Corações partidos

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Os dias passaram e o dia do festival ficava cada vez mais próximo. A escola começava novamente uma leva de trabalhos e provas, o que nos deixava mais ocupados, ainda mais com o diretor que mesmo depois de já termos terminado nossa detenção, ainda aparecia pelo refeitório só pra ficar de olho nos alunos. Acho que o coitado ficou traumatizado depois do estrago da última briga.

Eu só sei que minha preocupação estava apenas em ficar com o Mark e esquecer que uma certa pessoa (vulgo Jeno) existia. Ele havia parado com as mensagens estranhas. (ainda bem) E eu achei melhor esquecer esse assunto, e seguir normalmente minha vida com meu namorado. Não queria mais saber de problemas que só me deixavam mal e as pessoas que amo. Tudo estava perfeitamente bem e eu queria manter as coisas dessa forma.

Mark e eu continuávamos ensaiando. Renjun e Jaemin estavam cada vez mais próximos. Yerim estava feliz com seu agora, namorado, e meus outros amigos também viviam felizes.

As aulas de balé seguiam normalmente, e eu me preparava para ser um dos monitores no próximo ano. Seria uma oportunidade perfeita e me ajudaria com a bolsa para a faculdade. E a vida seguia seu curso, com cada um vivendo sua vida. E isso era o que mais importava.

— Mark, vamos parar um pouco por hoje sim? Tô cansado de tanto dançar...

Mark sorriu para mim e estendeu sua mão para que sentássemos juntos no chão gelado. Ficamos calados por um tempo e eu aproveitei para beber bastante água, precisava me hidratar. Mark também bebeu água e enxugou o rosto suado com sua toalhinha e eu fiquei a observar seus gestos. Eu amava todos eles.

— Ontem eu fui na psicóloga.

— Sério? E como foi? — perguntei animado, me aproximando mais dele.

— Ah foi ótimo! Ela viu o quanto eu estou melhor e disse que é bom eu estar me conectando com as coisas do passado e tentando relembrar de tudo com outros olhos, sem ser os da mágoa e raiva.

Me aproximei mais dele e toquei em seu rosto, fazendo um carinho leve em sua bochecha.

— Que bom nossa... Estou realmente feliz por você. — comentei, sorrindo. Mark sorriu de volta e segurou minha mão, dando um leve beijo e fechando os olhos no momento. Eu sorri mais ainda, sentindo seus lábios a tocar minha pele. — Acho que agora eu também deveria começar uma psicoterapia sabe.

Mark abriu os olhos e concordou com a cabeça.

— Deveria mesmo, é muito bom, vai por mim.

— Vou ver com minha mãe da gente marcar um dia.

— Se quiser posso ir com você!

— Ah vou querer sim! — disse, levantando do chão e me espreguiçando. Sentia meu corpo dolorido de tanto dançar.

Fui até minha mochila pegar uma toalha para enxugar meu rosto que estava oleoso e suado, precisaria de um banho para tirar aquela sujeira toda. Mark também levantou do chão e seguiu até suas coisas que estavam do lado das minhas.

— Ah! Já ia esquecendo! — disse.

— O quê? — indaguei-o.

— Seu aniversário está próximo né?

— Hmm... está sim. — respondi. — Por quê?

— Johnny dará uma festa e será perto do seu aniversário! — disse animado. — Podemos ir e comemorar lá! O que acha?

A MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora