5 - O fim do dia seguinte

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  Ele conseguiu levantar-se e ir até ao quarto de banho do ginásio lavar o rosto que na verdade, apesar de estar com sangue, não estava tão ferido assim. Era somente o corte no lábio que trouxe todo aquele sangue.

  Ao sair daí, ele ouvia um barulho estranho. Parecia um monstro a gritar de agonia enquanto a terra mexia. Preocupado com essa situação, ele saiu daí.

  Um passo de cada vez ele caminhava disfarçando o quão mal estava. Dor na cabeça, tronco e membros. Toda aquela surra deixou-o de rasto. A terra parou de mexer. Com o rosto lavado e bem disfarçado ele tirou um casaco daqueles que havia na reserva para as pessoas que usavam o ginásio e o vestiu para encobrir o sangue que havia na camisola.

  Devagar aos poucos ele ia longe, entre os corredores do palácio ele deu de caras com algumas das senhoritas do palácio e compania:

  Zora Makaw -> instrutora de artes marciais de Valéria. Com a aparência de uma mulher de cerca de 30 anos terrestres.

  Garoa Makaw -> Vidente e conselheira do rei. É a mãe de Zora. Senhora com cerca 50 anos, quase igualzinha á sua filha.

  Os Valencianos não envelhecem. A anatomia de Valência (planeta Neptuno) é diferente da anatomia do planeta desconhecido (planeta terra). Os terráqueos vivem no máximo cem anos, ao contrário dos Valencianos que só morrem se forem mortos ou sofrerem um acidente mortal.

   Então, elas olharam para ele e deram conta que ele tinha brigado contra alguém.

  Sem falar nada, ele saiu da presença delas e foi-se embora. Elas olhavam para ele admiradas, mas os olhares tornaram-se desdenhosos depois de ele ir-se embora. Mal saiu pelo portão, deu de caras com Sabet, um dos melhores lutadores do Armagedon.

– Sabet – Chamou ele.

– Entao meníno dô restaurrante – Respondeu Sabet com o seu sotaque sulano de Cristalys, sua cidade natal.

– É bom ver-te aqui, depois de ontém – Claude fazia menção ao espetáculo que ele deu.

– Muito Obrigadô rapaz, é frruto de muito trrabalhô – Sabet olhou para Claude – Vejo que está ferridô, prrecisa de ajuda?

– Sim, já que vais entrar no carro, podes levar-me até a minha casa? – Claude se esforçava o máximo possível para não demonstrar nenhuma fraqueza mediante a dor que sentia, porque sua voz saiu meio esforçada e cansada.

– Clarrô, clarrô, entrra – Sabet indicou para o carro, Claude deu dois passos e ouviu alguém chamar.

– Claude, Claude – Adele veio correndo e chegou falando meio sem fôlego e ofegante – Eu... procurei você... pelo menos em três ou... quatro edifícios do Castelo e nada... Aonde você estava?

– Não é da tua conta

– Como assim? Você desapareceu por mais de 20 ou 30 minutos e não deu nenhum sinal. Eu fui interpelada pelos soldados aí dentro. Graças ao Clever eu fui solta

– Clever?! Volta para o teu namorado com quem tu juras amor piscando os olhos e mexendo a boca – Claude virou-se caminhando para o carro. Sabet sentia-se constrangido com aquela situação. Adele seguiu Claude.

– O quê?! Você ia me beijar quando a princesa apareceu e ainda ficou paquerando ela em frente de mim ignorando totalmente a minha pessoa. Não venhas com os teus ataques de ciúmes sem sentidos agora – Adele falava na cara dele e notou que o mesmo estava ferido.

– Eu não vou discutir com você – Claude virou-se, abriu a porta do carro de Sabet e entrou.

– Oi Sabet – Comprimentou Adele.

Clássico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora