A busca - IV

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Quando os pescadores a encontraram junto à criatura morta pendurada, alguns a agradeceram pela ajuda e lamentaram os dois amigos mortos, mas um se limitou a observá-la de longe, como que a culpando por seu infortúnio. Capuz se esquivou o mais rápido que pôde e ficou ali apenas o tempo suficiente para lavar suas roupas, depois partiu no meio da noite.

Padechute era uma pequena cidade dominada majoritariamente por um vasto comércio a céu aberto de quase tudo o que se podia imaginar, ao redor do qual foram erguidas algumas casas populares dos lojistas e hospedarias que aproveitavam o fluxo constante de viajantes que por ali passavam. No entanto, o interesse que pusera Capuz a cavalgar dia e meio ao sudeste era mais humano. Jhonny Reed era um jovem que trabalhava como assistente de barbeiro, basicamente atendendo aqueles que não gostavam de esperar que o chefe e famoso profissional da região ficasse livre. Moreno, alto e forte, com seus olhos claros e queixo largo, Jhonny era o alívio sexual de Capuz, não rejeitava foder a mulher, sempre que ela o procurava sedenta, ele a satisfazia com dois ou mais orgasmos. Às vezes também conseguia alguma informação importante que facilitava encontrar seus alvos, dado o contato que Jhonny tinha com as pessoas e algumas gostavam de falar.

― Anne? ― Jhonny ergueu os olhos do livro que estava lendo em sua cama, com a voz visivelmente assustada ao perceber a mulher em sua janela.

― Queria ver quanto tempo você levaria para me olhar, confesso que você foi até rápido ― Capuz comentou em tom brincalhão, sentada na janela do segundo andar nos fundos da barbearia. Não estava com sua capa, vestia camisa e calça comuns, seu cabelo solto sacudia ao vento, de suas armas trazia apenas a adaga à cintura.

― Por que você faz isso? ― o rapaz pôs o livro na mesa de cabeceira e foi até Capuz, que entrava no quarto leve como uma gata e fechava as janelas.

― Gosto de saber o quão preparado você está.

― Preparado pra quê? Não sou como você, ninguém quer me matar.

― Você nunca sabe o dia de amanhã.

Eles ficaram frente a frente, olhando um nos olhos do outro. Capuz não se preocupava verdadeiramente com a segurança dele, no entanto lamentaria sua morte certamente, não apenas por perder sua foda garantida, mas porque era contra a morte de pessoas de bem.

― Bom ver que você não tem mais cicatrizes ― Jhonny parabenizou-a, acariciando o rosto dela.

― Você vai ver ― Anne alertou, pondo a mão na nuca dele e apertando seus cabelos.

― Não é nisso que quero prestar atenção.

― Então me mostra que você ainda continua bom!

Anne pulou no pescoço de Jhonny, entrelaçando suas pernas nas costas dele e puxando seus lábios para si. O homem firmou suas coxas com força e depois sua bunda, enquanto enfiava a língua quente na boca dela, para convidá-la para uma luta suave e molhada, onde cada uma ficava por cima de cada vez. Ele voltou para a cama carregando-a e quando sentou, desceu para o pescoço dela, beijando e chupando e descendo enquanto ela desabotoava a camisa. Logo os pequenos seios dela estavam à mostra, ele pôs os mamilos duros na boca e acariciou-os com a língua, suas mãos deslizando dos cabelos dela para as costas, apertando suas nádegas, tirando sua calça. Logo estavam nus e febris, fervendo na pressa da união, no êxtase de tanto desejo reprimido prestes a explodir. Anne empurrou Jhonny de costas na cama e lançou suas coxas sobre ele, apanhando seu enorme membro pulsante, massageando-o duas vezes e inserindo em si, na parte mais oculta e protegida do seu corpo, soltando um gemido doce e prolongado. Então começou a subir e a descer, gritando, sacudindo a cama, enterrando as unhas no peitoral do homem abaixo de si. Logo veio o primeiro orgasmo, Anne caiu sobre ele que, percebendo, a colocou de quatro, meteu seu pênis vibrante novamente e fodeu-a mais forte e mais rápido até o ápice, terminando em gritos longos que pareciam não ter fim, seguidos de uma pulsação incrível que fremia os dois corpos com um prazer indescritível.

Virando-se, Anne percebeu o gozo do amante inteiro sobre a cama e emoldurou-lhe o rosto com as mãos. ― Por isso volto a você, deve ser o único capaz de fazer isso.

Jhonny apenas riu e desabou na cama, sem forças para responder ao comentário.

― Não posso ter filhos agora ― Capuz comentou mais para si mesma do que para ele.

― Por quê? ― Jhonny perguntou de repente, olhando para ela com os cotovelos apoiados no colchão, parecendo ter renovado suas forças. ― Por que não esquece tudo isso e fica comigo?

― Já te expliquei o porquê Jhonny ― Capuz disse suspirando, parecendo ter se arrependido do comentário anterior.

― Eu sei, a vingança da sua mãe. Mas você pode acabar se matando fazendo isso. Acredito que ela iria querer que você fosse feliz.

― Olha eu não consigo ser feliz sabendo que aquela criatura imunda ainda está viva, não quero discutir isso de novo com você ― Anne acabou se exaltando e percebendo a mágoa no rosto do jovem, resolveu se desculpar. ― Me perdoa Jhonny! Eu não queria te deixar triste, só gostaria que você entendesse o que eu sinto.

― Tudo bem! Eu estou sendo egoísta.

― Não, você quer que sejamos felizes, não há nada de egoísta nisso ― ela se levantou e começou a recolher as roupas. ― Melhor eu ir embora.

― Não seja boba ― Jhonny segurou sua mão. ― Todas as estalagens tem estado cheias esses dias. Não quero que você divida a cama com algum desconhecido, se for pra dividir que seja comigo pelo menos. ― Ele deu de ombros, sua desculpa aparentemente inocente era válida.

― Ok ― Anne deu de ombros também, admitindo que preferia ficar com ele. Jhonny então veio até ela e a abraçou, levando-a até a cama e mostrando que queria dormir de conchinha e assim foi.

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