Capitulo 1: Prólogo

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— Porra ! acende ! — exclamo. Logo vejo que estou sem paciência para acender o único cigarro que tinha.

 Os trilhos do trem estavam escorregadios, a brisa estava gelada, os pingos de chuva mais ainda, tudo resultado da chuva que acabará de acontecer na cidade, na verdade só chove nessa merda chamada "Still Hornes", que nome patético para uma cidade patética, não ?

— Isso !— dou um grito de alegria. Pelo menos a brisa está garantida. 

 Dou uma longa tragada na perfeição feita de tabaco enquanto continuo andando pelos trilhos, na verdade estou andando em direção a velha casa abandonada, onde irá acontecer uma festa, à minha primeira em anos, não estou acostumada com isso, mas vale o sacrifício.

 "BUMMMM " começo a escutar o barulho de uma locomotiva bem atrás de mim.

 Paro e me viro, continuo a dar várias tragadas no cigarro, solto a fumaça ardente lentamente pelo nariz, escuto um som de guitarra vindo de dentro da florestas, deve que a festa já começou, mas nunca é tarde para se divertir. 

— Merda, estou muito atrasada.

 O trem se aproxima cada vez mais, suas fortes luzes me cegam, os trilhos começam a se mexer fazendo com que eu solte o cigarro deixando ele cair no chão, se perdendo entre as pedras que continha no trilho. Escuto um barulho de ferro se contraindo e faísca saindo de baixo da locomotiva, faltava poucos metros entre mim e aquele monstro de ferro, respiro fundo e dou um salto para fora dos trilhos dando espaço para o trem passar. Sentia o vento gelado em meus cabelos extremamente curtos, minha pele pálida estava tão gelada á ponto de doer.

 Me viro seguindo em direção ao barulho que estava vindo da floresta.

 Nem acredito que a Old-band está tocando na antiga casa. "Que foda!". Eles são dos tempos de meus pais, lembro meu pai me contando que viu minha mãe pela primeira vez no show deles, e desde aquele dia ele sempre foi para ver ela, até eles acabarem juntos, mesmo depois da morte. No caminho há uma cerca elétrica que continha uma placa escrita:

 Atenção!! Não passem, propriedade do estado.

— Hm, me desculpe dona placa, mas você está atrapalhando meu caminho.— Pulo a cerca com muito cuidado, pois não quero levar um baita choque, continuando á seguir em frente.

— Pulo a cerca com muito cuidado, pois não quero levar um baita choque, continuando á seguir em frente

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(...) 5 minutos depois.

— Caramba, este lugar é irado de mais.— exclamo alegremente.— Minha tia me mataria se soubesse que estou aqui.

 A antiga casa é tão incrível, que pena que está abandonada devido ao incêndio que teve a uns dois anos atrás, muitos que moravam lá se machucaram, e agora é um lugar onde acontece algumas festas de adolescentes. Logo na entrada vejo varias pessoas bebendo e se divertindo, algumas sentadas em volta de uma fogueira improvisada. Será que não há mais espaço lá dentro ? 

Com amor, Morgan.Onde histórias criam vida. Descubra agora