Olho para o corpo inerte de Riddle e pude jurar que sua respiração havia parado, seu rosto estava pálido e seus olhos se fecharam, estava fraco e os barulhos do sangue enchendo seus pulmões enquanto ele sufocava em seu próprio sangue haviam cessado. Me ajoelho e olho bem em seu rosto, o suor havia grudado sua franja em sua testa, sua boca entreaberta mostrava uma fileira de dentes perfeita, seus lábios não mais rosados agora se assemelhavam mais a cor do seu rosto agora quase sem vida, um branco quase acinzentado. Tentei mentir para mim mesma que essa análise meticulosa servia somente para me certificar que o trabalho havia sido concluído, afinal seu sangue ainda parecia sair de maneira mais sinuosa. Tom Riddle estava inconsciente e mais próximo da morte do que jamais estivera. Toquei seu rosto, agora frio, ajeitei seus cabelos negros. Assim ele parecia mais vulnerável do que realmente era. Não parecia o tirano que viria a se tornar, só um garoto comum que tivera o azar de cair sob minha ira.
- Merda. Vulnera Sanentur, Vulnera Sanentur, Vulnera Sanentur - repeti o contrafeitiço três vezes como Severo havia me instruído: o primeiro uso facilita o fluxo de sangue, o segundo faz com que as feridas fechem e o terceira remove os piores efeitos da maldição. Mas eu ainda precisaria levar Riddle para a enfermaria e dar uma desculpa esfarrapada de que ele havia passado mal e eu felizmente estava lá para auxiliá-lo. Ótimo.
Não sabia ao certo o que eu estava fazendo, já que estava tão próxima do meu objetivo final. Mas ao mesmo tempo aquela morte não parecia certa, eu sentia que Riddle merecia algo a mais. Uma morte difícil e torturante. Pelo menos essa é a justificativa que eu usei para meu arrependimento repentino de tentar assassinar o maior assassino dos tempos. De perder a chance de fazer algo incrivelmente bom para a comunidade bruxa. De provar para meu tio que ter matado Tom Riddle resolveria sim todos os nossos problemas.
- Wingardium Leviosa - levitei Riddle ainda inconsciente até as habilidosas mãos da Sra. Bishop, a curandeira da época da enfermaria de Hogwarts. Bom, seria uma longa noite.
Tom Riddle
Acordo com uma forte luz em meu rosto, mas não penso que estou em algum tipo de paraíso ou um além misterioso do pós - vida. Penso que estou no vazio, um vazio cheio de luz em vez de uma escuridão que abraça o consciente, tornando-o uma mera lembrança, uma existência insignificativa diante do nada. Não. O que vejo é uma luz ofuscante e agonizante como o próprio sol, uma ebulição da natureza que agia de forma punitiva. Eu sabia que acharia mais conforto nas trevas do que no ofuscar da luz. Eu havia permanecido na escuridão na maior parte do tempo e viver em plena luz após a vida já não mais existir não fazia o menor sentido. Não para mim.
Mas aquela luz não significava o fim, porque claramente era a luz de uma janela. Mais precisamente a janela da enfermaria de Hogwarts, que infelizmente não tinha cortinas. Abri meus olhos devagar para que se acostumassem com a luz, a primeira coisa que notei foi que Madame Bishop preparava algum tipo de poção na mesa ao lado da minha cama, eu sentia uma dor de cabeça terrível, então torci para que essa mistura resolvesse esse problema. Eu já não estava com as minhas roupas e sim um daqueles vestidos ridículos de hospital, além de vários cobertores por cima de mim. Alguns pareciam estar encantados com uma magia de aquecimento. Soltei um suspiro recobrando lentamente meus sentidos.
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Cavaleira Vermelha
Fiksi PenggemarVilões não nascem, eles são feitos. Após o início de uma eminente guerra no mundo bruxo, Dumbledore encarrega sua sobrinha-neta com uma única tarefa: Voltar ao passado e impedir o jovem Lorde Voldemort de se tornar quem seria no futuro. Ariana Dumbl...