Capítulo nove: Esclarecendo

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Bun estava encolhido na cama recebendo cafuné em seus cabelos. Estava amando aquela inovação, de não precisar deixar a cama antes de seu parceiro acordar... Ficar ali em segurança, nos braços de quem gostava era mais que prazeroso... Era perfeito.
- Hunter...
- Hmm?
- Eu tenho que ir...
- Fica mais um pouco.
- É sério... - abraçou Hunter de lado, como se fosse uma despedida.
- Não vai... Estou te pedindo.
- Por que não...?
- Quero ficar mais um pouco com você... Eu estava com saudade!
- Eu também... Mas temos universidade, não é?
- Que se dane... Eu quero você aqui.
- Não... Levanta, vamos nos arrumar.
- Não... Vamos ficar aqui. Hum?
- Qual o seu problema? - montou em Hunter.
- Amor demais...
- E meu carro? E nossa aula?
- Vamos esquecer tudo por um tempo. - apertou as coxas de Bun.
- Pra você é fácil falar, não é seu carro que está abodonado numa venida qualquer.
- Oh, bitch... Tem pena de mim não?
- Você tem pena do meu cu por acaso?
- Não fala assim... Biscoito.
- Biscoito...?
- O significado do seu nome. - riu e recebeu alguns tapinhas de Bun que ficou sem graça.
- Para!
- Por que? Eu gosto de biscoito... É meu lanche preferido.
- Idiota. - escondeu o rosto vermelho no pescoço do mesmo.
- Meu bitch... - apertou a bunda de Bun com força, arrancando um gemido arrastado.
- São sete da manhã... Vai querer mesmo fazer isso?
- Vou... - inverteu as posições.
- Parece que é você que tem PSAS... - riu.
- Se eu tiver... Você está ferrado.
- Nem fodendo!
- Vai ser assim mesmo. - beijou aqueles lábios que estava ressecados, imploravam por um umedecer gostoso. - Em? Em?
- Você faz tudo que quer mesmo...
- Bitch?
- Por que está me chamando assim agora?
- Meu bitch... Te... Amo.
- ... Eu não sei o que dizer.
- Diga que me ama também.
- Eu...eu amo você.
- Parabéns, acabou de receber a melhor transa da sua vida.
- H-Hunter!

Ah~

Ah...

Ah...

Ah!

***

Alguns dias haviam se passado desde que Bun e Hunter haviam esclarecido seus sentimentos e tudo circulava na medida certa, sem problemas.
Bun sentou no colo de Hunter e clamou por atenção.
- Que foi biscoito? - deixou o celular de lado e abraçou Bun.
- Vamos assistir um filme?
- Pra você destruir minha casa de novo?
- Ah, vai a merda. - cruzou os braços zangado.
- Ei... Olha pra mim. - lambeu a orelha de Bun fazendo-o sobressaltar.
- Estou olhando. - murmurou já derretido.
- Vamos assistir... Depois vamos estudar.
- Não quero. - fez um bico...
- Por favor... Faça isso por mim. Hum?
- Tá...

Ambos estavam no sofá temivavam de assistir ao filme. Bun estava deitado sobre Hunter, de uma forma que seus membros não se tocassem mas estavam bem próximos... Com a cabeça descançada no peitoral e as mãos repousavam sobre o abdômen do outro, se sentia bem. O filme estava com o volume no zero e as legendas eram amarelas... Concluíram que preferiam ouvir a respiração e o ♪Tum tum♪ um do outro. De vez em quanto trocavam carícias e beijos... E ao final das várias letras...
- Você entendeu? - perguntou Bun.
- Não, e você?
- Nada... Você me desconcentrou.
- Eu deveria dizer isso. - riram.
- Vamos estudar. - pegou Bun no colo. - Eu sei andar... - enlaçou o pescoço.
- Parece que você gosta quando eu te carrego.
- Estou mal acostumado.
- No quarto ou na biblioteca?
- Na biblioteca o risco de perdemos o controle é menor.
- Eu não acho... Lembra que transamos na sala dos professores?
- Lembro... - riu. - Foi tenso quando bateu a hora do intervalo.
- Achei que iam nos pegar...
- Eu quase desmaiei quando tentaram abrir a porta.
Riram.
Se sentaram lado a lado na mesa da biblioteca da casa de Hunter. Ambos estavam concentrados em suas atividades...
- Amor... Tenta descobrir o que é isso. - desenhou dois círculos lado a lado.
- Não sei...
- E agora? - desenhou algo que parecia um pepino. Hunter encarou Bun...
- Estamos estudando... - voltou atenção pro caderno.
- É só um desenho...
- Tem duplo sentido?
- Não.
- É um rosto?
- Você é péssimo! - zombou. - Claramente é uma bunda e um pênis.
- Se eu dissesse isso você diria que é um rosto.
- Eu não faria isso!
- Não?
- Não... - colocou as duas mãos nas coxas de Hunter. - Eu sou tão inocente... Não acha? - colocou a mão sobre a ereção de Hunter. - Já você...
- Não me provoque, preciso concluir esse trabalho e não quero sujar de porra.
- Eu limparei com a língua. - lambeu os lábios.
Hunter estava mais que tentado, só de imaginar a língua de Bun fazendo qualquer coisa o deixava fora de controle...
- Sua puta por pau... - segurou com força o cabelo de Bun, do jeito que ele gosta.
- Só pelo seu... - riu. - Quer colocá-lo em mim?
- Não, quero que você chupe ele pra mim. - sorriu malicioso.
- H-Hunter...
Bun ainda tinha dificuldades com o volume de Hunter em sua boca, se engasgava muito.
- Esta esperando o quê?
Hunter atendeu a ligação sem olhar quem estava ligando...
- Hunter falando.
- Maninho, é a Hale.
- Oi, Hale. - segurou os cabelos de Bun. Estava judiando com ele.
- Nossos pais querem marcar um jantar para conhecer seu namorado.
- Mesmo? - mordeu os lábios contendo um gemido.
- Sim, amanhã a noite na casa deles... Chegaram de viajem ontem.
- Legal... - colocou o telefone contra o peito. - Bitch, não brinca comigo... Ah~
- Você está bem?
- Melhor e impossivel~
- Você está estranho...
- E quando não estou... - colocou o telefone contra o peito novamente. - Engole tudo.
- Prontinho... - limpou o canto da boca.
- Hale me chamando pra um jantar na casa de nossos pais... eles querem conhecer meu namorado.
- Você nem me pediu em namoro ainda...
- Hunter? Hunter? Tem alguém aí?
- Não... Quer dizer sim.
- Está usando drogas?
- Não... Não sei se vou poder ir.
- Eu vou chamar o Bun pra me acompanhar... Vê alguns problema?
Bun e Hunter se entre olharam... Sorriram.
- Eu irei. - disse Bun.
- Bun? O que faz aí?
- Estamos fazendo trabalho. - deu um selinho em Hunter.
- Sei... Você vai pro jantar?
- Vou sair com meu namorado...
- Desde quando namora? Não me disse nada.
- Estou dizendo. Tchau.
- Tchau maninha...
- Eu ainda...
Desligou, ambos soltaram o ar cansados... Amanhã viria sem dúvida uma grande...
- Treta.
- Sem dúvida. - disse Hunter. - Vamos dormir biscoito?
- Não... Quero transar.
- Quer mesmo?
- Sim... Mas temos prova amanhã e eu não posso nos atrapalhar.
- Tomou jeito foi bitch?
- Temporariamente... Deixa o período de provas passar.
- Hum?
- Deixa passar primeiro. - riu sem saber o que dizer.
- Eu te amo, sabia?
- Desde quando?
- Não sei dizer... A gente não consegui ver quando o amor chega e nos muda do avesso.
- Realmente... E você, das que eu te amo?
- Desde quando? - imitou Bun, sem sucesso.
- Isso dói hilário. - gargalhou.
- Cala boca, eu sei disso.
- Eu te amo desde que pisei na sua casa e vi uma foto sua em um retrato... Eu roubei a foto. Antes eu não entendia o porquê... Mas hoje vejo claramente.
- Vê?
- Sim... O porquê é que eu sou um retardado... Que ama um cara gostoso e quase perfeito.
- Quase?
- Sim.
- Por que quase?
- Por que não deixou eu ser o ativo nem uma vez.
- Prefiro ser imperfeito mesmo. - riram.
- Só uma vez. - pediu.
- Achei que gostasse de dar.
- Eu prefiro... Mas quero tentar coisas diferente com você.
- Certo... Um dia tentamos.

Continua...

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