Capítulo 16

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         Tentei ligar para a minha mãe de novo mas caiu na caixa postal, como sempre

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Tentei ligar para a minha mãe de novo mas caiu na caixa postal, como sempre. Eu precisava falar com ela, pelo menos ouvir o som da sua voz. Sinto falta das nossas conversas no café da manhã e também nos domingos, onde o dia era inteiro de nós duas.
       Antes de ir para a escola, pensei em passar na cozinha e pegar uma fruta qualquer. Não quero ter que passar mal na educação física de novo. Não de verdade.
      Minha visão foi domada por satisfação ao ver Christian com a calça de moletom e sem blusa preparando o seu café da manhã. Seu cabelo desarrumado ficava um verdadeiro charme.

— Bom dia flor do dia. — meus pensamentos foram perdidos, assim que ouvi sua voz.

— Bom dia. — disse ainda em pé, parada na porta da cozinha.

— Me acompanha no café da manhã? — o desgraçado até muda o tom da voz para fazer um convite desses. Usava um tom suave e totalmente sedutor. — Fiz torradas para você.

— Está ficando bom nisso. — joguei a mochila no chão e me sentei na banqueta que ficava em volta do balcão da ilha enorme que há nessa cozinha.

— Sou bom em tudo o que eu faço. — se gabou, é um completo egocêntrico de carteirinha. Ele colocou um prato de torradas fresquinhas e também um copo de suco de laranja natural. — Já notei que gosta de comidas leves e naturais.

— E você gosta de comidas gordurosas a artificiais. — Analisei bem o seu prato composto de ovos com bacon.

— Olha o tamanho do meu porte, para manter um garanhão desses esse tipo de comida é um mal necessário. — ver um sorriso desses logo de manhã, já me contagia.

— Não seja convencido. — mordi um pedaço de uma das torradas e estava muito bom de fato. — Hmm.. Você cozinha bem.

— Não te disse? — Ele também saboreou o seu prato gorduroso.

       Após um silêncio entre a gente, eu sabia que a falta de diálogo repentina, era ele tentando buscar um maneira de entrar no assunto sobre ontem à noite.

— É... Header, sobre ontem... eu... — Achei que seria bom poupá-lo de ter que se explicar.

— Tudo bem. Não precisa falar se não quiser... — era óbvio que iria preferir acatar essa opção.

— Então, me desculpe, de novo. — Christian não era diferente de mim quando tenta busca palavras para falar sobre um assunto — Ultimamente tenho te pedido isso com muita frequência.

— Pelo menos você reconhece. — meus olhos que estavam nas torradas, chegaram até ele e a sua maneira de me olhar. — Estamos bem, tá legal? — tentei confortá–lo.

— Legal então. — sua atenção voltou para o seu prato — Foi você quem tirou minha roupa ontem?

— Fica tranquilo que eu não vi nada. — minhas bochechas queimaram — Só tirei a blusa e a calça para que você pudesse entrar em baixo do chuveiro e a calça de moletom você vestiu sozinho — Quis deixar bem claro. Um sorriso invadiu seus lábios.

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