24 - A aspereza de Seed II

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Claude! Claude! CLAUDE! – Claude assusta-se e acorda com a voz da pessoa que grita. Parece ser a voz de um gigante.

  Claude ouve vozes, mas não os vê porque está de olhos fechados. As vozes continuam a falar, então ele levanta-se e devagarinho vai abrindo os olhos que estão pesados por causa da surra que levou de Seed. Ele os abre completamente e vê uma figura gigante de Valsa sentada numa pedra enorme conversando com Vorad.

– Finalmente acordou dorminhoco – Diz Valsa – Como é que estás?

– Que lugar é esse? Eu morri?

  O lugar em que Claude se encontra é um espaço aberto a beira do rio, com várias árvores de lado. O lugar que parece ser em lado nenhum.

– Não, voltaste até a minha terra. Onde a esperança é moribunda. Como é que foi a tua jornada?

– Mal, não consegui fazer aquilo que você me mandou. Não salvei todo mundo

– Então o Seed vai vencer – Diz Vorad.

– Isso é mau, Claude, você tem que fazer alguma coisa

– Como? Ele é mais forte do que eu. Isso foi provado na frente de todos – Claude olha para os dois – Você estava errada seja lá no que for que lhe tenhas dito

– É verdade, o quarteto era tão forte, mas tão forte que não havia alguém capaz de derrotar um só deles pessoalmente. O envolvimento deles com o povo Kaduk fez com que eles se tornassem mais fortes. Durante a grande guerra – Conta Valsa que agora está no mesmo tamanho que Claude – Depois de ver o massacre em Kaduk, Seed arrependeu-se de ter se aliado ao Gogue e revoltou-se. Gogue deu-lhe uma tareia e atirou-lhe para cá, assim como tu vieste cá parar. Eu dei-lhe forças para voltar, mas também previ o futuro dele e alertei-lhe para ter cuidado com aquilo que ele sente e pensa. Porque se não tivesse, apareceria um homem capaz de derrota-lo, além dos seus três amigos. Mas eu previ também que os três amigos já não estariam lá. Por isso, enviei uma mensagem a Garoa Makaw para profetizar a chegado de um novo super valenciano, que apareceria quando o povo estivesse a ser oprimido por alguém mau e olha só quem apareceu! Tu Claude, tu és o novo super valenciano, tu és o Clássico. Mas não te prendas naquilo que é a profecia, faça como sempre fizeste, sê tu mesmo

– Como? Eu mal consigo usar os meus poderes. Eu preciso é de um exército

– E o que te impede de invocá-lo?

– Nada, eu simplesmente... – Ele pára de falar quando vê Valsa e Vorad só olhando para ele – ...eu posso invocar um exército?

– Você não sabe mesmo de nada rapaz! – Diz Vorad – Não é hora de lamento ou muitas preocupações. Deixa a coisa fluir

  Olhando para Valsa Claude diz:

– Eu não sei do que ele está a falar

– Mas eu sei – Valsa o abraça – Não substimes o teu adversário, pois ele conhece-te melhor que tu mesmo. Então volta e salva todos – Valsa dá-lhe um beijo na boca e não o larga mais.

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– Claude, Claude, CLAUDE! – É Evódia chamando-o – Pára de beijar o chão

  Claude admira como é que ele beija o chão como se quisesse.

– Eu já estou de volta! – Diz ele levantando-se, ele olha para Evódia que olha para ele de forma estranha.

– Você está aí deitado há muito tempo – Evódia.

  Claude levanta-se, pega nas chaves e abre a porta da cela, Evódia lhe dá um abraço fortíssimo. É a segunda vez que se vêm um ao outro. A seguir, ele abre outras celas onde estão os seus, mas não abre a cela fortificada. Segundo Evódia, é melhor Claude nem sequer pensar em tocar na porta para não ter surpresas amargas. Ninguém quer ter mais problemas além deste. Isso só desperta mais a curiosidade de Claude. O que será que há aí dentro, que pode ser pior que os problemas que Seed está a causar? Bom, seja o que for, a melhor solução é não descobrir.

Clássico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora