Clássico (Concluído)

4 - Um dia menos bom

  Quando o rei perguntou aquilo, ele olhou atentamente para Claude. Todo mundo ficou com medo do rei pela pergunta que ele acabara de efectuar.

– Então é isso! – Disse o rei descontraídamente – Tu e o Claude lutam pelo amor de Valéria!

  O rei olhou para eles atentamente.

– Pois, bem. Deixa-me dizer-vos que a minha filha não foi feita para ser disputada desse jeito. Se alguém quer o coração dela tem que conquistá-lo e não passar o dia a porrada por causa dela. Entenderam?

– Sim, senhor! – Responderam os dois com medo.

– Eu espero que mantenham o vosso 'Sim' como um 'Sim' e o não como 'não'. Clever, eu sei das coisas que fazes por aí, sei também que estás sempre a provocar os jovens de Dorkassa, eu quero que isso pare e agora. Senão haverá fortes consequências

– Sim senhor – Respondeu Clever

  Daí o rei olhou para Claude:

– Quanto a ti Claude! Nunca mais repete o que disseste ou fizeste ao Clever, o que ele é não te diz respeito e isso é algo inadmissível. Se acontecer de novo, eu não estarei lá para resolver as coisas. Você entendeu?

– Sim senhor – Claude estava com um semblante baixo.

– No entanto eu vou permitir a tua visita ao teu amigo. E deixar o caso com os juízes para que julguem segundo a lei. Nem tudo precisa da minha intervenção direta. Mas te garanto que ele não ficará preso por muito tempo – O rei estava comovido depois de vê-lo com um semblante baixo. Na verdade, o rei tem um bom senso – Quer dizer mais alguma coisa Claude?

– Majestade. Me desculpa, mas esta é uma das causas que me fez vir até aqui – Claude.

– O problema é que o Gael não se encontra em nenhuma das cadeias municipais. Parece que ele evaporou – Adele.

– Como assim? – Perguntou o rei.

– Ele não está no sistema dos detentos em Kaya alguém o tirou daí e nem os policiais sabem como ou quem foi – O rei fixou o seu olhar em Claude que continuou a falar – Mas os jornais apresentam ele como uma ameaça à cidade e dizem estar num lugar em que não está – O rei continuou a ouvir – Não quero acusar ninguém mas isso só pode ser obra de alguém que tem uma grande influência e o Clever já havia ameaçado o Gael de fazer algo inesperado com ele.

  O rei não disse nada, olhou para o Clever, depois olhou para o Seed. Parece que ele sabia de algo.

– Estou cansado – Disse o rei – Preciso de um descanso

  O rei levantou-se.

– Vocês os dois estão avisados de não fazer o que não devem. O caso Gael vai ser solucionado segundo a lei. Seed – Chamou-o –delega alguém para achá-lo.

  Sael ia-se embora, parou, virou-se e disse:

– Claude, obrigado pela visita. Fico feliz em ver-te de novo

– Mas senhor, quando vamos falar da operação coração? É que eu tenho algumas coisas a dizer – Parks Rhode disse baixinho perto do rei mas Claude ouviu mesmo assim.

– Noutro dia Parks – Respondeu o rei Sael.

  O rei foi-se embora, ninguém percebeu porque ele saiu daquele jeito, pareceu que se sentiu mal de repente. A princesa o seguiu sem dizer nada e as suas damas também. Claude e Clever olharam um para o outro. Claude olhou também para Seed e depois retirou-se juntamente com Adele.

  Já não havia mais dúvidas, Urias estava a esconder algo assim como o pai de Claude e o governo desse país. Havia algo que estava a ser ocultado nesta floresta de conhecimento chamada pessoas. Informações dispercebidas passavam por Claude, isso ele sentia. Quem eram aqueles homens que sairam da casa de Urias? Porque ele não quis dizer nada a cerca disso? Ele pareceu preocupado no momento. O que possivelmente conversaram para ele estar assim? Agora há uma colisão eminente! Como isso foi acontecer? Porque ninguém parecia interessar-se com o que acontecia com o Gael? Quem é Karov, e o que é a operação 'Coração'?