CAPÍTULO 08 | ESCONDE-ESCONDE [ Revisado ]

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Sem se importa com o que os outros iriam falar Rodríguez segurou a minha mão e aquilo estava me deixando louco por dentro. Me levando até o carro, Rodríguez fez com que eu ficasse o mais confortável possível no banco da frente.

— Eu posso sentar atrás se o senhor quiser. — falo enquanto ele colocava o cinto em mim.

— Se te coloquei aqui é porquê eu quis, agora só não fala perto de mim! Eu não quero ficar resfriado também. — murmurou um voz grave.

'Que gentil né!?'

Passei o caminho todo sem falar absolutamente nada 'não queria passar a minha gripe pra ele'. Repentinamente, Rodríguez para o carro na frente de casa 'já chegamos? Nossa eu queria tanto ficar mais tempo com ele'. Lentamente o diretor desce do carro e abri a porta do carro pra mim 'horas é gentil, horas é antipático... Vai entender'.

— Têm alguém na sua casa? — perguntou Rodríguez pegando a minha mochila no banco de trás.

— Não, minha mãe foi pro trabalho — respondo tirando o cinto e saindo do carro.

humm — resmungou Rodríguez me entregando a mochila 'nossa, nem pra cuidar de mim?'

— Obrigado pela carona, daddy — respondo me virando, porém paro ao me dar conta do que havia falado. 'Eu não posso ter dito isso em voz alta!'

— O quê? — perguntou uma voz grossa vindo atrás de mim que me fez tremer de vergonha.

Nada! — grito nervoso enquanto corria pra minha casa. Abri a porta de casa o mais rápido possível, mas antes de fechar, vejo o meu daddy me encarando 'aí gente'.. E logo depois ele entra no carro e vai embora.

Pois é daddy, vamos passar dois dias sem se ver, 'acabei me dando conta que era sexta feira'.

Depois daqueles pensamentos triste, decidi fazer um chá de limão para tentar amenizar a minha gripe. Deitei no sofá e fiquei lá assistindo Bob esponja, quando inesperadamente ouço alguém bate na porta 'será que é o meu daddy?'. Corri feito um louco só pra ver se era ele 'típico de louco apaixonado' abrindo a porta me deparo com o carteiro 'nossa você estragou o meu clima moço!' Ele me entregou algumas correspondência e logo foi embora. Após passar por aquela ilusão, voltei a assistir o meu desenho. 'Vida triste'

[........] o fim de semana havia acabado e graças ao universo eu estava melhor da gripe. Estava na frente do colégio, quando de longe vejo o meu diretor saindo do carro. 'Nossa, a cada dia que passa ele fica mais lindo.. putz!'

Entre devaneios és que ele me ver e começa a me encarar, com medo acabei entrando em um mercadinho de frente ao colégio 'porque você entrou aqui Jeff? Tá ficando louco?'. Aproveitando que tinha entrado no mercadinho, decidi comprar um biscoito. Parado na fila do caixa e segurando um biscoito me deparo com o diretor em pé na porta do mercadinho 'me deu uma vontade de pegar uma bolsa plástica e pôr na cabeça'.

Sem ao menos dirigir uma palavra pro meu 'daddy', saí do mercadinho o mais rápido possível. Estava a ponto de correr pra minha turma só pra não olhar nos olhos dele. 'o que estou fazendo?'.

Entrei na sala de aula quase sem fôlego. — Pode parecer besteira mais eu acho que não posso ter nada com o diretor 'além deu ainda não ter atingido a maior idade, eu acho que ele não deve gosta de garotos'. penso enquanto colocava a mochila na carteira.

Como de costume abri o meu caderno e comecei a fazer as minhas lições atrasadas 'pois é, eu deixo tudo pra última hora'. Entre contas e perguntas, és que eu ouço alguns alunos falarem o meu nome.

É menina, todo mundo viu ontem ele saindo de mãos dadas com ele, será que o diretor curte garotinhos mais novos? — sussurrou uma garota do meu lado.

Se o senhor Rodríguez estivesse mesmo pegando esse garoto, você acha mesmo que ele conseguiria andar? — murmurou outra.

'E olha que ainda é segunda feira'

Segurando alguns livros nas mãos um professor entra na sala. — agora essas putas cala a boca. penso às encarando.

— Bom dia alunos, tenho uma novidade, que tal fazermos uma equipe de cinco pessoas para um trabalho? —

'se fuder o senhor não quer né? Vou fazer trabalho nenhum, prefiro ficar sem nota'

Ao ouvir aquilo sou o primeiro a levantar as mãos.

— Eu posso fazer sozinho? — pergunto o encarando.

— Nossa Jeff, eu queria fazer esse trabalho com o intuito de todos fazerem amizade. Incluindo você que fica aí pelos cantos sozinho. —

— Posso fazer sozinho? — pergunto outra vez.

— Tá. Tanto faz! — disse o tal dando as costas pra mim.

'Melhor sozinho, que mal acompanhado, colega!'

| contínua |

DADDY¹ | ROMANCE GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora