CAPÍTULO 13 | UM PENSAMENTO IDIOTA

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Acabei adormecendo no sofá e, para minha surpresa, comecei a ter um sonho erótico com o meu diretor. Acordei no meu quarto com uma leve dor de cabeça, pensando no sonho que havia tido. Lá fora, a chuva caía forte, e eu só conseguia pensar naquele sonho, cada vez mais. Levantei e fui em direção à cozinha. Olhei pra todos os lados e nada do Rodríguez. 'Onde será que ele tá?'.

Andei até a geladeira pra pegar um copo de água, e, de repente, senti alguém me agarrar por trás. Meu corpo tremeu completamente por conta do calor corporal que subiu.

— Que tal eu te esquentar um pouco? — sussurrou Rodríguez no meu ouvido.

— Da-da-daddy? — respondi entre gaguejos, sem saber o que estava acontecendo.

Nesse momento, um estrondoso barulho de raio ecoou pela casa inteira, me fazendo pular de susto.

— Acorda, garoto! Você está tendo uma alucinação! — disse Rodríguez, me sacudindo para me acordar. 'Espera, foi tudo um sonho? Mas parecia tão real...'

— ...hã?? — respondi, ainda sonolento, no sofá.

— Quem é esse tal de "daddy"? — perguntou Rodríguez, com um semblante curioso.

— Ninguém... — respondi, me levantando rapidamente para ir à cozinha.

Rodríguez me encarou por um momento, e, de repente, começou a olhar minha roupa. Olhei pra baixo e, para a minha surpresa, o meu amigão estava... bem, "armado". Com vergonha, corri para a cozinha. E, claro, acabei batendo contra a parede. Caí no chão feito um tonto. Minha vergonha foi a mil, e eu acabei cobrindo o rosto com as mãos.

De repente, ouvi uma tosse bem na minha frente. Tirei a mão do rosto e vi Rodríguez de pé, com a mão estendida para me ajudar.

— Precisa de uma mãozinha? — ele disse, com um sorriso.

Peguei a mão dele, e com toda a vergonha do mundo, o agradeci.

— Valeu... — murmurei, voltando a seguir meu caminho para a cozinha, todo envergonhado. 'Caramba, eu peguei na mão dele! Agora estou parecendo uma criança bobinha...'

Ainda não conseguia acreditar que o Rodríguez estava tão preocupado comigo. 'Jeff, você não tá entendendo nada? O cara que você tá afim tá dentro da sua casa!'

— Vou resolver uns assuntos lá no colégio, tudo bem se eu te deixar sozinho por alguns minutos? — perguntou Rodríguez, se aproximando de mim.

— Claro, pode ir... — respondi, nervoso, sem saber o que fazer.

Repentinamente, ele parou bem na minha frente. "Nesse momento, eu tinha a certeza de que ele ia me beijar".

— Eu só estou querendo pegar a chave do meu carro. Tem como você sair da frente? — disse Rodríguez, com um tom de voz que parecia meio grosseiro.

'Ah, infelizmente, não foi dessa vez.'

— Ah, desculpa... — murmurei, saindo da frente dele rapidamente.

Rodríguez pegou as chaves e foi até a porta, mas ficou me observando de um jeito que, sinceramente, nem eu conseguia entender. Meu coração estava a mil.

— Já volto — ele murmurou, fechando a porta atrás de si.

Caramba, esse cara me deixa tão confuso! Minha vida tá virando aqueles filmes de romance clichê. Eu mal conhecia o cara, e agora ele está aqui, cuidando de mim. 'Isso é real mesmo? Ou é só um sonho maluco?'

Fiquei pensando sobre tudo aquilo, até que uma ideia boba surgiu na minha cabeça. 'Será que ele tá interessado na minha mãe?' Não, ele não pode ser gay, nem tem aquele "jeito" de quem é. Ele deve estar interessado na minha mãe! Fui até a cozinha de novo para pegar um remédio para garganta. Quando abri a geladeira, vi um bolo de morango.

...

Horas se passaram e, de repente, Rodríguez abriu a porta, trazendo uma sacola de remédios.

— Pra que isso? — perguntei, curioso.

— Isso é pra você! — ele disse, deixando a sacola ao meu lado. E, para minha surpresa, ele colocou a mão na minha testa, para ver se eu ainda tinha febre.

O calor da mão dele foi tão reconfortante que fechei os olhos por um segundo, e, por um milésimo de segundo, senti uma faísca crescendo dentro de mim.

— Você tá bem? — perguntou Rodríguez, me tirando de um pequeno êxtase.

— Hã? Sim... é... eu vou pro meu quarto — estava tão nervoso que nem percebi que gaguejei.

— Certo. Quando for a hora de tomar os remédios, eu levo no seu quarto — ele disse, pegando a sacola com os remédios.

— Obrigado! — respondi com um sorriso bobo, sem saber como lidar com a situação. 'Aí, Jesus, me ajuda!'

DADDY¹ | ROMANCE GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora