26- "Yellow"

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não sei dizer se esse capítulo tá mais tenso que o anterior porque os dois acabam comigo, mas tem mais revelações ai então vocês já sabem, o forninho de vocês que lutem.

preparados pra conhecer o passado da Carol? Hoje vocês finalmente vão entender tudo, tô muito ansiosa por vocês.

BOA LEITURA!!!

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Day tirou o diário de Carol de dentro de sua mochila. Ela passou a mão na capa de couro, pensando em quantas veze a menina teria segurado aquele mesmo diário em suas mãos. Era difícil para ela assimilar que a garota que havia escrito esse diário era a mesma garota que ela havia beijado apenas alguns dias atrás.

Seu telefone vibrou alguns minutos depois e Dayane franziu as sobrancelhas quando viu que era uma mensagem de Evelyn pelo Facebook.

Evelyn Albuquerque: Hey, acabo de me lembrar. Todo o time de líderes de torcida voltou para o ginásio da escola no dia seguinte da formatura para tirar suas coisas dos armários. Carol nunca as pegou. Se eu me lembro bem, elas ainda estão na caixa de Achados e Perdidos na biblioteca. Só achei que você gostaria de saber.

Valia a pena tentar, Day decidiu. Ela se levantou do meio-fio onde se encontrava e começou a caminhar na direção da escola. Seria uma longa caminhada, mas a morena não queria esperar o ônibus. Ela precisava de algo para ocupar seu tempo.

Mais de meia hora depois, finalmente a escola onde ela estudava estava visível . Dayane se encolheu de medo, lembrando-se de todas as memórias ruins associadas ao prédio.
Engolindo seu orgulho, ela vagarosamente se deu conta de que não havia ninguém na escola. Era Sábado.

Recordando-se de uma coisa, ela fez a volta na escola, encontrando os docks de carregamento. A comida era entregue à cantina em caminhões, que estacionavam nos docks de carregamento e eram descarregados na cozinha. Para a sorte de Day, ela havia pegado detenção no segundo ano e teve que ajudar a carregar caixas para lá e para cá. E agora, lembrou do código que eles usavam para destrancar a porta.
6022.

Ela colocou os números no teclado e apertou enter. Momentos depois, ouve um 'beep' baixo e o destrancar de uma porta. Ela olhou em volta uma última vez antes de abrir a porta e deslizar para dentro.
A biblioteca ficava do outro lado da escola. Ela correu até lá, sem fôlego quando alcançou as fileiras e mais fileiras de prateleiras de livros. Um cartaz gigante dizia 'Achados e Perdidos' num canto na parte de trás.
Assim que chegou lá, achou a caixa que Evelyn mencionou. A menina ajoelhou-se ao lado da caixa, mordendo o lábio e hesitando por um momento.
Ela realmente queria fazer isso? E se encontrasse algo ainda pior do que já havia encontrado?

Fazendo o melhor que podia para não pensar nessas coisas, Day suavemente abriu as abas da caixa e olhou para dentro. Ela puxou vários papéis grampeados juntos e os olhou curiosamente.

"Se você tivesse que escrever a história da sua vida até agora, como a chamaria e por quê?"

Ela franziu as sobrancelhas quando leu o título do papel. Depois de examiná-lo um pouco mais, se deu conta de que era uma redação escolar. Isso seria interessante. Day então respirou fundo, se preparando para o que viria a seguir

-

Meus pais morreram quando eu tinha seis anos. Sempre que conto para as pessoas que me lembro deles como se fosse ontem, elas me olham como se fosse louca. Mas eu lembro. Ainda lembro de pequenas coisas sobre eles. Eu lembro que meu pai sempre tinha as mãos sujas de tinta e que minha mãe sempre o repreendia por sujar suas roupas novas com terebintina. Ele era pintor e ela era contadora.
É engraçado, porque ninguém imaginava que eles se apaixonariam. A mulher que amava os números e o homem que mal sabia ver as horas. Mas, aparentemente, eles se apaixonaram. Não sei muito sobre o passado deles. Eu não tenho ninguém da família para fazer perguntas, a não ser meu tio. Mas ele pode ser bem evasivo quando eu tento descobrir informações sobre meus pais, então eu desisti de perguntar.

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