3 - Inferno

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___________,

- Papai, onde estamos?

   Olhou em volta com seus olhos marejados, não havia janelas, nem mesmo alguma saída de ar, o lugar era quente e abafado, as manchas de fuligem, denunciavam as queimas feitas naquele local. Era apertado, era assustador.
    Endeavor estava parado, escondendo atrás de si, oque parecia ser o único portão do local.

- Shoto...

- Papai, Oque está acontecendo? Que lugar é esse? - o garoto enxugou suas lágrimas com o ante-braço.

- Sabe, eu escolhi sua mãe, para gerar a criança perfeita, a individualidade perfeita...

Endeavor se aproximava devagar de Shoto, com os braços cruzados, ele permanecia serio, e indiferente para com as lágrimas de seu filho.

- Eu coloquei todos as minha fichas em você, não me decpicione, eu ainda acredito que você não será uma falha, acredito que juntos vamos alcançar meu objetivo. Por isso você está aqui Shoto, para fazer isso acontecer! Você será o número um...

Mais um passo, Endeavor estava cara a cara com Shoto. O garoto sentiu suas pernas falharem.

- Vamos me mostre do que é capaz!

Shoto curvou-se, sentindo a dor passar de sua barriga para todo o restante do corpo, seu pai havia lhe acertado um soco na região do abdômem, de maneira tão forte que fez o menino cambalear desnorteado.

- Não abaixe sua guarda! Fraco!

Endeavor esticou sua perna, dando um rasteira na criança, que já desnorteada, caiu no chão, batendo sua cabeça com força. aquilo fez a visão de Shoto escurecer, sua respiração pesada, era seguida pelas batidas desconpassadas de seu coração.

Ele não entendia o por que de tudo aquilo, tão pouco conseguia pronunciar alguma palavra. Sentiu sua conciência se esvaziando, até ser puxado pelos cabelos e erguido no ar, sobe os olhar tenebroso de seu pai:

- Me mostre Shoto! Fique com raiva! Queime!

E foi arremessado na parede, o gosto metálico do sangue que sentiu na boca, o fez querer desaparecer, ou sair correndo, mas as pernas o traíram.

Ergueu o olhar com dificuldade encarando o seu pai, ambas as mãos do mesmo queimavam em chamas enormes que ele mirou em Shoto:

- Vamos! Sei que tens esse poder Shoto, sei que tem! - Endeavor tinha um tom de esperança em sua voz, que quase ficou abafada pela raiva - Use seu poder! Seja o melhor!

Shoto esticou seus braços a altura do ombro, e forçou seus músculos fechando os olhos. Em seu braço esquerdo, flocos de neve cobriam seus dedos, até formarem pequenos espinhos em toda a sua mão.

- Use seu fogo! Suas Chamas! - Ordenou Endeavor

- Mas e-eu não s-sei como - soluçava, sentindo dores por todo.

- Então me ataque! Agora!

Medo, era oque se resumia a mente do bicolor, sem pensar muito ele correu até seu pai, erguendo seu punho, tentando desferir-lhe um soco na perna, porém seu pai era muito mais ágil e se abaixou agarrando a mão de Shoto à apertando.

- Fraco! Fraco! Fraco! - Repetia irritado, aumentando cada vez mais a pressão sobre a mão de Todoroki.

Endeavor soltou a mão de Shoto, depois de ouvir o som de seus ossos rachando. O garoto gritou de dor, chorando desesperadamente, enquanto olhava para sua mão deformada:

- P-porque? P-pai...minha individualidade...eu não posso usar f-fogo...

- Veremos - deu as costas.

Não disse mais nada, Endeavor apenas abriu o pequeno portão de ferro, que rangeu enferrujado. Ele saiu do pequeno cômodo. Olhou uma última vez para Shoto que soluçava amedrontado. Era certo que nunca tiverá muito amor por parte de pai, mas aquilo já era demais, em um dia Endeavor nem olhava para ele, em outro o espancava sem dó, exigindo dele algo que mal sabia usar, ou se ao menos tinha, exigia fogo.

- Treine...

Bateu o portão com força em um estrondo enssucersedor, uma nuvem de poeira se formou após o impacto.

Shoto juntou as últimas forças que tinham sido guardadas a sete chaves pela seu subconciente, e se pôs a chutar o portão, implorando socorro e ajuda. Vendo que ninguém o entendia, ele parou escorregando pelo portão, assim ficando de joelhos.

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O garoto perdeu a noção do tempo, não lembra a quanto estava ali, mas para ele pareceram dias. Sua barriga roncava e sua mão quebrada o atormentavam sem deixa-lo esquecer da dor.

Tinha rasgado sua camiseta para enfaixar a própria mão, em um  nó desajeitado. Por algumas vezes sua visão escurecia, desmaindo-o e o acordando, como um looping eterno e infernal.

"E-eu vou morrer" resmungava consigo mesmo, havia chorado tanto, que seus olhos avermalhados não eram mais capazes de produzir lágrimas, tão pouco se manter abertos.

O garoto se limitava a fazer pequenos pedaços de gelo e espera-los derreterem, para que pudesse beber da água, evitando uma desindratação eminente.

E desmaiou novamente...

________,

Ain genti tadin do nosso menino Todoroki ;-;)
Fazer esse capitúlo doeu na alma...

🔥❄Queimar """ (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora