Capítulo 1

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ANOS ATRÁS...

* Por Andrea...

Oi pessoal!!! Eu sou a Andrea e meu melhor amigo é o Anton, só que o chamo de Tom. Os pais dele são os donos da Fazenda onde moro. Aqui, tem um canavial lindo e eu e o Tom sempre brincamos nele.

Meu pai trabalha na fazenda, é ele quem ajuda na colheita da cana para fazerem a pinga. Na verdade, aqui eles fazem de tudo com a cana, uma parte da fábrica faz pinga, outra faz doces e outra faz ração para o gado.

Sim, aqui tem gado também, por isso tem a fábrica de doces. E adivinhe qual delas eu e Tom mais gostamos? Pra quem pensou na fábrica de doces, acertou. O Tom e eu vivemos lá, comendo doces e queijos.

Cheguei da escola quase agora e minha mãe está fazendo uma comidinha muito gostosa. Sinto o cheiro quando estou na porteira perto da minha casa e vou correndo.

Quando entro em casa vejo minha mãe sorrindo e retribuo o sorriso. Ela me perguntou como foi na escola e eu respondi que foi tudo bem. Mas na verdade, não foi nada bem. Um colega  falou palavras feias comigo. Isso não é coisa que se faz.

Acreditam que ele me chamou de gorda, feia e pançuda? Eu chorei muito e ele disse que sou feia por isso, por ser gorda. Não falei pra professora, porque ele disse que se falasse com ela, ele iria me bater.

Depois disso ele colocou o pé na minha frente e eu caí machucando meu joelho. Não fiz nada já que ele poderia me machucar. Minha mãe não precisa de saber disso, ela com certeza iria lá conversar com a professora.

Minha mãe colocou a mesa assim que meu pai chegou em casa e sentamos para comermos. Meu pai é muito carinhoso e romântico,  acredita que ele trouxe uma flor linda pra minha mãezinha? 

Ele trouxe e ela ficou toda feliz. Termino de comer e lavo meu copo e meu prato. Já tenho 5 anos de idade e já sou moçinha, tenho que ajudar em casa.

Assim que terminei fiz meus para casa e corri para o tronco. Para quem não sabe, é lá que encontro meu amigo. Cheguei lá, cansada de tanto correr e de longe já havia visto de longe o Tom.

Eu: Ai Tom, que cansaço. 

Ele sorriu. Depois de regular meu fôlego, eu sorri e ele retribuiu.

Tom: Melhor agora?

Eu: Sim. O que vamos fazer hoje?

Tom: Não sei. O que você quer fazer?

Eu: Adivinha?

Fiz uma cara que ele bem conhecia e ele sorriu.

Tom: Na fábrica de doces.

Eu: Siiiim.

Ele sorriu e saiu correndo e eu fui atrás.  Meu joelho estava doendo e isso dificultou muito eu correr.

Tom: Corre fofinha.

Eu parei no caminho e tentei recuperar o fôlego e olhei pra meu joelho, estava sangrando. Acho que é porque estava correndo. Tom se aproximou de mim e sorriu.

Ele já estava acostumado me esperar e muitas vezes voltava como agora para me ajudar.

Tom: O que aconteceu?

Ele falou olhando para meu joelho.

Eu: Eu caí. 

Tom me olhou preocupado.

Tom: Quando você caiu? Eu não vi.

Eu: É que foi na escola.

Tom: Ata. Espera. 

Ele rasgou um pedaço de sua camisa e amarrou em minha perna.

Eu: Nossa Tom, sua mãe vai brigar com você. 

Ele me olhou.

Tom: Briga nada. Ela sempre fala que tenho que ser gentil e muito bom com meninas e você é uma menina né?

Eu: Sim.

Tom: Pois é. Agora vamos porque tem muito doce nos esperando.

Eu: Verdade.  

Ele pegou minha mão e fomos correndo até chegar na fábrica, mesmo tendo dificuldade por causa do joelho, chegamos.  Depois de um tempo comendo doces, ficamos brincando na estrada.

Fomos passear perto da Lagoa e nos sentamos para ver o quão lindo era os patinhos e sua mamãe nadando sobre a água. 

Eles já nem se importavam com nossa presença,  sempre íamos lá e então ficamos ali por um tempo admirando aquele lugar lindo e os animais que habitavam ali.

O canto do sabiá e de todos os outros tipos de pássaros faziam um grande coral e então resolvemos nos deitar ouvindo aqueles cantos.
 
Depois de um tempo brincamos de mamãe, papai e filhinha.  Eu era a mamãe, Tom o papai e Maria (boneca) era nossa filha.

O Tom era caminhoneiro e tinha um caminhão. Ele comprava comida pra mim e minha filha e para parecer mais real ele ia no pomar pegar frutas. Eu cuidava da nossa casa e fazia comidinha para comermos.

Tom era diferente dos outros garotos ele brincava comigo de tudo. Brincava de casinha e ele não importava de ser meu marido. Os outros garotos não gostavam de brincar comigo, e quando eu pedia para ser os papais da minha boneca eles não queriam.

Eles só brincavam assim com a Gisela. Comigo o único que brincava assim era o Tom e por isso os garotos diziam que ele era uma menininha.  Tom não tem nada de menininha, ele é um menino muito legal.

Quando cansamos de brincar de casinha, fomos para o pomar e ele subiu no pé de amora e desceu com um tanto pra mim. Ele sabia o quanto eu amava amoras e depois de comer todas as amoras, brincamos de futebol.

Minha mãe me gritou e Tom foi comigo até minha casa. Ele me deu um beijo na testa e se despediu de minha mãezinha.

Minha mãe me ajudou tomar banho e colocou remédio no meu dodói e então esperamos meu papai chegar e jantamos.  Minha mamãe me colocou na cama e rezamos juntas e então dormi.

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Bom pessoal, espero que tenham gostado do primeiro capítulo. Peço que curtam e comentem o livro. Quanto mais curtidas mais ânimo para lançar novas histórias pra vocês. Os personagens vão está na foto à cima do capítulo ok? Essa é a princesa Andrea, quando criança.  Linda demais ne? Outra coisa pessoal, essa história contando quando eles ainda eram crianças. Quando eles forem crescendo irei colocar a evolução dos mesmos. Beijão á todos vocês. 

Canavial BruckmannsOnde histórias criam vida. Descubra agora