18 - Reverso

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Abriu os olhos se adaptando ao repentino escuro ao redor. Se levantou, e percebeu que estava presa.

- Me tirem daqui – gritou – Stefan! Damon! Elena! Alguém, me solte...

- Bonnie? – ela parou de gritar

Enzo a olhou pelo espaço gradeado na porta de ferro. Tinha uma expressão intrigada, como se tivesse incerteza que era ela mesma ali.

- O corpo não é meu, mas sou eu sim – respondeu – Por que me trancaram?

- Por que enlouqueceu, quebrou pescoços, destruiu metade da sala, me apagou, tentou matar o Damon, digo, seu corpo de bruxa onde ele está.

- Machuquei alguém?

- Somos vampiros, ficamos bem. Mordeu o Damon e a Caroline aproveitou a distração para te derrubar.

- Eu não matei o Damon, matei?

- Não, Stefan deu sangue de vampiro para regenerar o ferimento da mordida.

- E onde estão todos?

- Damon está desfilando seu corpo com Stefan por Mystic Falls, Elena e Caroline estão em Whitmore. Caroline hipnotizou um medico e conseguiu um atestado dizendo que você contraiu uma doença contagiosa e está em quarentena assim não terá problemas com a faculdade á longo prazo já que parece seus amigos bruxos não conseguiram o feitiço para desfazer troca de corpos.

- Pode me soltar?

Enzo riu

- Poder posso, mas não vou. Dormiu por quarenta horas, vai ficar ai de castigo por ter me jogado contra a parede até ter certeza que não vai ficar louca de novo.

- Quarenta horas? Dormi por quase dois dias inteiros?

- Dormiu, aliás, achei que fosse estar com fome – ele entregou um copo de sangue para ela – Fique quietinha ai, volto mais tarde para ver como está.

- Não sou um bichinho de estimação – resmungou sentando-se contra a parede.

Ouviu Enzo saindo da casa, e procurou pela presença de mais alguém. Haviam a deixado sozinha e trancada. Deu um sorriso. Talvez ela chorasse ou gritasse por aquilo, mas já tinha passado da fase de ser capturada e chorar por não saber o que fazer. Os braceletes das algemas apertavam-na com força. Se alimentou e ficou olhando os pulsos até ter certeza do que ia fazer.

- Será que vai doer? – perguntou para a mão.

Tinha assistido algo em um filme, parecera fácil naquela época, mas descobriu que não era tão fácil quanto nos filmes. Levou vários minutos para deslocar o polegar e fazer com que o bracelete passasse pela mão cujos ossos estavam quase triturados e a pele completamente dilacerada. Quando em fim soltou a mão esquerda caiu no chão onde esperou a dor passar e a mão se regenerar, depois foi a vez da mão direita. Quando finalmente de libertou das algemas ficou deitada imóvel. Abrir a porta foi mais fácil, apenas precisou passar o braço pela janelinha gradeada e destravar a tranca.

- Quero ver fazer melhor James Bond – murmurou olhando para as algemas antes de ir atrás do estoque de sangue dos Salvatore, talvez se não passasse tanto tempo sem se alimentar de forma adequada, não tivesse outro colapso.

...

Mina puxou o braço sentindo os pelos da nuca se eriçar ao ouvir o som dos ossos voltando ao lugar, caíra com mais força que o necessário quando voltou á Mystic Falls, tinha que melhorar o pouso. Colocou a mão no bolso da capa que vestia e pegou um frasco transparente com liquido marrom-escuro e fino, pingou um pouco na mão e esfregou. Aquilo ia impedir que fosse farejada.

Coração Imortal - TVDOnde histórias criam vida. Descubra agora