Quando os pescadores a encontraram junto à criatura morta pendurada, alguns a agradeceram pela ajuda e lamentaram os dois amigos mortos, mas um se limitou a observá-la de longe, como que a culpando por seu infortúnio. Capuz se esquivou o mais rápido que pôde e ficou ali apenas o tempo suficiente para lavar suas roupas, depois partiu no meio da noite.
Padechute era uma pequena cidade dominada majoritariamente por um vasto comércio a céu aberto de quase tudo o que se podia imaginar, ao redor do qual foram erguidas algumas casas populares dos lojistas e hospedarias que aproveitavam o fluxo constante de viajantes que por ali passavam. No entanto, o interesse que pusera Capuz a cavalgar dia e meio ao sudeste era mais humano. Jhonny Reed era um jovem que trabalhava como assistente de barbeiro, basicamente atendendo aqueles que não gostavam de esperar que o chefe e famoso profissional da região ficasse livre. Moreno, alto e forte, com seus olhos claros e queixo largo, Jhonny era o alívio sexual de Capuz, não rejeitava foder a mulher, sempre que ela o procurava sedenta, ele a satisfazia com dois ou mais orgasmos. Às vezes também conseguia alguma informação importante que facilitava encontrar seus alvos, dado o contato que Jhonny tinha com as pessoas e algumas gostavam de falar.
― Anne? ― Jhonny ergueu os olhos do livro que estava lendo em sua cama, com a voz visivelmente assustada ao perceber a mulher em sua janela.
― Queria ver quanto tempo você levaria para me olhar, confesso que você foi até rápido ― Capuz comentou em tom brincalhão, sentada na janela do segundo andar nos fundos da barbearia. Não estava com sua capa, vestia camisa e calça comuns, seu cabelo solto sacudia ao vento, de suas armas trazia apenas a adaga à cintura.
― Por que você faz isso? ― o rapaz pôs o livro na mesa de cabeceira e foi até Capuz, que entrava no quarto leve como uma gata e fechava as janelas.
― Gosto de saber o quão preparado você está.
― Preparado pra quê? Não sou como você, ninguém quer me matar.
― Você nunca sabe o dia de amanhã.
Eles ficaram frente a frente, olhando um nos olhos do outro. Capuz não se preocupava verdadeiramente com a segurança dele, no entanto lamentaria sua morte certamente, não apenas por perder sua foda garantida, mas porque era contra a morte de pessoas de bem.
― Bom ver que você não tem mais cicatrizes ― Jhonny parabenizou-a, acariciando o rosto dela.
― Você vai ver ― Anne alertou, pondo a mão na nuca dele e apertando seus cabelos.
― Não é nisso que quero prestar atenção.
― Então me mostra que você ainda continua bom!
Anne pulou no pescoço de Jhonny, entrelaçando suas pernas nas costas dele e puxando seus lábios para si. O homem firmou suas coxas com força e depois sua bunda, enquanto enfiava a língua quente na boca dela, para convidá-la para uma luta suave e molhada, onde cada uma ficava por cima de cada vez. Ele voltou para a cama carregando-a e quando sentou, desceu para o pescoço dela, beijando e chupando e descendo enquanto ela desabotoava a camisa. Logo os pequenos seios dela estavam à mostra, ele pôs os mamilos duros na boca e acariciou-os com a língua, suas mãos deslizando dos cabelos dela para as costas, apertando suas nádegas, tirando sua calça. Logo estavam nus e febris, fervendo na pressa da união, no êxtase de tanto desejo reprimido prestes a explodir. Anne empurrou Jhonny de costas na cama e lançou suas coxas sobre ele, apanhando seu enorme membro pulsante, massageando-o duas vezes e inserindo em si, na parte mais oculta e protegida do seu corpo, soltando um gemido doce e prolongado. Então começou a subir e a descer, gritando, sacudindo a cama, enterrando as unhas no peitoral do homem abaixo de si. Logo veio o primeiro orgasmo, Anne caiu sobre ele que, percebendo, a colocou de quatro, meteu seu pênis vibrante novamente e fodeu-a mais forte e mais rápido até o ápice, terminando em gritos longos que pareciam não ter fim, seguidos de uma pulsação incrível que fremia os dois corpos com um prazer indescritível.
Virando-se, Anne percebeu o gozo do amante inteiro sobre a cama e emoldurou-lhe o rosto com as mãos. ― Por isso volto a você, deve ser o único capaz de fazer isso.
Jhonny apenas riu e desabou na cama, sem forças para responder ao comentário.
― Não posso ter filhos agora ― Capuz comentou mais para si mesma do que para ele.
― Por quê? ― Jhonny perguntou de repente, olhando para ela com os cotovelos apoiados no colchão, parecendo ter renovado suas forças. ― Por que não esquece tudo isso e fica comigo?
― Já te expliquei o porquê Jhonny ― Capuz disse suspirando, parecendo ter se arrependido do comentário anterior.
― Eu sei, a vingança da sua mãe. Mas você pode acabar se matando fazendo isso. Acredito que ela iria querer que você fosse feliz.
― Olha eu não consigo ser feliz sabendo que aquela criatura imunda ainda está viva, não quero discutir isso de novo com você ― Anne acabou se exaltando e percebendo a mágoa no rosto do jovem, resolveu se desculpar. ― Me perdoa Jhonny! Eu não queria te deixar triste, só gostaria que você entendesse o que eu sinto.
― Tudo bem! Eu estou sendo egoísta.
― Não, você quer que sejamos felizes, não há nada de egoísta nisso ― ela se levantou e começou a recolher as roupas. ― Melhor eu ir embora.
― Não seja boba ― Jhonny segurou sua mão. ― Todas as estalagens tem estado cheias esses dias. Não quero que você divida a cama com algum desconhecido, se for pra dividir que seja comigo pelo menos. ― Ele deu de ombros, sua desculpa aparentemente inocente era válida.
― Ok ― Anne deu de ombros também, admitindo que preferia ficar com ele. Jhonny então veio até ela e a abraçou, levando-a até a cama e mostrando que queria dormir de conchinha e assim foi.
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Contos de Bruxas
FantasyAnne vê sua mãe e sua avó serem friamente assassinadas e devoradas por uma criatura meio homem meio lobo quando ainda era uma criança, desde então sua vida tem sido uma busca insáciavel por vingança. Entre vários percalços, ela acaba sendo "adotada"...