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Arthur
Acordo desorientado.
Está escuro e o corpo da Sophia todo enrolado no meu, olho para o despertador ao lado da cama e vejo que são quase quatro horas da manhã.
Sinto um sorriso lento se espalhando no meu rosto, finalmente em, Arthur!
Nem consigo acreditar que ontem realmente aconteceu.
Isso é era algo que sempre vivia me rondando, a vontade de estar novamente com ela, ter tomado coragem para isso tirou um enorme peso das minhas costas.
Por muito tempo evitei me aproximar novamente, com medo de machuca- lá, mas não aguento mais ficar longe, o medo de a perder é maior.
Resolvi dar essa chance para nós dois, mas dessa vez vou me esforçar ao máximo para ser o que ela precisa, quero que de certo. Quero ser o motivo de sua felicidade assim como ela é a da minha agora, simplesmente pelo fato de estar ao meu lado dormindo.
Sua pele macia me convida, distribuo beijinhos por todo o seu rosto.
Ela é tão linda!
—Me deixa dormir! — Resmunga baixinho.
Rio e continuo a beijando.
—Arthur, estou falando sério!
—Você é muito mal-humorada.
—Quando me acordam? Sim, eu sou.
— Bom saber o que me espera.
Ela ri e levanta o seu rosto para mim, me dando um beijo suave, que logo vai saindo do controle.
Ela sobe em cima de mim com uma fome que iguala a minha.
E então somos somente nossos corpos conversando novamente.
Ter sexo é bom, mas ter sexo com quem você realmente gosta muda tudo, a intensidade do sentimento multiplica o prazer, cada toque é único, especial.
Me entrego naquela cama tanto quanto recebo.
Somos uma mistura perfeita, confusa, suada, mas perfeita.
E quando estamos satisfeitos e a cabeça de Sophia encosta no meu peito, sei que não há outro lugar onde eu queira estar a não ser aqui, com ela.
— Vai ser sempre assim? — Questiona ofegante.
— Assim como?
— Intenso. Essa eletricidade toda vez que nos tocamos, a energia muda, nunca senti isso com ninguém com que estive, só com você.
Na hora me sinto tenso. Nunca falamos abertamente sobre outros relacionamentos dela, os meus sempre foram explícitos, mas ela nunca apareceu com ninguém. Claro que não pensei que ela ficou esse tempo todo me esperando, mas falar sobre isso, assim como a ver com Miguel, me incomoda e muito.
Saber que outra pessoa já esteve com ela, já passou por onde estou é o suficiente para me deixar louco, mas tudo isso é culpa minha.
Se eu não tivesse sido burro o bastante para a ter traído, teria sido o único a toca - lá, mas infelizmente fui burro o bastante.
— Se depender de mim vai — finalmente a respondo.
Ela me encara e sei que alguma coisa a está incomodando.
— O que foi, princesa?
— Você tem certeza de que é isso que você quer?
— Não estou entendendo.
— Nós dois Arthur, eu e você. Tem certeza de que é isso que você quer? Está realmente disposto a tentar? Ou tudo isso é apenas tesão? Ciúmes?
— É claro que estou, não arriscaria o que temos por nada. Mas, e você? Você está certa disso? Os dois precisam estar dispostos a tentar.
— Só não quero me magoar, não quero relembrar o que passou, mas fiquei mal, não quero ficar assim de novo.
— Não quer, e não vai! Eu vou ser o homem que você precisa princesa, vou ser, confia em mim.
—Isso é o que eu mais quero, confiar em você.
—Lembra quando ficamos até tarde no jardim? Falando sobre tudo e sobre nada, imaginando como seria a vida adulta, como estaríamos agora. Eu sempre quis estar assim, com você. Desde criança quero isso, nós dois, quando aconteceu foi a melhor coisa para mim, mas quando acabou também foi a pior, quero deixar tudo de ruim para trás, quero pensar no agora. Eu te amo, Arthur, sempre amei, e no momento isso é tudo que importa.
Ela se aconchega mais no meu peito e enrola suas pernas em mim, não demora muito e sua respiração fica tranquila, indicando que o sono a tomou novamente.
Fico pensando no que ela disse, não menti. Tudo que quero é ser o homem que ela precisa, e vou me doar ao máximo para ser.
Inalo o perfume do seu cabelo e a abraço mais.
Fecho meus olhos e penso, que assim como ela, estou exatamente onde queria estar.
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Desejo Inevitável - Degustação
RomancePara quem leu Coisas do amor, está é a historia de Arthur e Sophia, e o primeiro livro da trilogia Irmãos Vernier. Todos os livros são independentes e podem ser lidos separadamente. Plágio é crime, então por favor, colabore.