5.chá verde

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Seu pai ômega o esperava na frente de casa com uma expressão de desespero que somente aliviou ao perceber ser seu filho nas costas daquele garoto loiro com cara de delinquente. Estava ao telefone, murmurando algo como "ele apareceu, pode voltar agora".

Chanyeol abaixou para que Baekhyun pudesse descer, e mesmo que não quisesse se afastar do cheio do alfa, ao ver seu pai com aquela aura preocupada o fez seguir até estar nos braços dele.

— Pai… — murmurou choroso abraçando Junmyeon.

— O que aconteceu? Por que está chegando tão tarde sem avisar? Ficamos preocupados, filho. — o pai ômega até tentou manter a calma, mas as mãos trêmulas não fora capaz de esconder.

— Quem é você? — uma voz grave se fez ser ouvida, e Chanyeol se virou no mesmo instante, sendo pego de surpresa. Era um alfa, e sua expressão não era das melhores. — Se você encostou um dedo no meu filho, eu juro qu-

— Pai! Ele me ajudou! — Baekhyun se colocou na frente de Chanyeol, temendo que seu pai alfa acabasse cometendo algum engano. Chanyeol achou a atitude fofa e agradeceu mentalmente, uma vez que o alfa mais velho era enorme e lhe mataria sem muito esforço se quisesse.

— Filho… — Yifan o olhou buscando algum sinal de que era mentira, não encontrando.

— Vamos conversar lá dentro — Junmyeon sugeriu, e Baekhyun olhou para Chanyeol como se pedisse desculpas por aquilo. — Venha também, vou servir um chá. — entretanto, ao contrário do que Baekhyun esperava que o maior fizesse, ele apenas se inclinou numa reverência e caminhou para dentro da casa com os demais. Ali Baekhyun gostou um tantinho mais dele.

Depois de se acalmar com o chá verde, Baekhyun contou sobre tudo, desde o tombo, até a brilhante ideia de pegar aquele atalho perigoso. Chanyeol completou dizendo que apenas seguiu o menor com a preocupação de que algo acontecesse com ele, já que viu o ômega entrar num lugar suspeito. 

Baekhyun ficou vermelho no mesmo instante, e Yifan não gostou muito de perceber o quão diferente seu filho tagarela ficava ao lado daquele alfa delinquente. Já Junmyeon o achou adorável, lembrando muito do marido na época em que eram colegiais; Yifan era igualzinho quando mais novo.

— Obrigado pelo chá, mas eu preciso ir para casa — Chanyeol disse, já se preparando para levantar. 

— Obrigado por trazer nosso filho em segurança — Junmyeon disse, logo encarando o alfa mais velho para que ele dissesse algo. Com um estalar de língua, Yifan se colocou de pé, olhando Chanyeol de soslaio naquela expressão desgostosa.

— Você fez apenas sua obrigação como alfa — implicou.

— Pai! — Baekhyun quis morrer, mas Chanyeol abriu um sorriso, reverenciando o outro alfa. Entendeu que era apenas a forma dele de agradecer.

— Acompanhe-o até a porta, filho — Junmyeon pediu em meio a risadinhas. 

O pequeno ômega imaginou que seria a última vez que Chanyeol falaria consigo, e tudo por culpa de seus pais. Mas, assim que abriu a porta e o outro passou por ela, percebeu estar enganado.

— Seus pais são legais. — e aquele sorriso fácil foi algo que desejou ver mais vezes no rosto do alfa. Acabou corando. — Já vou indo. Se cuida, Baekhyun — disse e se foi, dando mais um adeus quando chegou na rua. 

Baekhyun apenas ergueu a mão de forma automática. Estava surpreso. Chanyeol sabia seu nome. 

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