Capítulo I - Passado e Presente

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Ando pelos corredores de Hogwarts em direção ao escritório do meu tio, me sinto mais nervosa do que o usual, porque no fundo consigo sentir que algo está diferente, que algo que será dito nessa pequena reunião mudará tudo

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Ando pelos corredores de Hogwarts em direção ao escritório do meu tio, me sinto mais nervosa do que o usual, porque no fundo consigo sentir que algo está diferente, que algo que será dito nessa pequena reunião mudará tudo. Era meu sexto ano em Hogwarts, desde que meus pais morreram quando eu era só um bebê meu tio cuidou de mim. Ser Albus Dumbledore, cuidar de uma escola - Hogwarts, a maior de todas os tempos - e me educar nas artes dos enigmas e charadas não deve ter sido fácil. Mais cedo ele havia mandado uma carta avisando que precisava me ver, aquilo era urgente, afinal ele fora bem direto e isso nunca acontecia, suas cartas conseguiam ser bastante enigmáticas e cheias de significados nas entrelinhas.

Entrei na sala, ela estava mais escura e mais fria do que o usual, no fundo perto da mesa majestosa do diretor Snape e Albus estavam em pé, aparentemente já me esperavam faz tempo. Talvez estivessem falando sobre mim às escondidas como sempre faziam. Os encarei tentando manter o mínimo de expressão facial possível, eu era uma excelente Oclumente, mas ainda faltava para com a arte de mascarar minhas próprias emoções.

-Senhorita Dumbledore, acredito que devo me retirar agora.- Snape falou enquanto passava por mim e ia até a porta. Seus passos eram ágeis e ecoavam pela grande sala da diretoria. Sua capa negra arrastava no chão perto de meus pés. Tive a vontade de pisar nela somente para provocá-lo.

-Falando sobre mim meu tio? - falei enquanto sentava na cadeira a frente de sua escrivaninha. -Achava que já tínhamos tido essa conversa a respeito de tomar decisões sem meu consentimento prévio.- Ele soltou uma risada sincera. Sentou-se a minha frente passando os dedos pela sua barba e em seguida apoiando suas mãos na mesa de ébano puro e negro.

-Creio que você e a senhorita Snape tenham os mesmos hábitos, não pode nos condenar por somente discutir o que, como responsáveis, devemos decidir em relação ao futuro de nossas filhas - Dumbledore sempre me chamara de filha, apesar de que eu nunca tenha chamado-o de pai. Não precisava expressar em palavras como seu carinho paterno era importante para mim.

Devido a ele e Snape, eu e Georgia somos melhores amigas desde que nos entendemos por gente, contamos tudo uma para outra e confiamos de corpo e alma. Ela ser uma Sonserina e eu uma Grifinória arrancou diversos olhares de desaprovação, inclusive do trio de ouro.

-Por que me chamou? Aconteceu algo de grave? Você nunca foi tão direto em toda a sua vida, meu tio - falei receosa do que ele falaria, cutucando o canto das unhas como uma ansiosa crônica que sou. As palmas das minhas mãos suavam como goteiras, passei levemente sobre meu robe preto o excesso do suor, rezando para que ele não percebesse.

Dumbledore olhou através de seus óculos meia-lua e seus olhos azuis brilharam. O que nunca era um bom sinal. Ele estava tramando algo, que provavelmente, eu não gostaria.

-Acredito que a senhorita tenha um certo conhecimento sobre vira-tempos, não é mesmo?- o homem falou enquanto arqueava uma de suas sobrancelhas de um modo que ficasse com um ar de dúvida. Respirei fundo, a tensão se acumulando no meu corpo.

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