Capítulo 7

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* Por Andrea...

Quando vi aquele envelope dizendo que aquela carta seria para mim e que Tom  havia escrito achei estranho, mas resolvi ler. Na carta estava escrito assim:

*Carta...

Essa carta escrevi, para mostrar a todos o quanto sou homem. Muitos me julgam me dizendo que eu sou gay e isso não é verdade. Muitos podem não saber, mas eu e fofinha não somos somente amigos. Antes mesmo de sair daqui eu e ela ficamos e confesso que não foi bem o que esperava. Esperava que seria como com as meninas da cidade. Fofinha é péssima para beijar, fora isso ela ainda não me arranca nenhum tipo de suspiro. Ela é gorda e isso faz com que não sinta nada ale m de pena dela. Por isso fiquei com ela, por pena. Quem iria querer namorar uma garota gorda, como ela. Não quero que saiba, mas eu senti nojo do beijo dela. Ela me babou mais que tudo, creio que por está usando aparelho. Ela realmente precisava para ver se dá uma ajeitada naquele rosto feio dela. Bom pessoal, é isso , além de ter pego ela peguei muitas outras na cidade e isso sim fez valer a pena o tempo que perdi beijando a á fofinha.

Me sentindo melhor agora, desabafo.  

Assinado: Anton Bruckmanns.

Fim...

Cada parte daquela carta me matava mais por dentro. E chorando passei perto de algumas pessoas que estavam perto das empresas. Cheguei na porta do casarão onde sabia que ele poderia está, mas a falta de coragem não me deixou ir até lá.

O vi pela janela sentado jantando e conversando com seu pai. Meu ódio e a dor que estava sentia estava difícil se segurar. Escorei na parede tentando acreditar que aquilo era mentira, que aquilo não passava de um mal entendido, mas não, não tinha como ser. Era isso que minha cabeça falava comigo.

Desci escorada na parede e chorando fiquei ali tentando aquela tristeza passar. Mas quanto mais eu chorava , mais queria chorar. Saber que meu amigo havia dito tais coisas me feria. Ouvi um barulho de alguém lavar vasilhas e tentei segurar aquele choro gritado que estava a pouco tempo antes.

Alguém abri a porta e quando vi era ele, era aquele canalha. Ele me perguntou o que estava acontecendo, e não aguentei e dei um tapa em seu rosto.  Ele ficou sem entender e então joguei a carta nele e ele começou a ler.

Ele havia ficado pálido e quando terminou de ler fez de tudo para que eu acreditasse nele, tanto que se rebaixou e me levou em seu quarto para assinar e me provar que aquilo era uma grande mentira.

E quando vi aquilo saí de lá correndo sem nem mesmo olhar pra trás.  A vergonha do que fiz com ele estava demais e então fui embora pra casa. O alívio misturado com a raiva de saber quem havia feito aquilo estava me matando.

No dia seguinte estava me sentindo péssima e para piorar Tom nem me olhou. Eu entendia ele, entendia a dor e a raiva que ele com toda certeza estava de mim. Bati nele e ainda duvidei da sua lealdade, logo ele que sempre foi tão correto.

Fui para o tronco e lá me deitei e fiquei ouvindo os pássaros cantarem. Ouvi passos se aproximarem e quando olhei era Gisele.

Gisele: Oiii.

Continuei deitada olhando para o nada e respondi.

Eu: Oi.

Gisele me conhecia bem para saber que não estava bem e como nunca teve tapa na língua e uma curiosidade
Quase absurda, logo perguntou o que estava havendo.

Canavial BruckmannsOnde histórias criam vida. Descubra agora