Cavaleira Vermelha

Erro grave

(Tom)
Estava bem ensolarado e era um bom dia para sair do castelo, todos faziam suas malas para se juntarem ao fim de ano com as suas famílias.
Ariana iria passar o Natal e Ano Novo em Hogwarts, já que seu tio era professor.
Estávamos sentados de frente ao lago negro, e uma brisa leve fazia com que os cabelos de Ariana saíssem da trança que havia feito.
Ela lia tranquilamente mais um capítulo de um livro trouxa a qual não me interessava o nome.
-Eu nunca vou entender porque você gosta tanto desses trouxas e sangues ruins- falei olhando para o seu rosto de porcelana, ela era realmente muito bonita e a cada dia me surpreendo. "Ela não pode ser real"
-Não chame os nascidos trouxas de sangues ruins, lembre que seu pai é um trouxa também- ela respondeu franzindo o cenho, as ruguinhas aparecendo entre a sobrancelha.
-Eu sei que o meu pai é um trouxa asqueroso- falei grunhindo- Não precisa me lembrar disso o tempo inteiro...- aquele era um dos defeitos de Ariana, me lembrar da minha linhagem trouxa. O fato dela também ser uma Dumbledore não ajudava muito, se eu realmente quiser ficar com ela, terei que aguentar o velho.

"Eu acho que não" uma voz assolou a minha cabeça. Sim. A voz estava certa, eu não iria ter que aguentar Dumbledore por muito tempo.

Mas por enquanto eu tinha planos mais importantes, como por exemplo, descobrir quem era a Cavaleira Vermelha.
Ela havia estragado os ataques desde então, eles haviam sido um interrompidos fazia três semanas.

Olho novamente para o lago, ele reflete Hogwarts como um espelho nítido. Era bom passar alguns poucos momentos com ela, minha garota.

Minha...

Sorri com esse pensamento, que talvez a Dumbledore poderia ser totalmente minha, uma comensal, uma seguidora fiel...Melhor ainda a minha Lady das Trevas. Mas ela nunca concordaria devido aqueles ideais ridículos e humanitários de Dumbledore.

-Ariana?- ela virou o rosto de leve para me observar, fechando o livro, sem antes dobrar a ponta da página- O que você sabe sobre a Cavaleira Vermelha?
Ela era da Grifinória, pelo nome da "heroína", a Cavaleira devia ser bem comentada no salão comunal da casa.

-Pouca coisa.. Só se sabe que ela parou um ataque misterioso..- disse Ariana com cautela, como se estivesse escolhendo as palavras certas. O forte dela nunca foi mentir, eu sabia que ela estava ciente sobre os meus ataques aos sangues ruins.- Um lufano falou que haviam jogado uma maldição nele, mas a Cavaleira Vermelha os parou...

Ela tinha cuidado no que falava, estava escondendo algo.

"talvez ela seja a Cavaleira"

Não. Isso é impossível. Afastei o pensamento absurdo da minha cabeça.
Encostei de leve os meus lábios aos dela, preferia esquecer a voz naquele momento. Ariana retribui o beijo e solta o livro de lado, como se o mesmo não importasse, enlaçando seus dedos em volta da minha nuca.

"Você sabe da verdade... Só não quer admitir"

Quebra de Tempo
(Narradora)
Ariana andava pelos corredores sozinha, fazia um tempo que não conversava com Geórgia, ela sentia falta da amiga. Então havia mandado uma carta através de Tom, que por incrível que parecesse, havia concordado em entrar para a morena.
E lá estava a garota, sentada nos batentes de uma escada, Ariana sentou ao seu lado, as duas ficaram em silêncio por longos minutos. Era bom assim.

-Oi..- Georgia olhou para ela, a acobreada retribuiu o olhar. Ela também sentia sua falta. Então ela se pegou pensando em tudo que aconteceu, como a sua vida não seria a mesma, nunca mais. El não devia ter metido Georgia nessa enrascada.

-Você se arrepende?- Ariana falou enquanto olhava para o final da escada. Quase não havia alunos e o corredor s encontrava completamente vazio.
-De tudo? Não- a mais baixa olha para a acobreada e a puxa para um abraço.- Senti sua falta, Ari.
-Também senti a sua.

Sala precisa (quebra de tempo)

Tom Riddle

Olhei para os meus seguidores e a cadeira vazia ao meu lado, Abraxas não havia chegado, um atraso de 15 minutos. Eu odiava a incompetência dele com o horário.
O loiro então entra alvoroçado na sala, seus cabelos bagunçados assim como a sua roupa, além de marcas de batom em todo o seu rosto e pescoço.

-Atrasado- a minha voz ecoou com um trovão pelo cômodo escuro e vazio. A única coisa que ocupava espaço eram as cadeiras e a mesa central.- E você sabe o que acontece com atrasados?

- Me desculpe mestre, por favor, me perdoe..- ele falou se ajoelhando, parecia ridículo, assustado. Fraco.
Observo-o. Estava nervoso, ultimamente ele havia me irritado mais do que os últimos acontecimentos.
Meu sorriso se alarga. Eu não precisava mais do Malfoy, não depois dele somente ter atrapalhado os meus planos.

-Você Malfoy terá uma missão extremamente importante..-falo enquanto analiso a minha varinha, estava a adquirindo uma cor mais esbranquiçada.... Estranho.
Aponto a varinha para o rosto miserável e acabado do Malfoy. Ele suava. Estava desesperado.
-Levará toda a culpa pelos nossos "crimes" e eventualmente será enxotado da escola. Será triste que terá o reconhecimento de herdeiro da Sonserina, parece um prato cheio para a família Malfoy. Desse modo estaremos livres para fazermos os ataques, e será o suficiente para desviar os olhares da cavaleira Vermelha.
Malfoy implorava desesperado.
-Por favor, milorde! Hogwarts é a minha casa eu não posso...
-Ah, como eu pude esquecer...-riu com escárnio- É a Snape não é? Aquela nascida trouxa. Sua família nunca aprovaria o seu casamento com uma sangue-ruim. Ainda mais carregando um filho ilegítimo.

-CALE SUA BOCA, SE CHAMA-LÁ DE SANGUE RUIM MAIS UMA VEZ...EU CONTO SEUS PLANOS SUJOS PARA ARIANA.- Abraxas explodiu em palavras como uma bomba.
Senti meu sangue esquentar. E só me lembro de pronunciar diversas vezes a maldição da morte.