presto e mais um monte de coisas, eu simplesmente fui pra o meu quarto, pra evitar mais brigar, nisso esse garoto totalmente maluco pegou a escada e tentou jogar em mim, mas acabou atingindo a minha televisão.

– E a sua mãe? Ela não expulsou ele?

– Você sabe como ela é. Ela começou a chorar como sempre, e disse que não podia expulsa-lo de lá, pois que ele não tem mais ninguém, a não ser a gente.

Tudo bem que a tia Adele é uma pessoa muito sentimental, que se importava com todos a sua volta, mas deixar que uma pessoa estranha ameaçasse a sua filha, dentro da sua própria casa, já era demais.

– Ali, eu to com medo de ficar na minha própria casa, eu não me sinto segura. Eu não consigo dormir, por que não é a primeira vez que ele surta assim e eu tenho medo de que ele faça alguma coisa além de me ameaçar.

– Você vai ficar comigo então, e nem adianta você falar que não, já está decidido. Eu não vou te deixar com uma pessoa totalmente desequilibrada.

– Obrigada– ela diz quase num sussurro.

A Babi é uma das pessoas mais doces desse mundo e não merece passar nem por metade dessas coisas que ela está passando. Eu fico mal de vê-la mal, mas ela sabe que eu vou estar aqui sempre pra ela e por ela.

– Leva suas coisas para o meu quarto, eu já vou te ajudar– ela assente e vai, ainda chorando.

– Você estava na hora?– pergunto pra Lexi, sentando do seu lado agora.

– Não, na hora que eu cheguei para buscá-la, tudo isso já tinha acontecido. Eu só ajudei a colocar as coisas na mala.

– Esse garoto é perturbado, eu não sei por que a tia Adel insiste em deixar ele morando lá.

– Ela é boa demais para enxergar maldade nos outros.

– É, talvez seja isso.

Mando uma mensagem para o Blake avisando que não iria dar para nós nos vermos hoje e expliquei a situação.

Ele disse que qualquer coisa que a Babi precisasse era só ligar pra ele. Fofo.

Minha melhor amiga precisava de abrigo, e eu seria isso para ela.

•==•==• NOTAS

gente isso realmente aconteceu com a minha melhor amiga e ela realmente tá morando comigo agora.