Capítulo 6

6.7K 506 105
                                    

          Fechei o zíper da minha mochila lilás e a joguei nas costas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fechei o zíper da minha mochila lilás e a joguei nas costas. A mesma rotina outra vez. O que aconteceu ontem à noite não sai da minha cabeça, fico pensando no que poderia ter acontecido se Christian não tivesse aparecido. Eu nem o agradeci por aquilo. Teria que agradecê-lo, mesmo não indo com a cara dele. Quando cheguei até a sala de estar, vi o segurança Miller.

– Posso ajudá-la? – ele foi bem atencioso.

– Sabe se Christian já acordou? – perguntei com um pouco de timidez.

– Sim senhorita, ele está na mesa, tomando café. – ele informou gentilmente.

– Ah sim. Obrigada. – ele se retirou e eu fui até a copa. A mesa enorme estava cheia de comida. Bolos, iogurtes e uma porção de coisa. Christian estava com uma camisa branca e uma calça de moletom cinza. Ele estava lindo com aquela roupa. Seu peitoral definido ficava bem perceptível naquela fina blusa branca. Ele me olhou com uma expressão que não fui capaz de decifrar.

– Como está? – ele me perguntou. Seu olhar azul me deixou nervosa.

– Bem. – minha mãe sempre me criticava pelas minhas perguntas e respostas diretas e secas.

– Que bom. – ele me olhou atentamente. – Não vai tomar café?

– É, na verdade eu só queria te agradecer por ontem, eu estava tão abalada naquela momento que eu nem te agradeci e... – a sua maneira de me olhar estava me deixando sem jeito.

– Tudo bem. Pode se sentar? – ele me pediu. Sentei e coloquei minha mochila ao lado da cadeira. – Olha, queria conversar com você. Sei que nossa relação não é das mais amigáveis. – ele deu uma risada discreta. – Mas pelo visto, vamos ter nos aturar durante um bom tempo, então que tal darmos uma trégua. – Estava um pouco surpresa, quer dizer, muito surpresa com essas palavras.

– Porque a repentina mudança de comportamento? – o encarei. Escorei as minhas costas na cadeira.

– Bom, eu amo minha mãe. E seu pai querido a faz muito feliz e eu não quero atrapalhar em nada na relação dela com ele. Pelo jeito, creio que vão chegar até se casar. O que significa que você será minha irmãzinha postiça, aceite isso ou não. – que surto de maturidade é essa?

– Não vai ter que me aturar muito tempo. Não vou morar com meu pai tanto tempo, talvez uns dois anos, mas vou fazer o possível para que possa voltar para a Flórida ainda esse ano. – lhe disse.

– Pode ser, mas seu pai comentou que sua mãe vai ficar dois anos na Europa e eu acho que esses dois se casam esse ano mesmo. – seus olhos azuis me fitavam.

– Tanto faz. – revirei os olhos. – Tenho que ir para a aula. – segurei a alça da minha mochila.

– Não vai tomar café? – ele me perguntou de novo, antes que eu pudesse me levantar.

Mesma Sintonia Onde histórias criam vida. Descubra agora