Yellow

20- Beijo?

segura o forninho aí que hoje ele vai cairrr.

BOA LEITURA.

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Ela tinha sentimentos por Carol.

Dayane olhou para a menina mais nova ao seu lado e mordeu o lábio. Por que não poderia se apaixonar pela garota amigável que sempre sorri para ela no Starbucks? Ou até mesmo a menina de cabelos loiros em sua aula de História da Arte?
Não, ela tinha se apaixonado por Caroline. O tornado confuso que tinha aparecido em sua porta.
Mas, Carol era tantas outras coisas para Day.
Adorável, carinhosa, simpática, genuína, pateta, encantadora e amarelo. Amarelo.

Day agora entendia o porquê da menina mais nova gostar tanto dessa coloração. Carol era um representante humano para a cor.
Brilhante, animadora e alegre. Amarelo também é a cor do sol, o que a morena considerava irônico.
Então, para responder sua própria pergunta, sim. Dayane deixaria Caroline beijá-la.

Havia apenas um problema: a mais velha não tinha ideia se Carol sabia o que significava beijar. E se ela quisesse beijar todo mundo que já conheceu?
Era óbvio que Carol era capaz de amar.
Day podia afirmar isso pelo jeito que a menina dava o mais gentil dos cuidados por algo tão trivial como uma flor. Carol amava. Carol amava todas as coisas.

Mas será que Carol sabia como amar?

O fato de que Day pôde se ver amando Carol a surpreendeu. Ela nunca havia visto ela mesma se apaixonando. Na verdade, a menina basicamente jurava não querer nenhum relacionamento antes de conhecer Caroline.
Dayane não gostava de pessoas. A maioria delas. Ela gostava da sua família, suas companheiras de apartamento e agora Carol.

Ela sempre teve medo de alguém tentar ser seu amigo pelas razões erradas, ou que estava sendo legal com ela de sacanagem. Day odiava sigilo, mentiras e cada coisa que a maioria das pessoas consideravam ser apenas uma parte normal da vida.

Mas agora, tinha Carol, e ela era pura. Carol era inocente. Não havia palavras para descrevê-la. Ela era apenas genuinamente Carol.
Não tinha como saber se a menina menor tinha sentimentos recíprocos por ela, na verdade. Day suspirou pesadamente, percebendo que ela apenas teria que esperar e ver o que irá acontecer.
Caroline levantou a cabeça e franziu o cenho quando sentiu a mais velha suspirar.

"Dada? Você está triste?"
Day riu suavemente e negou com a cabeça.

"Não, boba," ela enrugou o nariz. "Eu só estou cansada." Carol bocejou e a mais velha percebeu que a outra menina provavelmente continuava exausta pela noite anterior. Ambas não conseguiram dormir muito.

"Boa noite, Dada" Carol murmurou antes de enterrar a cabeça no ombro de Dayane, que mordeu o lábio, tentando não sorrir. A menina mais velha ficou olhando para o teto por um tempo, continuando a pensar na menina que estava bem ali, deitada em seu ombro.

A mão de Caroline se contraiu involuntariamente e Day riu, notando que ela já havia adormecido. A maior se remexeu mais um pouco para que pudessem caber no sofá e encostou a cabeça, suspirando baixinho, convidando o sono para alcançá-la. Eventualmente, suas pálpebras ficaram pesadas e ela adormeceu.

...

Enquanto isso, Elana e Aline estavam dispensadas da única aula do dia. A menor limpou o suor da testa e tomou um grande gole da garrafa de água.

"Estou acabada" Elana bufou assim que Aline pendurou sua mochila no ombro.

"Eu também. Estou morrendo de fome" Ela acariciou seu estômago para dar ênfase e Elana concordou com a cabeça.