Capítulo 21

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— Poderia repetir o que acabei de dizer, senhorita Moore? — a voz do professor de matemática me despertou dos meus pensamentos que por algum motivo se tratavam de Christian

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— Poderia repetir o que acabei de dizer, senhorita Moore? — a voz do professor de matemática me despertou dos meus pensamentos que por algum motivo se tratavam de Christian. Não sei bem o por quê, mas ultimamente tenho pensado mais nele que o normal.

— Me desculpe. Acho que me distraí um pouco. — minha voz saiu sem graça.

— Dessa vez passa, tente não repetir isso novamente — Eu era uma aluna exemplar, então isso não seria motivo para um sermão tão severo.

     O sinal tocou e os suspiros de alegrias de fizeram ouvir na sala. Era a hora do intervalo.
    O céu estava escuro. Uma grande tempestade estava se alarmando. Estava caminhando pelo corredor à caminho do refeitório, até de repente me esbarrar com uma figura alta e de roupa social. O professor Parrish. Estar na presença dele me deixa nervosa, a maneira como ele me olha, parece que é como se eu fosse mais que uma aluna.

— Senhorita Moore. — Me saudou. — Como está o dia de hoje? Sem brigas que te levem até a sala do diretor? — era óbvio que iria tocar naquele assunto. Minha garganta parecia estar desprovida de qualquer som que pudesse formar uma frase.

— An... Acho que sim. — forcei um sorriso para não transparecer o meu incômodo em relação à ele.

— Se precisar de qualquer ajuda... — sua mão encostou no meu ombro, o que me fez dar um pulo para trás. Ele percebeu, mas acho que preferiu ignorar isso. — É só me chamar. — Sorriu e em seguida continuou andando. Fiz o mesmo.

     O refeitório estava cheio. Por sorte Chelsea conseguiu pegar o nosso lugarzinho de sempre. Através da vidraçaria que uma das paredes eram compostas, podemos ver que o céu estava mais que nublado, estava extremamente escuro.
   Me sentei e coloquei a minha bandeja que tinha uma maçã e uma garrafinha de água na mesa e minha mochila ao lado da minha cadeira.

— Que dia horroroso! — Chelsea comentou e em seguida colocou uma batata frita na boca.

— Eu gosto de tempos chuvosos. — abri minha garrafinha e dei um gole.

— Você não é normal. — Fez uma cara de indiferença.

— Pessoas normais não tem graça. — brinquei.

     Enquanto comíamos, percebi Chelsea um pouco aérea, o que com certeza não é o tipo dela. Às vezes ficava pensativa, o que também não era o tipo dela.

— O que aconteceu? — coloquei os cotovelos em cima da mesa.

— O que? — ela estava mesmo viajando. — Não aconteceu nada. — mentirosa, estava na cara que não era verdade.

— Qual é? Sou eu Chelsea, sua amiga ruiva, Header. Pode confiar em mim para contar as suas coisas.

— Eu sei disso, me desculpe. — ela se deu conta que estava sendo boba em guardar aquilo só para ela. — Steve e eu, conversamos ontem no Room's. Às vezes eu vejo um lado dele que me deixa encantada. Mas eu sei que não é duradouro. — sua cara ficou abatida. — Nos beijamos.

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