— Pelo amor de Deus, né? Eu não tenho nada com aquele cara! E, além disso, ele deve gosta de mulher, coisa que eu não gosto! Agora, por favor, me deixa em paz! — respondo, já irritado, porque ela tá inventando desculpas pra brigar comigo.
— Ah, já que você está tão certo assim de que ele gosta de mulher, então por que não joga o número dele fora? — perguntou minha mãe, pegando o papel do chão.
'Não faz isso comigo!'
— Pra mim, tanto faz! — respondo, pegando o papel das mãos dela. — Você acha que sou idiota, né? Fica aí, toda caidinha pelo Rodríguez. E nem coragem de admitir na cara dele você tem! — falo, rasgando o papel com o número dele bem na frente dela.
— Primeiro de tudo, me respeita, porque eu sou sua mãe! E, além disso, minha vida amorosa não te diz respeito, né, Jeff! — retrucou Kátia, se virando e me deixando sozinho na sala.
Depois de rasgar todas as minhas esperanças, fui pro meu quarto pensar um pouco... 'Ela que limpe aquilo'. Triste, deitado no chão, acabei adormecendo com uma leve lágrima no rosto.
......
No dia seguinte, acordei com uma baita batida na porta. 'Pelo visto a dona Kátia está com raiva de mim.' Olhei a hora e, por sorte, ainda não estava tão atrasado pro colégio. Me levantei, fiz minhas higienes e saí porta afora, direto pro colégio. 'Não quero falar com ela hoje, não hoje!'
A caminho da escola, fiquei pensando em tudo o que minha mãe e eu passamos durante esses anos. 'Será que um homem vai acabar com a relação que eu tenho com ela?' [....]
Mal entrei na sala de aula, todo mundo começou a cochichar algo sobre mim. Olhei pra todos os lados e, surpreso, vi uma frase que me deixou em choque.
"JEFF É A NOVA "CADELINHA" DO DIRETOR"
De repente, todos começaram a rir de mim. Esse tipo de "brincadeira" era um dos motivos de eu odiar aquele maldito colégio. Enquanto fiquei sem reação, um dos alunos se levantou e veio até mim. Parando na minha frente, ele sussurrou:
— 'Meu irmão foi expulso por sua causa e agora você vai se ferrar.'
Quando ouvi aquilo, meu corpo tremeu de um jeito que o único pensamento que passou pela minha cabeça foi: 'Eu queria estar com a minha mãe.' O porteiro passou pela minha sala, viu o que estava acontecendo, mas logo foi embora.
— Vai, se senta aí, seu merda! — gritou o garoto, me empurrando.
Fui caminhando, ouvindo os risos daqueles idiotas. Até que a garota mais popular da sala colocou o pé na minha frente pra eu tropeçar. Caí no chão feito um idiota e, na hora, pensei no Rodríguez dizendo: 'Você é um fraco.'
IMAGINAÇÃO
Me levantei, com ódio queimando dentro de mim. 'Já aguentei esses imbecis por tempo demais.' Olhei para a garota, dei um sorriso sarcástico e voltei para minha carteira. Sentei sem me importar com nada, e comecei a bater palmas para a palhaçada que estava acontecendo.
— Gente, adorei a brincadeira de todos vocês, mas agora acho que chegou a minha vez. — falo, encarando o garoto que me humilhou.
— Bateu a cabeça no chão, foi? — debocha ele, com um sorriso no rosto.
— Eu bati foi uma pensando no seu pai. —
— O que você falou do meu pai, sua bicha? — diz ele, se aproximando de mim, com raiva nos olhos.
FIM DA IMAGINAÇÃO
— Levanta daí, garoto! — gritou o professor que havia acabado de entrar.
Me levantei sem jeito, olhei pro quadro, mas alguém já tinha apagado a frase. Todos na sala começaram a focar na aula pra não olhar pra mim. Se ao menos eu tivesse a coragem de fazer tudo o que penso.

VOCÊ ESTÁ LENDO
DADDY¹ | ROMANCE GAY
RomanceHistória de autoria de Jefferson Santhos, registrada sob ISBN. A adaptação ou reprodução sem autorização não é permitida. ⚠️ Atenção: Se você está lendo esta história em qualquer plataforma que não seja o Wattpad, pode estar correndo o risco de expo...