Capítulo 6.

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Olá, meus amores.

Irmãozinho! — Jonathan sentiu a dor de cabeça chegando quando atendeu o celular há três da madrugada, o ruivo suspirou, ele deveria saber, seu irmão era o único que lhe ligaria em uma hora assim, esperando impaciente que o outro continuasse para poder voltar á dormir — Fiquei sabendo que você encontrou um novo brinquedo, eu posso conhecê-lo?

— Sinceramente ele não é um brinquedo — Jonathan respondeu cansado, as pessoas viviam inventando boatos dele — Pare de falar das pessoas como se elas fossem objetos sexuais obrigadas á te satisfazer.

Estranho, você ainda não brincou com ele? Achei que você tinha o arranjado para isso... — O mais velho falou em uma voz cheia de malícia nojenta.

— Eu não sou você — Jonathan estava enojado de seu irmão mais velho — Eu não sou um pedófilo, ok?

Ok — Robert resmungou mal-humorado.

— Então conseguiu? — Jonathan perguntou em uma voz fria.

Ah, sim, foi fácil invadir a casa deles, arranjei provas concretas dos abusos, só não entendo porque você iria querer ver as fotos — Robert respondeu sincero — O garoto é tão especial assim, Jonathan?

— Sim — Jonathan respondeu sincero.

Hum, eu consegui pegar alguém também — Robert respondeu, confuso, por que seu irmão iria achar Jamie Lins alguém especial?

— Quem? — Jonathan perguntou curioso.

Russell Lins — A resposta fez Jonathan se sentir feliz — Bem, eu o investiguei direito, eu não tenho certeza mas acho que Russell não é o filho biológico de Arthur Lins.

— Não é? — Jonathan questionou, isso era certamente interessante.

Há seis anos havia esse boato, é algo incerto, Jonathan — Robert respondeu, dando uma gargalhada louca em seguida — Só para constar quero receber uma grana há mais, Russell Lins está preso aqui na minha casa, é algo compreensível?

— Rob, claro... — Jonathan sabia que Robert podia agir como um demônio quando queria —... Mas posso questionar o que você fará com ele?

Hum, eu o achei bonitinho — Robert deu de ombros, Jonathan conseguia ver as engrenagens girando loucamente na mente criativa e assustadora de seu irmão mais velho — Russell ficará a minha posse por enquanto, depois eu o entrego á você, ok? Acho que você quer matá-lo, não é?

— Como você adivinhou? — Jonathan riu, Robert deu um sorriso — É, quero sim.

Jonathan conversou mais um pouquinho com Robert, ele viu Jamie entrando na biblioteca, o garoto estava um pouco envergonhado.

Oi — Jamie murmurou timidamente, olhando as grandes estantes cheias de livros bonitos e grandes — Eu posso ler um livro aqui? Eu não quero incomodar.

— Sinta-se á vontade — Jonathan sorriu agradavelmente, estava tentando fazer o menor se sentir mais confortável em sua presença, era difícil, Jamie sempre parecia esperar um soco ou coisa assim.

Jamie pegou um livro, lendo a sinopse antes de dar uma olhada na capa, em dúvida sobre o que ler, nunca tinha visto tantas opções de leitura. Ele se sentou próximo á uma janela, abrindo na primeira página, ele leu silenciosamente, Jamie se aprofundou na leitura do livro, achando que a escrita era agradável.

Rangers Ordem dos Arqueiros era certamente interessante. Ele passou mais de duas horas ali, lendo sem parar, adorava a história, era definitivo, essa era a sua história favorit agora.

— Não está com fome? — Jonathan questionou curiosamente.

Ah, não estou, obrigado — Jamie deu um sorriso bem-humorado para o ruivo, quando ele lia ficava feliz.

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Russell acordou em uma cela suja, ele não ficou com medo, daria um jeito de sair dali, nem que pra isso precisasse matar alguém, mas ele sairia dali.

— Olá, bela adormecida — Uma voz falou, provocando-o, Russell viu um homem alto e de cabelos escuros do outro lado das grades — Dormiu bem, querido Lins?

— Onde eu estou? O que você acha que está fazendo? — Russell questionou sem medo, pensando em como escaparia dessa situação sem morrer.

— Você está onde deveria estar — O homem respondeu enigmático — Sinta-se em casa, querido Lins, você vai passar muito tempo aqui, é melhor que saiba disso e não ache que possa fugir de mim.

Russell estremeceu, mas não se deixou acovardar, tentou usar algo que faria o seu sequestrador pensar.

— Quanto dinheiro você quer para me deixar ir? — O coreano ofereceu — Eu tenho muito dinheiro, sabia?

— Não quero o seu dinheiro, querido Lins — A resposta o deixou nervoso, Russell pensava no que aquele homem poderia querer — Eu não deixarei você ir embora tão facilmente, aqui é o seu lar.

Russell achava que o desconhecido estava zombando de si ao chamá-lo de querido.

Que tal começamos a nos divertir de forma básica e muito tranquila? Fiquei sabendo que alguém da sua família desenvolveu desnutrição e desidratação — Isso lhe pareceu uma ameaça, Russell tentou não demonstrar que estava ficando nervoso — Que tal uma ou duas semanas com fome? Até que você fique magro o suficiente para parecer um esqueleto vivo, acha agradável e divertido?

— Você não pode estar falando sério! — Russell exclamou nervoso, ele correu para as grades, batendo as mãos e fazendo barulho — Como você sabe de Jamie?

— Você descobrirá com o tempo que raramente eu faço piadas — A voz soou fria, o homem se afastou, deixando o coreano sozinho no escuro.

Russell só pensava no que poderia fazer agora para fugir dali, tinha uma pequena esperança que fosse apenas uma ameaça.

Mas tinha quase certeza de que o desconhecido não gostava de brincar e não ameaçava á toa. Como ele sabia de Jamie? Será que havia sequestrado Jamie também?

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O que acharam do capítulo? Gostaram?

Até o próximo capítulo, meus amores.

Meu Amado Sequestrador.Onde histórias criam vida. Descubra agora