Header vivia a sua típica vida adolescente, sem muitas emoções, na Flórida, junto à sua mãe. As circunstâncias a obriga ir morar com o pai em Los Angeles, um empresário renomado. Ele, no entanto, está namorando uma modelo muito famosa e que tem um f...
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— Mas já dissemos o que aconteceu! — Chelsea se alterou com o diretor. Já nem perdia o meu tempo. Rick vinha de uma família rica, não iriam fazer nada. Se ele soubesse de quem sou filha, provavelmente iria me beneficiar de alguma forma.
— O que acontece fora dos portões da escola, já não é responsabilidade minha. — o diretor manteve a voz firme — Entrar no vestiário masculino é proibido e além disso, saíram da sala sem autorização do professor! — depois de tudo o que dissemos, isso ainda é a única coisa que ele se importa.
— Quer saber? Tanto faz! — me levantei da poltrona de couro que ficava de frente para a mesa do professor.
— Ainda não terminei. — sua voz conseguia ser irritante.
— Mas eu já! — antes que pudesse dar mais um passo, o professor de química entrou na sala.
— Desculpe atrapalhar. — seu olhar caiu em mim e eu esquivei. — Mas acho que o senhor tem outro problema a ser resolvido. Tem um pai aí fora furioso, querendo falar com o senhor.
— Um pai? — o diretor mudou a expressão na hora.
— Sim. Então, como punição para essas duas, posso designar um trabalho de vinte páginas sobre a história da química e deixamos isso passar, dessa vez. — como é? Eu não vou fazer isso. — Creio que deve ser bem mais importante atender esse pai furioso aí fora.
— Tem razão. — o diretor Enrico concordou e olhou bem para nós. — Não voltem a repetir isso de novo. Agora podem sair.
Chelsea e eu saímos e seguimos o professor Parrish até a saída da diretoria. Andamos em silêncio até ele entrar numa sala e em seguida fizemos o mesmo. Ele se virou para nós.
— Não vou fazer esse trabalho! — falei na primeira oportunidade.
— Eu também não. — Chelsea cruzou os braços.
— E não é para fazer mesmo. — suas palavras me surpreenderam. — Ouvi alguns comentários sobre o que aconteceu e só quis dar uma ajuda à vocês. — Não sei se agradeço ele ou se fico com um pé atrás. O que ele ganha ajudando nós duas?
— Sério? — Chelsea gostou da ideia. — Que gentileza a do senhor.
Fiquei com uma expressão séria. Não iria abrir um sorriso de cara. Nada é por pura bondade.
— E o que ganha nos ajudando? — minha cara ainda estava fechada.
— Nem sempre tem que ter algo em troca. — sua expressão deu uma leve fraquejada, o que suou um pouco maliciosa.
— Então... Obrigada. Precisamos ir. — não esperei nenhuma resposta dele. Segurei Chelsea pelo braço, não de uma forma brusca, e saímos daquela sala.
— Header, ele só estava sendo legal. — Chelsea não percebe as coisas que eu percebo.
— Não tenho tanta certeza. — passei pelos corredores onde todos os olhares estavam em mim.
