11 - ... O sol nasce ...

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   Já habituado com o clima frio de noite e quente de manhã, com a comida não industrializada e com a falta de tanta tecnologia que havia em Kaya. Claude treinava com os amigos de seu pai. Todos eles eram homens de confiança do rei, trabalhavam em conjunto secretamente para a defesa do reino. Eles eram agentes secretos. Sirilo era um agente secreto. Eles viviam do outro lado da floresta.

– Vejo que você é um pouco diferente das pessoas aqui. Tem um ton de pele um pouco diferente e parece mais baixinha – Claude falava com Pandora depois de um treino de resistência ao correr – De onde é você? – Perguntou ele.

– Humm, eu não sou daqui – Respondeu ela.

– Daqui onde? Kaduk, Anisne Huvar, ou mesmo de Salém? És de Mobious?

– Não. Eu não sou deste planeta

– Sério?!  – Perguntou ele admirado – E de onde você é? – Ele Perguntou outra vez, porque sempre quis pertencer a guarda celestial para poder viajar e descobrir vários outros lugares.

– Eu sou do planeta terra

– Planeta terra! – Exclamou ele enquanto ainda pensava – Oh! Sim. Aqui todo mundo trata ele por planeta desconhecido – E continuou – Na escola, nos ensinam que estamos mais distante do sol que o planeta terra. Por isso, o nosso planeta é mais frio

– E é mesmo

– Como é o planeta terra?

– É exactamente como o vosso. Mas eu ainda acho que os seres humanos são piores

– Seres humanos! – Exclamou ele.

– Sim. Seres humanos. É assim que nos chamamos – Ela disse baixando a voz a cada palavra.

– Essa "matéria" de que vocês me falaram, o que ela faz exactamente? – Ele perguntou completamente curioso depois do pouco silêncio que se instalou.

– Ela serve para imensos fins. Imensos mesmo – Dizia Pandora pensativa.

– Como o quê?

– Quase tudo. Você viu a estatura da tua mãe... O que achou?

– Ela é grande. Mas não entendo... Foi a matéria que a pôs assim?

– Sim. Os Kaduk usavam ela para quase tudo. Até na medicina deles. Pelo envolvimento deles com a matéria, o corpo deles passou a sofrer mutações, gerações apôs gerações eles se tornaram um povo diferente de outros... Eles se tornaram especiais, fortes, rápidos e mais espertos.

– E porque eu não sou assim tão rápido, forte e especial já que sou filho de uma Kaduk?

– Você ainda não libertou o que tem aí dentro

– E o que é que eu tenho aqui dentro?

  Pandora não o respondeu, limitou-se a abrir um pequeno sorriso e beber da fonte de água onde estavam sentados.

– Para uma humana, você sabe muito sobre o nosso planeta – Disse ele – O que te trouxe até nós?

– Uma nave

– Falo do objectivo – Disse ele encarando-a enquanto a mesma lavava o rosto. E isso é algo que a fez estar outra vez em transe meio pensativa, como se lembranças de uma vida passada viessem no mesmo instante invadindo o cérebro e deixando-a nostálgica.

– Você está bem? – Perguntou ele estranhando a situação.

– Claude... – Chamou-lhe uma voz distante vindo na sua direção.

– Sim – Respondeu virando-se. Era a Palestra.

– Para o campo. Já – Disse ela passando por eles com uma cara trancada. Claude limitou-se a olhar para ela – Eu não vou repetir

Clássico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora