Capítulo 12

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*Por Andrea...

Quando vi Tom na porta da minha casa não posso negar que meu coração acelerou. Ele não era mais aquele Tom que foi embora da Fazenda e sim um homem forte, alto, cabelos castanhos claros e olhos lindos. Em seu rosto tinha uma barba que decorava seu rosto e em seus olhos havia uma força diferente. 

Algo que nunca tinha visto naquele Tom que foi embora. Ele me olhou e ficamos nos encarando por alguns minutos, o que pareceu uma eternidade. O convidei para que entrasse e em seguida procurei meus pais e não encontrei.

Perguntei e ele respondeu que eles haviam ficado na casa dele, meu coração acelerou e algo em meu coração dizia que era algo grave que minha mãe estava e não estava errada. Chorei como uma crianca e Tom também. 

Ele me levou para cama assim como minha mãe e fez carinhos em minha cabeça.

Chorei tanto que acabei dormindo e ele fez o mesmo. Acordei e me assustei com Tom deitado todo torto na minha cama e minha cabeça estava ainda em seu colo. Ele parecia dormir com uma uma criança. Levantei e fui até o banheiro tomar banho, fiz café e o bolo que ele tanto amava.

Quando termino de colocar á mesa vejo Tom na porta da cozinha me olhando com o rosto todo amarrotado e não teve como não ri. Eu ri e ele parecia não ter acordado ainda o que me fez rir mais.

Tom: O que? Porque está rindo?

Vou até o banheiro e pego o pequeno espelho que estava na parede e entrego Tom,  ele se assustou ao ver seu semblante e entrou no banheiro me fazendo ri mais. Nessa hora pude ver aquele Tom.

Depois de alguns minutos ele saiu do banheiro e se sentou sentou á mesa.

Tom: Melhor agora?

Ele fala do rosto que esta limpo e o cabelo arrumado. Olhei para ter certeza do que iria responder e confesso que não mudou muita coisa, ele continuava lindo.

Eu: Sim. 

Dou um sorriso fraco e me sento. Tomamos café juntos e por vários momentos lembrei de minha mãe e minha preocupação e uma vontade de chorar voltou com vontade. Eu me segurei e Tom parecia ter percebido minha tristeza e tentou me alegrar um pouco, o que não deu certo.

Conto a ele o que estava pensando e sinto vontade de chorar e dessa vez é complicado segurar o choro. Ele se abaixa em minha frente e me olha nos olhos.

Tom: Fofinha, eu não quero ser mal com você e muito menos um carrasco. Mas se você continuar chorando não vai mudar o que está acontecendo. Sua mãe precisa de você,  ela precisa da menina dela sorrindo e dando força pra ela. E se quer saber ela está muito forte, mas se você ficar assim, tanto ela quanto seu pai vão cair. Sei que não será fácil pra você e muito menos pra eles, mas é hora de nos unirmos e juntarmos forças para ajuda-la e não deixa-la triste. Eu sei que não é fácil, mas você é forte, uma guerreira assim como sua mãe,  não pode deixar que isso afete tanto você. Ela está sendo cuidada com um e dos melhores médicos que existem por aqui, estou fazendo de tudo para que isso continue. Então respire e saiba que comigo nada mudou, eu sou aquele Tom que sempre esteve com você mas horas difíceis e quando quiser chorar, estarei aqui para te abraçar.

Limpei minhas lágrimas e fiquei mais tranquila. Tom nunca iria deixar minha mãe com profissionais que ele não conhece. o abracei forte e ele fez o mesmo.

Eu: Obrigada por tudo Tom. Obrigada por cuidar da minha mãezinha e ser esse amigo maravilhoso que você é.  E me perdoe por um dia ter duvidado do seu caráter,  sabia bem que você não era aquilo mas o susto me fez...

Ele fala me interrompendo.

Tom: Você esta perdoada, agora vamos esquecer essa parte da história.

Canavial BruckmannsOnde histórias criam vida. Descubra agora