26 - Depois da Tempestade

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  O julgamento de Seed...

   Já se passaram meses desde a batalha final contra Seed. Aquele foi um dia glorioso para o reino todo. Sael voltou a reinar. A paz e a justiça voltaram ao reino. Todos os traidores foram presos. Ninguém mais ouve falar em Mad Boris, muito menos de Karov que ninguém conhecia, pois, este, era um mercenário. O povo tentou muito e agora recupera-se da melhor maneira possível.

   Hoje é o dia estabelecido pelo rei Sael para o julgamento de Seed. O julgamento é feito em Dorkassa, onde alberga maior número de pessoas. A fama de Seed percorre o planeta inteiro.

   Muitos jornais internacionalmente famosos vêm cobrir o maior julgamento de Salém em anos. Ninguém quer perder a notícia mais bombástica de sempre.

   Muita gente participa neste julgamento que, por acaso, é o mais importante do reino todo em muitos anos.

   Os gladiadores, os formandos de Dorkassa, os mutantes, o pequeno povo de Kaduk que sobrou, a equipa de Sael encontra-se toda lá. Palestra já está com a bexiga grande, são os últimos dias de gestação. Lars, Adele e Bella também encontram-se presentes. Na fila da frente encontramos Gael, Valéria e Clever. Evódia tomou um lugar de destaque como rainha que ela é. O rei Sael começa o seu trabalho.

– Levantem-se – Todos obedecem o servo que preside o julgamento – Vamos agora ouvir a sua majestade, o soberano magnífico e protetor de Salém. O generoso dador da paz, herói dos heróis, destruidor dos nossos inimigos – O povo já está farto de tantos nomes de bajulação – o nosso rei: Sael Magnus Éden Sagaz. A vossa atenção, por favor

– Podem sentar-se – Todos obedecem o rei – Vamos dar início a nossa primeira sessão do julgamento. O réu pode levantar-se – O réu se levanta – Como se declara?

– Inocente – A declaração de Seed deixa todos de boca aberta e outros a resmungarem – O quê? Se ele se declara bom rei, eu posso declarar-me inocente, não acham?

– Silêncio – Ordena o rei – Leia a acta presidente.

– Seedorf Arslan Domínius, você está a ser acusado por este tribunal de: Quebrar o acordo entre salemianos e Kaduks, traição a coroa por golpe de estado, crimes de guerra, mal uso das nossas bem ditas leis para o seu favor, escravidão do povo Kaduk, assassinatos, tentativa de acabar com o nosso reino. Isso é só o que eu me lembro agora, e só por isso você já merece ser morto. Confessa seus crimes e possivelmente a tua pena será reduzida.

   Todo mundo se concentra olhando para Seed. Seed fica pensativo, parece que pensa na possibilidade de ver-se livre de muitos anos de cadeia e está reconsiderar a proposta do tribunal. Mas não, ele está simplesmente retirando as algemas das mãos.

– Essas algemas são as melhores que temos!
– Como é que ele retirou-as?
– Ele é realmente bom nisso

   Cochicha o povo entre si.

– Agora que já mostrou ao povo o quão bom você é com as algemas, quer dar-nos uma resposta? – Pergunta o rei Sael.

– Sim, quero – Seed dá alguns passos enquanto fala  – Senhor, protector, dador e tudo mais, rei Sael. Que patéticos! Eu quero deixar bem claro para todos aqui, que eu não sou o vilão a odiar. O vosso amado rei Sael não é o santo que todo mundo aqui estima. Hoje me julga pelos meus erros e quem vai julgá-lo pelos dele?

– Cala a tua boca e responde só o que queremos saber – Sael.

– Você lembra das pessoas que você me mandou matar em Anisne Huvar? – Sael concentra o olhar para que Seed cale a boca, mas Seed continua – Mas é só para isso que você precisava de mim, não é? Matar e matar mais pessoas. Você, Sojar e Sirilo podiam fazer de tudo mas quando se tratasse de eliminar inimigos... Tinham que chamar o Seed.

Clássico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora