08- Esse não é meu nome

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As meninas saíram e entraram no carro de Dayane o mais rápido que podiam.

"Então, o que a Elana deveria me dizer?" Dayane ligou o carro e andou para fora do estacionamento.

"Vá para a esquerda," Nathália disse. "Nós vamos ao círculo na parte de trás do parque." A mais velha começou a olhar atentamente para fora da janela, pensando por alguns momentos.
"Eu realmente não estou certa," Nath disse honestamente. "Tudo que eu sei é que, quando a Carol estava ficando alterada, Elana encontrou vidro em seus pés."

"O quê?" Os olhos de Dayane se arregalaram e ela virou a cabeça para certificar-se de que Nathália não estava brincando. "Vidro?"

"Yup" Nath assentiu mais uma vez, estalando o "p". "Ela teve que limpá-lo e tudo mais."
Nathália limpou o vidro embaçado da janela do passageiro enquanto Day andava lentamente circulando em torno do parque.

"O estranho é que Elana disse que parecia que a Carol tinha colocado os sapatos com os pés machucados pelo vidro."

"Que?" Dayane balançou a cabeça, ficando cada vez mais confusa com aquela situação. "Isso é tão estranho."

Nath apenas balançou a cabeça em concordância. "Bem, ela está aqui agora, não há muito o que fazer além de ter certeza que ela não vai acidentalmente incendiar o apartamento."

"Eu não vou vê-la," disse Day calmamente. Elas tinham circulado o parque inteiro, sem nenhum rastro de Caroline. Elas se entreolharam e Nathália fez sinal para Dayane sair do carro. A menor levantou uma sobrancelha.

"Por que eu?"

"Em primeiro lugar, você é a única que deixou a menina sozinha aqui fora." Nath enviou a Day um olhar incriminador.

"Ela não é minha responsabilidade," Day argumentou, cruzando os braços e olhando para fora da janela. Isso foi incomodando, ela estava começando a se sentir mal por Carol.
Day nunca pensou que isso poderia acontecer. "Ela merece estar aí fora na chuva. Ou pior."

"Você não deveria dizer isso, pequena..." Nath se aproximou e colocou a mão no ombro da mais nova. "Ela é diferente..." Day pensou por um momento. "Você e eu sabemos que ela não é a mesma pessoa que era a alguns anos atrás."

"Sim," Day revirou os olhos. "Pelo menos há alguns anos atrás ela sabia que não éramos amigas." Nath olhou pra menor e parou suas mãos no ar, como se estivesse se rendendo.

"Tudo bem, tudo bem, eu vou." Ela estendeu a mão no banco de trás, "Cadê meu guarda-chuva?"

"Eu acho que a Line pegou emprestado semana passada."

"Que ótimo," Dayane murmurou, fechando os olhos e respirando fundo. "Você me deve uma por isso, Nathália." Nath sorriu provocante para ela e Day deu uma última olhada para a outra garota antes de empurrar a porta do carro, colocando os pés no asfalto molhado.

A chuva batia contra seu carro, soando como um coro de tambores marchando pela rua.
Depois que ela fechou a porta do carro, levou suas mãos para proteger os olhos da chuva terrível. Dayane nunca, em um milhão de anos, imaginou que estaria fazendo algo como isto para ajudar Carol Biazin. Na verdade, ela provavelmente seria a única pessoa a deixá-la sozinha na chuva, por vingança. Mas agora, agora o jogo havia virado.

Nath levantou o polegar para cima de dentro do carro. Day sacudiu a mão em resposta, antes de tirar seu cabelo molhado do rosto e pular para cima da calçada.
Ela decidiu que a melhor ideia seria ir para o último lugar que tinha visto a ruiva.

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